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quinta-feira, fevereiro 20, 2014

A Próxima Viagem Já Está Marcada!

Após muita ponderação, pesquisa de vôos, escolhas de datas e definição de orçamentos, já está escolhida e comprada a minha próxima viagem. Dediquei algumas horas ao longo de vários dias mas agora que já não jogo Candy Crush sinto-me uma pessoa com imenso tempo livre e se eu tivesse o dinheiro necessário na altura, acho que teria comprado viagens para pelo menos dois meses fora. Não sei se suspire de alívio ou de resignação. Bem, o que importa é que em Março o Pedro vai voar e o destino escolhido é:


Não é Milão!


Não é Londres!
(desculpem Luís, Marcos e Rúben)


Não é Roma!


Não é Palermo!
(desculpa Rafaela)


Não é Praga!


Não é Viena!
(desculpem Sérgio e Patrícia)


Não é Paris!


É PARA A MADEIRA!

Uma enorme surpresa, este destino exótico cheio de bolo do caco, espetadas e ponchas. Aliás, é no registo gastronómico que esta viagem se insere, já que há uma montanha de amigos a caminho do mesmo destino comigo e eles terão de sair bem nutridos e alcoolizados da ilha para apenas terem lembranças maravilhosas. Lá terá de ser, uma chatice voltar a casa mais uma vez...

quinta-feira, janeiro 02, 2014

Coração Radiante



Estou de volta a Lisboa após uma férias maravilhosas férias de Natal e fim do ano na Madeira. É inacreditável como se valoriza mais as coisas e as pessoas quando estão longe, mas se isso for necessário, então não quero mesmo voltar para a ilha. Adoro andar nas ruas só por andar, sem destino aparente, a averiguar o que mudou e o que continua igual e a encontrar pessoas conhecidas na rua que já não via há muito tempo. Essa distância permite perceber de forma mais dramática as alterações que acontecem na vida das pessoas. Os filhos que começam a nascer, as rugas e os cabelos brancos que aparecem, as barrigas proeminentes, por outro lado, há aquelas pessoas cujo tempo passou por elas de forma  mais generosa e que as fez florescer e rasgar um sorriso mais bonito do que aquele que tiveram outrora. 
E vir à Madeira no Natal é como viver uma espécie de "Indian Summer", já que dispensamos todos os casacos e roupas quentes de Lisboa em prol de t-shirts e óculos de sol que saem novamente das gavetas para dar um ar da sua graça. Não gosto do frio, nunca gostei. Suporto-o durante uns 3 ou 4 dias, mais do que isso começa a ser uma história de terror para mim, pelo que não sei o que seria de mim a viver num país mais a norte do que o nosso. 
Tudo bem que a altura do ano tem logo à partida um potencial elevadíssimo para ser uma altura de imensa felicidade, o Natal e o fim do ano são festas levadas muito a sério por toda a ilha e ainda não encontrei sítio onde se viva com igual intensidade, mas desta vez tentei não desperdiçar um momento que fosse durante a minha estada. Dediquei algumas horas a vários bons amigos que tenho por lá e tive até oportunidade de ganhar um ou outro novo. Mesmo com vidas um pouco conturbadas por variadíssimos motivos, fui recebido por toda a gente com abraços, beijos e uma genuína saudade. Com uma poncha ali e uma ginja acolá a animar as hostes, diverti-me como nunca desde que saí da ilha.
Volto a Lisboa já com uma saudade de quem ficou por lá e com vontade de não atrasar muito o meu regresso. Volto com uma certa apreensão por sentir que a minha presença pode fazer alguma falta, não que eu seja insubstituível obviamente, mas porque me sinto um pouco responsável pela felicidade daqueles que gosto. E ao mesmo tempo que me encheram o coração, sei que deixei parte dele nas suas mãos. 
Mas é assim que sabe melhor, não é?


quarta-feira, dezembro 25, 2013

O PES, o Luigi e a Noite do Mercado!

Mais um Natal, mais uma noite do Mercado no Funchal. Tentei combinar com diversos amigos, mas ouvi de volta um argumento comum: "Se for contigo, vais desaparecer a meio da noite". À primeira, achei um impropério, à segunda fiquei a pensar no caso, à terceira tive de assumir que era verdade. Não tenho culpa de ser uma pessoa extremamente sociável e de todos me quererem cumprimentar. E toda a gente sabe como me comporto quando me puxam pela língua, sou capaz de demorar meia hora só para responder à pergunta "Estás bom?". Enfim, vidas. Por esse motivo, decidi que neste Natal seria mais fácil ser encontrado. Comprei um Nemo, que foi baptizado de Luigi em homenagem ao que se encontra por terras londrinas, e amarrei-o às calças. Passou a noite a sobrevoar as ruas do Funchal e a bater nas caras das pessoas por onde passava. Foi uma tarefa árdua mantê-lo vivo a noite toda, mas sobreviveu e está cheio de saúde. Partilho agora as fotografias com as pessoas com que eu e o Luigi posámos ao longo da noite. Sim, eu sou um parvo, mas divirto-me imenso.



Norberto, Julianinha e Leonor na primeira rodada de poncha. O Luigi estava ainda reticente em participar na empreitada que eu lhe reservara.


Daniela, Leonor, Rui e Duarte, a preparar a chegada da segunda poncha. O Luigi foi coagido a participar nesta fotografia.


Com a Fabiana o inacreditável foi apenas termos tirado três fotografias. Ela já não é a mesma...


A Sandra com um bonito chapéu de Pai Natal versão Paula Bobone.


Na terceira poncha já via a dobrar e o Luigi já fazia photobomb.


Era oficial, à quarta poncha, já estava tudo de pernas para o ar e o Luigi já mostrava o rabo à câmara.


A Lídia e a Natacha a esta hora estão a pensar se as histórias que lhes contei já alcoolizado eram ficção ou realidade.


Olavo, Rircado e Rui, uma divertida mistura dos sotaques madeirense e portuense.


Aquela altura em que já tiramos fotografias com pessoas que não conhecemos e que querem à viva força ficar com o Luigi, à força ou pagando. Mas o Luigi não tinha preço.


Luigi Júnior gosta de "ficar a ver". Mas a Laura acorbardou-se e não me beijou porque sabe bem que os meus beijos de bêbado não são verdadeiros.


Depois há aquela altura em que podem enfeitar-nos como árvores de Natal e só nos apercebemos disso quando descarregamos as fotografias para o computador.


Sofia Isabel, porque os últimos são sempre os primeiros, lá nos encontrou no meio da multidão e fomos enxugar o álcool no bolo do caco com chouriço.


Eis a prova de que o Luigi foi o melhor GPS que podia ter tido na noite do mercado, foi assim que Laura Sofia me encontrou. Claro que ele também serviu como forma dela me evitar, tipo "FUJAM, O PEDRO ESTÁ VINDO PARA CÁ". Eu sei que isso aconteceu.


Hoje o Luigi repousa calmamente na sala de estar dos meus pais de onde vos escrevo, e está a olhar para mim com um olhar de inequívoca felicidade porque sabe que neste Natal há bacalhau e não peixe-palhaço para o jantar.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Relativamente àquele post intitulado "Ready, Set, Go"


Bem... Por onde começar...

Sendo que aqui o diabético não ia ao ilhéu desde dia 7 de Fevereiro de 2008, derivado dos preços exorbitantes das viagens por alturas do Natal, esperei por uma altura cujos preços combinassem melhor com a minha rota algibeira. Ainda assim, para alguém que trabalha 6 dias por semana e que tem apenas o Domingo para descansar de uma directa, tornava-se um pouco complicado arranjar um espaço na agenda. Pois bem, teria de faltar ao trabalho. Permissão concedida (apesar de ser póstuma à compra do bilhete) e já estava pronto para abalar. Ou quase.
Rúben Borreicho, de férias da faculdade, acompanhar-me-ia no regresso à ilha. Agora passo a contar-vos a nossa odisseia até à Pérola do Atlântico.

1 - Pedro e Rúben dirigem-se ao aeroporto com as mochilas mais cheias de todos os tempos, derivado que compraram uma passagem sem mala de porão para ficar mais barato.

2 - Fazem o check-in nas calmas, seguido de uma sessão de raio-X onde Rúben é investigado de cima abaixo pelas autoridades devido ao alarme que soou aquando da sua passagem pela porta.

3 - Pedro vê-se obrigado a abrir a bolsa por acharem que estava na posse de um objecto não identificado, quando no final de contas, eram apenas moedas.

4 - Pedro e Rúben olham para o computador do raio-X e vêem uma pistola dentro de uma bolsa, mas afinal era apenas a brincalhona da senhora. Slap!

(para abreviar, "P" significa Pedro e "R" significa Rúben)

5 - P e R sentam-se comodamente no avião da Easy-Jet que os ia levar. R do lado da janela, para poder assistir mais de perto a toda a aventura.

6 - Os sinhores da Easy-Jet demonstram todas as regras de segurança a seguir em caso de acidente. P ficou surpreendido como a Eay-Jet contrata pessoas tão feias e as veste com roupas laranja que ferem as normas do bom gosto e a visão dos passageiros. P e R descobrem que existe um escorrega de emergência e ficaram momentaneamente entusiasmados com a sua utilização, apesar de acharem que a água do Atlântico ainda está muito fria nesta altura do ano.

7 - Já perto do arquipélago, P quase que se atira da janela ao ver o Porto Santo a chamar por si.

8 - P explica a R que todas as ovelhinhas no mar são por causa das baleias, mas R não parece cair na esparrela.

9 - Enquanto passavam por um poço e ar, P alerta R para se preparar para as famosas aterragens no aeroporto do Funchal.

10 - O avião desce e já próximo da pista, onde nos era permitido ver as pessoas dentro das suas casas a fazer coisas, este resolve cair num poço de ar e volta a empinar o bico para os céus.

11 - Avisam os passageiros que é uma situação normal e que vamos tentar aterra de novo.

12 - P e R acham imensa piada e começam a brincar "Ahaha, daqui a pouco ainda vomitamos com a turbulência, ahahah" e resolvem abrir os sacos para o enjôo. R não consegue abrir o seu derivado que está colado com pastilha elástica. Com P sucede o mesmo e ambos desmancham-se a rir desalmadamente, como se fossem patetas alegres, porém, prestes a borrarem as calças com o nervoso.

13 - O avião tenta aterrar novamente, mas de repente o comandante lembra-se que ainda tínhamos mais paisagem para ver e levou-nos até perto das Desertas, só para ver se avistávamos algum lobo marinho. Passámos ainda ao largo do Funchal, proporcionando uma vista aérea de partes da ilha nunca antes vistas pelos passageiros.

14 - R abre uma revista numa página com um Senhor parecido com Jesus e coloca na janela para abençoar o vôo.

15 - P pensa seriamente se quer aquilo para a sua vida, passando-lhe pela cabeça a possibilidade de enveredar pelos comboios.

16 - O comandante diz-nos que vamos aterrar no Porto Santo e P, ao contrário de todos os outros passageiros, rejubila com a perspectiva de aterrar na ilha dourada e lá permanecer, tipo bónus por ter voado com a Easy-Jet.

17 - Entretanto a menina do lado encolhia-se quanto mais podia na sua cadeira.

18 - Aterrámos no Porto Santo e sente-se o avião todo a expirar de alívio.

19 - P ansiava pela notícia de um hotel com tudo pago, mas avisam que se alguém quisesse ficar lá, teria de pagar tudo do seu bolso.

20 - Avisam-nos que vamos voltar para Lisboa e algumas pessoas desistem e preferem ficar por sua conta.

21 - R tira uma fotografia pela janela (já que não deixaram ninguém sair) para poder dizer que já esteve no PXO.

22 - Na Madeira, a surpresa da Helena de esperar por P e R vai por água abaixo.

23 - Às pessoas cheias de fome e prestes a voltar a Lisboa, é-lhes servido um copo de água, tendo de pagar se quisessem comer algo mais.

24 - P contorce-se de fome, mas aguenta só para não dar dinheiro àqueles "unhas de fome".

25 - Os passageiros rogam pragas à companhia ao saberem que estão aviões a aterrar na Madeira e juram nunca mais voar naqueles aviões.

26 - P e R tentam dormir até a aterragem em Lisboa.

27 - Chegados ao aeroporto da Portela, P e R preparam-se para reclamar quanto mais podem.

28 - Antes que pudéssemos dizer qualquer coisa, jogam-nos para debaixo dos narizes uma folha que dá acesso a hotel para a noite e transporte. Aproveitando a onda de simpatia, pedem para alterar a passagem de regresso para o avião da tarde em vez do da manhã, ao que a senhora acede prontamente. Acabaram de poupar uns trocos com isso.

29 - No hotel, mataram o bicho da fome no restaurante, jantar patrocinado pela Easy-Jet e usufruiram do Hotel como se tivessem vindo passar férias a Lisboa.

30 - Acordaram cedo, foram para o aeroporto, R teve de tirar o cinto novamente e P de abrir a mochila com as suas moedas suscpectíveis de causar um atentado.

31 - O avião levantou vôo já com P ferrado junto à janela e aterrou suavemente no aeroporto do Funchal.

FIM.


PS: Posts deste tamanho causam-me sarna.