Mostrar mensagens com a etiqueta vizinha. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta vizinha. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, outubro 20, 2014

Notícias da Sé



Nunca privei tanto com a ex-vizinha, also known as "Megafone", como agora que já não estamos separados apenas por uma parede. Primeiro porque precisei guardar umas coisas em casa dela, depois porque a encontrei no festival de fado em Alfama, depois numa rua da Baixa e agora porque voltei a sua casa para ir buscar umas coisas que ainda por lá andavam guardadas. Em todas elas conversámos mais do que em qualquer momento dos últimos 3 anos. E o que eu andei a perder.
Graças a ela sei que a minha antiga casa já tem novos inquilinos, falam com um sotaque esquisito, são franceses. Sei que a "mai nova" quer entrar para os escuteiros mas como ela não gosta de igrejas provavelmente não fica lá muito tempo, para além de que os uniformes ainda são caros. Sei onde ela trabalha e que acorda todos os dias às 4h da manhã. Sei que por cima dela alugam a casa a turistas e que os espanhóis costumam ser muito barulhentos e tocam piano a altas horas da noite e que os chineses, ou pelo menos aqueles com olhos rasgados são muito bem comportadinhos e que não andam a correr pela casa fora. Sei que já fez férias em Espanha várias vezes e que o seu marido lhe pede para fazer menos barulho para não incomodar as pessoas dos quartos do lado, ao que ela responde "Já não posso falar sequer?". Pois. Sei que antes a entrada para o prédio se fazia pela rua do Barão e havia muitas escadas até chegar ao seu andar mas que um dia um antigo inquilino fechou o acesso às escadas e passou a ter entrada apenas pela Travessa, isto sem lhe ter perguntado primeiro a opinião. Pelo meio diz umas asneiras mas pede logo desculpa por estar a dizê-las. 
Todo um universo que andei a perder nestes 3 anos.
Uma vez do bairro, para sempre do Bairro. Sou seu fã.






quarta-feira, abril 09, 2014

Contado Ninguém Acredita


Hoje encontrei a Deolinda, minha antiga vizinha na Madalena. Perguntei-lhe como estava e ela respondeu-me:

"Contado ninguém acredita..."

E eu:

"...quando eu vou na procissão, não há moça mais bonita"

Felizmente esta resposta foi só na minha cabeça. 
Tinha caído da escada e foi parar ao hospital. E eu acreditei, porque ela me contou.

(a coitada da Deolinda ainda deve estar encharcada de tanta Deolinda que eu ouvia naquela casa e foi mais forte do que ela)

sábado, abril 11, 2009

Canção ao Lado

Desculpem lá qualquer coisinha,
mas não está cá quem canta o fado.

Se era para ouvir a Deolinda,
entraram no sítio errado.

Nós estamos numa casa ali ao lado.


Andamos todos uma casa ao nosso lado.





PS: Ofereço um chupa-chupa ao primeiro a adivinhar o nome da nova vizinha, e não, não é a Ana Bacalhau, se bem que não me importava nada.