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domingo, setembro 28, 2014

Galerias Romanas da Rua da Prata


Terminou hoje o 3º dia em que se podia visitar as galerias romanas da Rua da Prata, apesar de já lá ter ido há dois anos não consegui resistir, até porque o primeiro dia calhava na minha folga e eu podia controlar a fila através da janela da minha casa nova. Assim sendo, lá fui eu com a Letícia, que pode agora riscar um item na sua lista de coisas a fazer. 
Se há período da história que mais me entusiasma, é o romano. Sempre me fascinou, e ter vivido na Sé, mesmo ao lado do teatro romano e das ruínas da igreja da Sé fazia-me sentir epecial, parte da história. Adorava a possibilidade de estar a viver exactamente por cima de ruínas cheias de histórias para contar e agora na Rua da Prata tenho mesmo a certeza absoluta que vivo sobre um pedaço de história que esteve escondido por tantos anos debaixo dos pés de Lisboa. Aos 10 anos quando se falava destas coisas nas aulas de história na escola nunca pensaria em dizer isto uns anos depois, mas sinto uma espécie de magia misteriosa, intrigante por tudo o que é da época romana e a disciplina que eu tanto odiava na altura é hoje completamente fascinante para mim. Tenho quase a certeza que fui romano noutra vida. Aliás, na terceira fotografia estou a reencarnar Cláudio, o imperador romano da altura, numa pose de "Eu, Cláudio", mas em giro, nada de confundir com outros Cláudios.























domingo, setembro 07, 2014

6 Anos Alfacinha

2008 

O ano em que eu julgava que ia mudar o mundo e que viver com 825 pessoas na mesma casa em jeito de acampamento cigano é que era.




2009

O ano em que eu (ainda) usava gel no cabelo e ninguém me chamava a atenção.




2010

O ano em que achava que a vida consistia em ir a todos o festivais de verão que havia no país.




2011

O ano em que a minha vida mudou: comprei uma scooter.




2012

O ano em que os amigos começaram a casar e a colocar pressão numa pessoa.




2013

O ano em que comecei a valorizar o que REALMENTE importa.




É incrível como consigo reduzir cada ano da minha existência aqui em Lisboa a uma frase de uma ou duas linhas. Se eu a conversar com amigos conseguisse ser tão sucinto eles seriam tão mais felizes.

sábado, agosto 02, 2014

O Adeus às Andorinhas da Sé


A insana correria do relógio pouco tempo deixa para parar e olhar para as andorinhas que sobrevoam os céus da Sé. No ano passado e no anterior a esse eu costumava parar uns minutos para contemplá-las. Nunca o tinha feito até vir morar para o Principado da Sé, foi aqui que descobri o quão belas e perfeitas elas são. Muitas vezes desejei ser uma delas, que sorte aquela de poderem voar por onde quiserem e habitar os beirais com vista para o Tejo! Sempre que podia debruçava-me na varanda e ficava em silêncio a invejá-las naquele frenesim de final de tarde. Outras vezes punha música, aquelas que eu escolhia a dedo para preencherem as paredes claras desta casa e que me permitem por momentos sentir-me uma andorinha, daquelas que também escolheram a Sé para viver durante os meses de calor. 

Naquela tarde de Julho partilhei os últimos raios de sol com o Tiago embuídos de uma nostalgia que chegou cedo demais. Ele também entende as andorinhas da Sé e sabe, como elas, que quando terminar o verão precisaremos de novo poiso. Mas eu não quero partir, tenho algumas dúvidas de como se constrói um novo ninho. E em silêncio ficámos. Aí parei os relógios e passei a ter todo o tempo do mundo. Toda a vida do principado me passou diante dos olhos e derramou-se pelas janelas que eu deixara abertas. 

Os aniversários celebrados à volta de uma mesa cheia de amigos em que se pediram desejos - cristalizar a felicidade daquele exacto momento. Um sem número de celebrações regados a vinho tinto ou sangria de frutos vermelhos. Um entra e sai de amigos, de amores e desamores. 

Na Sé ama-se de verdade, não se gosta apenas, não se adora, não se ama em inglês por ficar mais fácil dizê-lo noutra língua. Na Sé chora-se de verdade, lágrimas de alegria, de raiva, de tristeza, de incerteza, de incapacidade por não se conseguir mudar o mundo. 

Na Sé ouve-se Caetano, Amália, Florence, Regina, Luísa, Elis, Rodrigo, Cibelle, eles dormem à noite comigo, tal como o "Medo" que tantas horas de sono me tirou em noites invernosas sem um corpo com sangue quente ao lado para me abraçar. 

As muitas janelas e varandas que perfuram as paredes da Sé viram muito mais do que a dança das andorinhas. Viram uma vida tão estranha passar por ela. E de copo cheio e brindando com as andorinhas, me começo a despedir dela. 

domingo, junho 22, 2014

PES Vai a Concertos VI - António Zambujo e Convidados



Sou um fã declarado de música portuguesa, não de toda a música na língua de Camões indiscriminadamente, mas de música com conteúdo, com arte, com portugalidade, com emoção, com a beleza das coisas simples. Por essa razão o António Zambujo está na minha lista desses eleitos. É fácil deixarmo-nos embalar pela sua voz maviosa que nos entra pelos ouvidos com uma doçura misturada por vezes com um travo a malandrice. Para melhorar, ele convidou a Luísa Sobral, o Miguel Araújo, a Ana Moura e o Rancho de Cantadores da Aldeia Nova de São Bento e o resultado foi maravilhoso! A Luísa Sobral escreveu uma música para cantar com o Rancho e o resultado foi maravilhoso, tal como o "Inês" e o "Nem às Paredes Confesso". Com o Miguel Araújo saiu "O Pica do 7" e com a Ana Moura uma fusão de vozes extraordinária que deixa antever um excelente concerto no Caixa Alfama em Setembro no qual pretendo marcar presença. Foi uma delícia de concerto na Praça do Município. 




segunda-feira, junho 09, 2014

E de repente, fomos felizes mesmo sem querer


Apesar do "Afterlife" dos Arcade Fire estar em pano de fundo do vídeo do dia passado com a Laura no Rock in Rio, a banda sonora real de muitos dos vídeos era bem diferente. Aqui estão 7 alucinantes minutos de vídeo sem cortes onde fizemos rodas, dançámos uma espécie de "Can Can", dançámos a valsa da Amélie, saltámos, levantámos poeira, perdi os óculos e foram encontrados já sem uma haste, tudo no espaço de 7 minutos. Foi bom demais.

sábado, maio 31, 2014

Abertura das Festas de Lisboa e o Concerto Mais Pequeno do Mundo


Esta noite deu-se início às Festas de Lisboa com um espectáculo no Rossio denominado "O Último Sonho do Grande Aventureiro Fernão Mendes Pinto". Houve bonecos insufláveis a esvoaçar, pessoas com andas e um rapaz, certamente do Chapitô, a fazer de navegador num barco que andava no meio da multidão. Mas o que me chamou ao Rossio foi o facto de contar com a participação da Gisela João. Eu ali todo feliz, quase na fila da frente, preparado para ouvi-la mais uma vez e eis que sobe ao palco com os seus guitarristas e começa com o "Vieste do Fim do Mundo". 
E depois acabou e foi tudo embora.

FIM.


sábado, maio 24, 2014

DÁ-LHE CRISTIANO!


Hoje algo muito especial acontece na minha cidade. A tão aguardada final da Liga dos Campeões chegou a Lisboa e joga-se hoje entre Real e Atlético de Madrid. Não tinha percebido a dimensão deste evento até ter saído hoje de manhã à rua e ter dado de caras com rios de espanhóis pelas ruas da Baixa lisboeta. E posso dizer que foi muito fácil ficar completamente embuído do espírito que envolve este grande jogo. Não apenas por ser a final de uma grande competição, mas também (e muito) por nela estar presente o enorme CRISTIANO RONALDO. Não precisei fazer um grande estudo para perceber que cerca de metade das camisolas dos adeptos do Real Madrid são do Cristiano Ronaldo, o que me despertou um qualquer orgulho de ser português e acima de tudo, madeirense. O Terreiro do Paço estava já cheio de gente pelas 11h, agora, a duas horas do jogo nem imagino como deva estar. Há fotografias dos 6 melhores marcadores da Champions deste ano, lista claramente liderada pelo nosso português (recorde do maior número de golos na prova num só ano, para quem não saiba) e havia fila e (quase) puxões de cabelos para tirar fotografias junto à imagem que diz isso mesmo. Ao lado do Messi não vi ninguém. Só para ele saber quem manda por estas bandas. O Eusébio também tem uma ala dedicada a ele, onde se podem escrever mensagens em jeito de homenagem. Aproveitei e subi ao Arco da Rua Augusta, algo que já queria fazer há alguns meses e aproveitei para tirar umas fotografias ao ambiente que se vivia nas ruas de Lisboa. Não sou particularmente adepto de nenhuma das duas equipas, mas quero muito, muito, muito que ganhe o Real Madrid. O Tiago que me perdoe quando ler isto. Sim, porque eu sei que ele vem aqui imensas vezes ler o que eu escrevo.