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terça-feira, novembro 25, 2014

Dia 17 - Fui Dar uma Voltinha na Minha Lambreta (ainda em Goa)

Vá, não foi bem na minha. Foi numa lambreta alugada que custou 200 rupias para o dia inteiro, ou seja 2,6 euros. Enchi o depósito com 3,26 euros. Maravilhoso! Estava doido para fazer isso, com o pequeno problema de não ter comigo a carta de condução internacional, nem sequer a portuguesa. Posso agora escrever que fui um criminoso na Índia. Se tivesse sido mandado parar pela polícia podia estar a esta hora numa cadeia indiana a cumprir pena ou tinha pago uma multa ridícula qualquer. Não me orgulho de ser criminoso, mas há algo de excitante nisso. Para aumentar a adrenalina, achei por bem conduzir sem t-shirt, uma ideia mega inteligente tendo em conta que para além de não ter a carta de condução, as estradas indianas não primam pela qualidade e costumam aparecer vacas a atravessá-las e a dormir a meio delas. O Luís e a Maria também não tinham carta de condução com eles portanto em caso de multa ou prisão teria logo companhia. O único com carta de condução, o Rúben, foi o único que não conduziu. Não gostamos de pessoas dentro da legalidade. Objectivo, conhecer outras praias daquela zona de Goa. 
Fizemo-nos à estrada e a primeira paragem foi a praia da Agonda. Muito menos povoada que Palolem, muito mais crua, água igualmente maravilhosa, confusão zero. Almoçámos por lá e partimos para a praia seguinte: Kola. 
O caminho para esta praia teve de ser feito por uma estrada que dificilmente pode ser apelidada de tal. Terra, buracos e incerteza de chegarmos inteiros que acabou por nos levar a uma praia paradisíaca, que para além do mar com águas cálidas, tinha uma lagoa de água doce onde ficámos o tempo quase todo. Um tesourinho bem guardado da costa de Goa, nem que seja pela inacessibilidade.
Ao final do dia voltámos a Palolem e como era o último dia, decidi despedir-me do sol de Goa no meio do mar, num dos finais de tarde mais bonitos que já presenciei. 

Foi uma jornada incrível que infelizmente chegou ao fim. Trouxe Palolem no coração e no punho, que me ficou a doer durante 12 dias depois de um pino sem aquecimento. Mas já passou. 


















segunda-feira, outubro 13, 2014

Um Bocado de Paraíso


Não é normal um dia ou um momento inesquecível estar associado a um dia nublado, mas tudo muda de figura quando se está naquele pedaço de paraíso que é o Porto Santo. A Sofia, a lambreta cor-de-rosa do José, o cheiro da terra dos profetas. O vento na cara, na pele, a liberdade de um pássaro. É tão fácil ser tão feliz com tão pouco.



O vídeo completo, filmado com a GoPro e editado com todo o carinho do mundo, aqui.

segunda-feira, agosto 11, 2014

Notícias do Paraíso VI


Recebi uma prenda de aniversário atrasada. A Daniela, sempre atenta ao que se passa na minha vida, mandou personalizar esta t-shirt. Conseguiu imortalizar a minha pessoa, a lambreta, o gato do Túnel do Campo Pequeno com as patas partidas e a lendária expressão do César Mourão quando encarnou a Irina, a personal trainer, o "Pumba na Irina", irremediavelmente associada a verões passados da Vila Palmeira. Com esta prenda a Daniela elevou a fasquia das prendas personalizadas e arrecadou o galardão "Pumba na Irina". Isto não é para meninos. 

P.S: Pumbámos na Irina e nos restantes adversários hoje de manhã no paddel, só por causa das coisas.


terça-feira, julho 29, 2014

O dia em que a lambreta teve sede. Duas vezes.


Tinha tudo para ser um passeio agradável. Decidi ir ao Festival de Músicas do Mundo em Sines pela 7ª vez nos últimos 8 anos e achei que seria espectacular ir de lambreta. Descer até Setúbal, apanhar o ferry para Tróia e percorrer as estradinhas até Sines. A ideia de percorrer a estrada entre Sines e Porto Côvo na lambreta ali juntinho ao mar não me saía da cabeça há dias. O regresso não seria tão mágico porque significaria o término do fim-de-semana e o inevitável retorno a casa. Para acelerar o processo, decidi ir pela auto-estrada e foi aí que a porca torceu o rabo. Não que eu tivesse visto porcos pelo caminho, mas porque a coisa começou a cheirar mal. Entre Sines e Grândola não apanhei uma única bomba de gasolina e comecei a ver o ponteiro da gasolina a aproximar-se perigosamente da reserva. Apesar das minhas preces, a gasolina acabou mesmo numa estrada ainda a uns 2 ou 3 km de Grândola. Lá tive de saltar da mota e empurrá-la até a civilização. A solidariedade de motards, esquece. Nem motards, nem condutores de carros tiveram a decência de parar para ajudar e lá fui eu a ginasticar pela estrada fora, tendo passado por 4 cobras, 2 pássaros e um rato, tudo morto junto à berma da estrada. Cobras. Amaldiçoadas cobras. Chegado a Grândola, resolvi deixar a lambreta parada e fui à procura de uma bomba de gasolina a pé. Demorei um bocado, mas lá encontrei uma, enchi uma garrafa de 1,5 litros e voltei para dar de beber à ávida máquina. Segundo um senhor que me quis ajudar, havia uma bomba já ali à saída de Grândola onde eu poderia encher o resto do depósito. Pois, eu não passei por nenhum bomba e quando dei por mim já estava na auto-estrada e não havia volta a dar. Aí tentei recorrer ao São Zambujo para que me ajudasse a chegar à próxima bomba de gasolina são e salvo e sem ter de ser pelo meu próprio pé, mas ele olhou do alto do seu pedestal e achou por bem pôr-me novamente à prova. Respirei fundo, gritei nomes muito feios na minha cabeça e fiz um xixi na auto-estrada. Até que passou um carro da Brisa que dá assistência e que me cobrou 35 euros para me pôr a andar na estrada novamente. Se ele tivesse pedido 100 eu pagava. E regressei a casa, cansado, aborrecido e com vontade de atropelar as pessoas que tanto gostam de atravessar as ruas da baixa quando, como e onde lhes apetece.

quarta-feira, junho 18, 2014

Vem Dar Uma Voltinha na Minha Lambreta


A "Lambreta" do António Zambujo é de facto uma das minhas músicas preferidas, mas eu começo a levá-la demasiado à letra. Quem anda de mota compreende perfeitamente a minha paixão pela lambreta. A sensação de liberdade, o vento na cara, as 1001 possibilidades que ela nos proporciona, quando estou com ela sinto-me imparável. Por amar a liberdade e esta comunhão tão própria, estou sempre a pensar até onde podemos ir juntos e na semana passada, aproveitando os feriados, decidi ir ali ao lado, à Covilhã. Segundo o Google Maps, os 277 km por trajecto durariam 2h34 a percorrer, mas estas contas não estavam feitas para uma scooter de cilindrada 125, conduzindo entre os 90 e os 100 km/h. Contando com as 3 paragens necessárias por trajecto para gasolina e xixis, foram "somente" 4h20 sob um sol abrasador. Dito isto, até parece uma estupidez, mas quando eu meto alguma coisa na cabeça é difícil de me demover. E em vez de estar a festejar o Santo António no meu bairro, estive a ver a lua cheia às 2 da manhã a meio caminho da Serra da Estrela. Parecidíssimo. 



MAS, e depois de uma viagem de mais de 600 km, foi mesmo num passeio pequenino até à praia que fiz jus ao verso "Eu sei que tem um estilo gingão, volta e meia vai ao chão". Foi a queda número 5, tendo deixado algumas marcas, só para mostrar quem manda no pedaço. Neste momento e passadas duas horas, tenho a anca e o pé dorido. É bom que isto melhore senão vou ter de atirar tomates podres ao António Zambujo amanhã no concerto que vai dar na Praça do Município quando começar a cantar a famigerada canção. 

"Mas depois passa-lhe a dor, endireita o guiador e regressa de mansinho para o pé do seu amor".




segunda-feira, julho 22, 2013

O Resgate da Lambreta


Após 4 longos dias de ausência, a lambreta está de volta a casa de onde nunca deveria ter saído. Não, não foi a polícia que descobriu. Fui eu mesmo. Assim como quem não quer a coisa, num passeio domingueiro pelas redondezas. Reconheci-a imediatamente por causa da falta de retrovisor. Não estava muito longe de minha casa, na verdade, estava a cerca de uns 200 metros, mas por alguma razão, não me deu para passar naquela rua especificamente. Nem eu, nem a patrulha da polícia que supostamente andou pela área a sondar. Não estava escondida ou jogada para um canto, estava devidamente estacionada perto de uma casa de fados. Bem estacionada, mas cheia de lesões. Não sabia bem o que fazer. Primeiro olhei em volta a pensar que o ladrão pudesse estar nas imediações, o que faria dele muito pouco inteligente já que estávamos pertíssimo da minha casa. Depois liguei para o Tiago mandando-o parar tudo o que estava a fazer, no caso, o jantar, mas não sabia bem o que lhe dizer. Se pegava na chave da mota e vinha ter comigo, se chamava a polícia, se me vinha ajudar a empurrar a mota para casa, sei lá. Acabámos por ser três a empurrar a mota rua acima. 
Chegados a casa, fiz o exame de rotina. Liguei a mota, ela tinha motor e bateria! No entanto havia sinais de tentativa de roubo do motor, mas não conseguiram tirá-lo. O problema aqui era mesmo o depósito de gasolina estar a verter por algum lado. O banco estava fechado, tão bem fechado que não o consegui abrir. Deram-me cabo disso e deu para perceber que o capacete foi à vida. Espero que pelo menos tenham poupado os documentos da mota que não dava jeito nenhum tratar de papelada. Forçaram ainda o porta-luvas onde guardava conchas, o que foi estupidez porque bastava terem carregado num botãozinho. Não me levaram as conchas, ufa! Após 200 e tal euros queimados na oficina há um mês, terei de me preparar mentalmente (e carteiramente) para amanhã dispender mais um bela quantia para curar as feridas de guerra da lambreta. Mas valerá a pena o esforço, só de pensar nas horas de vida que perderia a andar de transportes públicos vinham-me as lágrimas aos olhos. 

Neste momento a motinha está completamente amordaçada à porta de casa e tenho ido à janela de vez em quando certificar-me que ainda lá está. 
Tudo está bem quando acaba bem. Arf!


quinta-feira, julho 18, 2013

Farewell, Minha Querida Motinha

Quando acabei de tirar a carta de condução, ansiava pelo dia em que me mandassem parar numa operação-stop para poder exibir orgulhosamente a carta de condução que tantas dores de cabeça me deu para conseguir. Não percebia nada dos documentos que teria de apresentar e hoje ainda não sei. Mas juro que queria mesmo mostrar às autoridades que tinha a papelada toda direitinha e nem uma gotinha de álcool no sangue. Por vezes até passava mais devagar junto às brigadas de trânsito, mas nada. 
Até há dois dias. Mandaram-me parar junto ao Martim Moniz e eu, apesar de estar atrasado, fiquei  contente porque me tinha lembrado à ultima da hora de meter a carteira no bolso onde tenho o cartão do cidadão e a carta de condução. Era a minha oportunidade de poder mostrar o quão legal estou. O Sr. Polícia pediu-me uma coisa qualquer e eu dei-lhe para as mãos um monte de papéis e disse-lhe que o que ele precisava estava ali certamente. Fiz tipo um jogo com o Sr. Polícia, tipo "Onde Está o Wally" versão papelada burocrática. Enquanto ele procurava eu tirava da carteira os restantes documentos e fiquei sem pinga de sangue ao lembrar-me que nunca cheguei a mudar a morada da carta de condução para Lisboa. Uma multa era tudo o que não precisava. Obviamente que reparou naquilo, mas num misto de preocupação, não fosse eu ser apanhado numa operação-stop (!?), disse-me que era melhor eu alterar os dados senão podia apanhar uma multa de 60 euros. Agradeci o conselho ao meu amigo novo e fui embora. Quase duas horas depois mandaram-me parar noutra operação-stop, com os mesmos polícias. Foi dose dupla, mas o meu amigo gritou aos aos colegas "Esse já foi há pouco". E fui à minha vidinha.

Não paguei multas, mas na noite passada gamaram-me a mota. À porta de casa. Foi uma despesa um pouco maior do que os 60 euros que me foram poupados no dia anterior. Em relação ao Sr. Ladrão,  se isto fosse realmente inevitável, porque não ma roubou há um mês quando ela me pifou e me fez gastar mais de 200 euros na oficina? Sempre me poupava esse dinheirinho que tanto jeito me daria para, sei lá, pagar contas. Neste momento, deixa-me ver como explico isto... neste momento desejo carinhosamente que o ladrãozeco se esbardalhe com os dentes na beira do passeio. Mas não desejo que ele parta apenas os dentinhos. Desejo que eles entrem pela gengiva acima para complicar mais a coisa. Podia ser aqui nas redondezas, para ver se o eléctrico lhe trilhava a pontinha dos dedos. Todos. Vantagem, deixava de ter impressão digital para futuros roubos. 

E eu que tinha tantos planos para a próxima semana com ela... Hoje rezarei por ti, estejas inteira por essas ruas fora, ou aos bocados numa garagem qualquer. Sendo esse o caso, que ao menos dês vida a novas motas. Sempre fui adepto da doação de orgãos. 
Em memória da Fly, aqui fica a nossa música. 



segunda-feira, abril 09, 2012

A Minha Lambreta É Pelo Mal

Anda uma pessoa a fazer declarações de amor à sua lambreta na praça pública, em paz com todas as preocupações que deu até o momento, celebrando as boas memórias e augurando muitas outras que estão para vir, para depois ela se espalhar ao comprido na Sexta-Feira Santa logo pela manhã, quando o seu dono tinha vestido a roupa da missa para ir passear com os pais. Não foi bonito, nunca é. Lambreta para um lado, Pedro para outro, desta vez com mais consequências para a rebelde motinha que ficou sem retrovisor. Sem crise, nunca precisei do retrovisor, mesmo estando lá, acabo sempre olhando para trás com a cabeça antes de qualquer manobra. Mas equivoquei-me. Uma mota sem retrovisor é o mesmo que um sorriso sem um dente da frente. Conseguimos aprender a viver com isso, mas nunca mais conseguimos impor qualquer tipo de respeito. Aposto que foi para a noite na quinta-feira e enfrascou-se a misturar gasolinas de baixa qualidade. Mas como sempre, foi incapaz de me chegar a casa de depósito cheio. 

terça-feira, abril 03, 2012

A Minha Lambreta


Já passaram 6 meses de vida em comum com a minha lambreta. Temos sido muito felizes juntos. Tirando aquele primeiro momento em que quiseste mostrar quem mandava no pedaço e me atiraste para o asfalto para tatuar os meus joelhos. Mas rapidamente nos reconciliamos e todos os dias nos cumprimentamos com um beijinho e uma apitadela.  Já adoecemos juntos e já rimos de muitos condutores de Playstation ao passar por eles no meio do trânsito, eternamente engarrafados e com um humor nublado logo pela manhã. Já quase levámos com portas no nariz, quase atropelámos peões que julgam ser super heróis e atravessar onde e à velocidade que lhes apetece. Já fomos rebeldes e atravessámos sinais vermelhos e acelerámos pela faixa do BUS como se aquilo fosse tudo nosso, sempre à espreita de algum polícia que nos apite e nos chame a atenção como naquelas vezes que fomos apanhados a andar em cima do passeio. Confesso que às vezes me aborrece o teu problema com a bebida, começa a tornar-se um vício cada vez mais caro e temos tido algumas discussões a propósito do assunto. Ainda não te estreei com mais alguém em cima, mas peço desde já desculpa ter-te deixado nas mãos de um novato, mesmo que por menos de 2 minutos e na minha Travessa com final e sem trânsito. Eu senti o medo quando voltaste ao dono, mas prometo ter mais cuidado para a próxima e certificar-me que a próxima pessoa que te acelere te irá tratar com o máximo respeito. 

Somos um acidente prestes a acontecer, mas isso é um pormenor.

"Vem dar uma voltinha na minha lambreta
E deixa de pensar no tal Vilela
Que tem carro e barco à vela
O pai tem, a mãe também
Que é tão, tão sempre a preceito
Cá pra mim no meu conceito
Se é tão, tão e tem, tem, tem
Tem de ter algum defeito
Vem dar uma voltinha na minha lambreta
Vê só como é bonita, é vaidosa
a rodinha mais vistosa
deixa um rasto de cometa
É baixinha mas depois parece feita pra dois
Sem falar nos eteceteras
Que fazem de nós heróis
Eu sei que tem um estilo gingão
Volta e meia vai ao chão
Quando faz de cavalinho
Mas depois passa-lhe a dor
Endireita o guiador
E regressa de mansinho para pé do seu amor"
Vem dar uma voltinha
na minha lambreta
Eu juro que guio devagarinho
Tu só tens de estar juntinho
Por razões de segurança
E se a estrada nos levar, noite fora até o mar
Páro na beira da esperança 
Com a luzinha a alumiar"