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sábado, maio 23, 2015

Eurovision Semi-Final 2

Credits: Andres Putting


Apesar da organização ter determinado a presença da Leonor Andrade na segunda semi-final o que fez aproximar, de uma forma meramente temporal, a eterna esperança lusitana em alcançar a final de sábado, não foi suficiente. Surpresa, zero. Não é uma questão de ser um velho do Restelo, é uma questão de objectividade. Não levamos uma música memorável há demasiado tempo e continuamos a insistir em cantar em português, que sim, é uma língua maravilhosa, mas ninguém percebe. Não, não é a única justificação para não termos passado - o Montenegro passou dois anos consecutivos a cantar na sua língua materna - é todo um conjunto de coisas erradas. A Leonor esfolou-se o mais que conseguiu e por momentos até achei que pudéssemos passar, o que apenas adiaria a tragédia de um dos últimos lugares no sábado. Mas não estava, com muita pena minha, nas minhas 10 músicas preferidas para passar.

LITUÂNIA - Uma música levezinha, bonitinha, com um beijo pelo meio, obviamente passaria para a final. 

IRLANDA - Para um país com tanta tradição na Eurovisão continuo sem perceber porque levam músicas sem piadinha nenhuma. Fizeram um trabalho certinho, mas sem sabor, passou ao lado de alguma coisa que podia ter sido boa. Acertei que não passavam.

SÃO MARINO - Felizmente para Portugal eles estavam na nossa semi-final, pensei eu. Geralmente inofensivos, aposto que disputaram o último lugar com a República Checa. Coisinha mais sem piada.

MONTENEGRO - Apostei que não passavam, é para mim das músicas mais chatas da semi-final. Cantada na língua deles, compreendi tanto como eles compreenderam a nossa. Mas ao contrário da nossa, tem muitos países vizinhos que certamente lhes deram muitos pontos como no ano passado, que levaram uma música igualmente desinteressante mas mesmo assim tiveram 12 pontos de mais de um país. Passaram mas não vão longe de certeza.

MALTA - Aposta falhada. Nem que fosse pela tradição, pensei que passassem, já que costumam estar presentes nas finais, mas não havia espaço para duas "Warriors" na final, a Geórgia já havia passado na semi-final anterior com uma música com o mesmo nome. Longe de ser óptima, continuo a pensar que era melhor que algumas que passaram.

NORUEGA - Quando ouvi pela primeira vez esta música não gostei nada, mas no ano passado disse o mesmo da música deles e após o festival passou a ser a minha música preferida. Após ouvir algumas vezes reconheço que é das melhores em competição. Acertei que passava e não vou falhar ao apontá-los para o top 10 na final, mas não me parece que ganhe.

PORTUGAL - Ela bem tentou e quase, quase me fez acreditar que podíamos ter passado. A música até parecia começar bem, mas o refrão é demasiado vulgar. Fica para o ano, mais uma vez.

REPÚBLICA CHECA - Que aborrecimento e pimbalhice de música. Se não ficou em último, foi porque São Marino estava lá.

ISRAEL - Está na final com mérito. Finalmente uma música pop muito bem feitinha, à medida dos israelitas. O Golden boy tinha de estar na final para animar as hostes. Não ganha mas acredito que fica bem classificada.

LETÓNIA - Foi a minha preferida da noite! A actuação foi óptima, a voz dela magnífica e a música é fora da caixa. Para mim, uma justa candidata à vitória final.

AZERBEIJÃO - O Azerbeijão não brinca em serviço e trouxe mais uma música que é capaz de fazer mossa na classificação. Não aposto na sua vitória mas top 10 de certeza.

ISLÂNDIA - Era das minhas músicas preferidas à partida e tinha tudo para passar, o que não aconteceu. A actuação não foi a melhor, mas ainda assim fiquei muito surpreendido por ter ficado pelo caminho.

SUÉCIA - Foi a minha primeira candidata à vitória, primeiro porque é a Suécia e logo aí a probabilidade de ganhar aumenta estupidamente, segundo porque a actuação é das mais interessantes e a música fica logo no ouvido. Vai disputar a vitória com mais alguns.

SUÍÇA - Não achava nada de especial, mas depois de os ver na semi-final decidi pô-los no meu top10. Ainda bem que não apostei dinheiro, falharam redondamente.

CHIPRE - Uma baladinha quietinha, inofensiva, queriducha, bem cantadinha, que me fez bocejar e desejar que a música terminasse. Estragou-me a estatística porque achei que não passavam.

ESLOVÉNIA - Antes da semi-final era das minhas favoritas a passar, mas achei que a actuação ficou muitos furos abaixo do que eu esperava. Pensei, "olha que timbre engraçado o desta rapariga e este violino ao vivo vai ficar bem". Mas depois achei tudo demasiado escorregadio de tanto azeite, nomeadamente a pessoa que está a fingir que toca um violino imaginário como se estivesse a fazer um vídeo do Dubsmash. Desisti deles no meu top 10 e falhei.

POLÓNIA - Acho sempre um bocado desagradável quando tocam em assuntos sensíveis, nomeadamente o facto da senhora precisar de uma cadeira de rodas para se mover. Até aí tudo bem, mas ao passar imagens dela antes de ficar paraplégica deixa-me a pensar se há realmente uma genuína mensagem a passar ou se se estão a aproveitar uma forma fácil de angariar votos. Fora isso, acho que merecia passar e passou. 


LETÓNIA


SUÉCIA

quinta-feira, novembro 06, 2014

Dia 10 - "Apocalíptica e Surrealista Varanasi"

Após uma viagem com alguns sobressaltos em que eu e a minha mala fomos revistados em 5 momentos diferentes, chegámos a Varanasi! De volta à Índia para continuar a aventura por terras asiáticas, esta era a cidade que à partida criava mais apreensão. Rapidamente percebemos que já não estávamos no Nepal, voltámos às regras de trânsito “cada-um-por-si”, mas nós já estávamos vacinados das cidades indianas anteriores. Chegámos ao final da tarde e já não havia muito para fazer, pensámos nós… mas vai que afinal hoje é uma noite bastante especial. É a noite em que se celebra o “Dev Deepavali”, também conhecido como o “Festival das Luzes”. É uma celebração hinduísta que tem lugar todos os anos na lua cheia do mês hindu de Kartika e que acontece 15 dias depois do “Diwali”, festa que quase fez com que não conseguisse o visto na embaixada em Lisboa. Acredita-se que os deuses hindus descem à terra para se banhar nas águas do rio Ganges nesta noite e por essa razão as pessoas procedem a vários rituais, nomeadamente tomar banho no rio e lançar velas acesas ao rio, o que torna o cenário mágico. E quando dizem que este é o festival das luzes eles falam mesmo a sério. Os prédios estão todos decorados com luzinhas, as escadarias das ghats (escadas junto ao rio onde se fazem os rituais) estão iluminadas com milhares e milhares de vasinhos de barro com óleo e um pavio que abrilhantam a festa, o fogo de artifício não para de ser lançado (o cuidado a ligar com pirotecnia é parecido ao cuidado no trânsito, é tudo ao desbarato mas ninguém se magoa), as velas são lançadas ao Ganges por onde passam centenas de barcos, muitos deles também iluminados com luzes, cheios de pessoas de um lado para o outro. 
A sensação de fazer parte desta festa imensa é indescritível, há sempre alguma coisa a acontecer à nossa volta, não sabemos para onde olhar, para onde ir, o que fazer. Apetece furar as multidões, interagir com as pessoas, partilhar a sua alegria, fazer parte de todo aquele caos maravilhoso. Como nos disse ontem a senhora israelita no Jardim dos Sonhos em Kathmandu, Varanasi é uma cidade completamente surrealista e apocalíptica e esses adjectivos, que me pareciam exacerbados, correspondem completamente à realidade.
É uma celebração tão, tão, tão bonita e tivemos o privilégio de fazer parte dela sem sequer imaginar que teríamos isto tudo à nossa espera.

Hoje durmo de coração cheio.





























terça-feira, setembro 23, 2014

PES Vai a Concertos IX - Caixa Alfama




Pelo segundo ano consecutivo fui ao Caixa Alfama, o que me dá 100% no que toca à assiduidade neste festival. No ano passado com Sofisabel, neste ano com pais e avós. O cartaz foi bem bom, mas a meu ver a distribuição dos artistas pelos palcos não foi a melhor, não sei porque não se lembraram de me vir perguntar, eu tenho sempre soluções para estas coisas. Os meus concertos favoritos eram quase todos no 1º dia, em palcos diferentes, praticamente à mesma hora. Nunca a expressão "maratona do fado" fez tanto sentido, já que assisti às primeiras 4 músicas da Kátia Guerreiro no palco Caixa, depois corri para o concerto da Ana Bacalhau para mais umas 4 ou 5 músicas e não satisfeito tentei apanhar o final da Gisela João num palco que demorei séculos a encontrar porque o mapa parecia ter sido feito à mão para uma caça ao tesouro manhosa. A Cuca Roseta teve de ser preterida, nada contra, mas apesar de ser Espírito Santo, ainda não sou omnipresente. Depois, já com a frequência cardíaca recuperada rebolei até ao palco Caixa novamente onde apanhei o final do Ricardo Ribeiro, que a julgar pela sua barriga também rebolaria comigo certamente, e o concerto mais aguardado da noite, Ana Moura e António Zambujo. No dia seguinte, com o cartaz cheio de nomes desconhecidos para mim, fiquei-me pela Carminho. 
A ter de escolher o melhor de todos, o que é difícil fazer, talvez escolhesse a Gisela João porque para além de eu venerar a sua voz, a sua energia, a sua irreverência e a sua genuinidade, ela tinha uma pequena orquestra maravilhosa a tocar com ela num espaço mágico o que tornou tudo tão mais especial. Deu até para tirar uma espécie de fotografia com o Norberto e a Gisela desfocadíssima ao fundo, mas ao menos o meu pai já pode dizer que tem uma selfie com uma artista apesar de não a conseguirmos identificar na fotografia, as pessoas vão ter de acreditar. A Ana Moura e o Zambujo nunca desiludem e juntos são irressistíveis e apetece levá-los para casa e pô-los na sala de estar a cantar a tarde toda. A Carminho foi a surpresa do festival, já que nunca a tinha ouvido e talvez por não ir com uma expectativa muito elevada me tivesse surpreendido tanto. Ela foi divinal! Também a quero lá em casa aos fins-de-semana quando a Ana e o António estiverem de folga. Já a Ana Bacalhau, que deve começar a pensar que a persigo para todo o lado, o que até nem é mentira, safa-se muito bem nestas lides e até me escreveu no instagram, o que me deixou de sorriso na cara, porém, e contra a minha natureza, não fui capaz de lhe falar quando no dia seguinte a encontrei e ao José Pedro Leitão no concerto da Carminho, mesmo que a Laura me tivesse praticamente empurrado na dua direcção. Enfim, idiota.

Para o ano há mais, esperemos!








quarta-feira, julho 23, 2014

PES vai a Concertos VIII - Oh Land


Apesar de ter acesso aos 3 dias de Super Bock Super Rock, apenas consegui comparecer no 1º e no 3º. No segundo dia o Eddie Vedder teve de lidar com a minha ausência. Nessa noite estive a dar uma da Amy Winehouse num restaurante de Alfarim e o Mister teve de me desconvocar, nem para o banco fui chamado. Ouvi dizer que choveu e encharcado já eu estava. 
Mas avançando para o que interessa, o terceiro dia foi unicamente para aproveitar o concerto de Oh Land, conhecendo apenas o álbum homónimo, corria o risco de não conhecer muitas das músicas do concerto. Começa a ser um padrão, ir para concertos de artistas que conheço pouca coisa. 
Deixa cá ver uma palavra para descrever o que achei dos Oh Land... hum... ah já sei: FABULOSO!
Começou com o "Wolf & I" e terminou com "Sun of a Gun" e "White Nights". Pelo meio algumas que conhecia, mas a maioria nem por isso. Mas isso não interessou para nada, o concerto foi electrizante do princípio ao fim. A Nanna Øland Fabricius (tive de ir à Wikipedia procurar o seu verdadeiro nome) fez-me lembrar uma mistura entre Lykke Li, Feist e Florence Welsch, o que resulta numa perfeição divina. A sua voz, a sua presença e a sua aura obrigaram-me a manter o olhar vidrado no palco, sem grandes artifícios ou manobras de diversão. Foi tão bom, tão bom, tão bom que passados quatro dias continuo envolvido na magia do concerto e estou constantemente a ouvir e a pesquisar mais sobre Oh Land. Parecem exageradas as palavras, eu sei, mas eu estive lá e foi o que senti, pronto.

E esta, que eu não conhecia antes do concerto, é o meu mais recente vício: repeat, repeat, repeat.


quarta-feira, maio 14, 2014

Crónica Eurovisiva 2014


Já há uns anos que deixei de ter vergonha de assumir que adoro o festival da Eurovisão e como tal, não consigo deixar de escrever sobre o que se passou por Copenhaga neste último sábado. Tal como no ano anterior, fiz as minhas apostas e estive bastante certeiro, tanto nos melhores como nos piores do ano.

O meu top 10 era:
1º - Áustria
2º - Suécia
3º - Ucrânia
4º - Arménia
5º - Hungria
6º - Polónia
7º - Grécia
8º - Dinamarca
9º - Finlândia
10º - Rússia

Acertei em 7, inclusivamente no vencedor, para mim, bastante óbvio este ano. Óbvios também foram os flops do ano.

O meu top dos piores era:
1º - Bielorrússia
2 º - França
3 º - São Marino
4 º - Malta
5º - Alemanha


26º Lugar - FRANÇA
Prémio "Homens da Luta"
Eles bem tentarem ser modernos, e conseguiram, foram tão, tão, tão modernos que tiveram apenas 2 pontos. Como tal, ganham o prémio "Homens da Luta", porque tal como eles em 2011, teriam de ter muita fé para não ficar em último na semi-final caso precisassem passar por ela. Nem em inglês se safavam, porém, atribuí-lhes o penúltimo lugar. Sobrevalorizei-os claramente.



25 º Lugar - Eslovénia
Prémio "Não Há Eurovisão Sem Flauta"
Fraquinha, fraquinha, nem apostava para ter passado à final. E para uma flauta fazer boa figura é preciso muito mais do que isso. No ano passado já não tinha apostado na Dinamarca por causa da flauta me deixar chei'da nerves e vai-se a ver, a miúda ganhou aquilo. Mas dois anos seguidos não vai dar.



24 º Lugar - São Marino
Prémio "Desmacha-Prazeres"
A música é uma seca descomunal e a forma como ela diz "Maybe" dá-me vontade de expelir conteúdo gástrico. No entanto tenho de a aplaudir porque conseguiu ficar em 10º lugar na semi-final, apenas 1 pontinha à frente da Suzy. Por esse motivo o prémio "Desmancha-Prazeres" não é necessariamente depreciativo. 



23º Lugar - Malta
Prémio "Voltando a Casa Casa (Sem Nada)"
Apostei em Malta para ficar nos últimos 5 apesar de não a achar terrível. Até gosto de algumas coisas da música. Alguns instrumentos, vá. Não sei bem, tinha o pressentimento que ia ter uma classificação catastrófica, apesar de ser queridinha e fofucha como a que levaram no ano passado que eu apostei (e ficou) nos 10 primeiros. O prémio atribuído é um triste trocadilho com o nome da música porque eu sou muito parvo.



22º Lugar - Azerbeijão
Prémio "Não-Era-Assim-Tão-Má-Para-Esta-Classificação"
Costumam ser sempre candidatos à vitória, no ano passado tinha apostado neles para vencedores, mas ficaram atrás da Dinamarca. Este ano não achei definitivamente que pudessem ganhar, mas, e apesar de não a ter posto no meu top 10, trocaria claramente pela Rússia. Ficou muito mal classificada na minha opinião.



21º Lugar - Itália
Prémio "Emma, a Princesa Romana"
Um pop-rock demasiado previsível, sem grande chama, sem piada, adivinhava-se uma classificação na segunda metade da tabela. Leva a coroa de louro como compensação.


20º Lugar -Grécia
Prémio "Salto Mais do Que Tu"
Lixaram-me o top 10, a música não era fabulosa, mas pensei que fosse o suficiente para ficarem lá para 7º nem que seja pelos bons resultados consistentes todos os anos. Enganaram-me por causa da cama elástica.



19º Lugar - Montenegro
Prémio "Seca do Ano"
Desculpem, não consigo nutrir qualquer tipo de emoção para além de um longo bocejo de 3 minutos.



18º Lugar - Alemanha
Prémio "Matem-me Devagarinho"
Eh paaaaaa, só foram à final porque têm lugar garantido todos os anos. Não encontrei piada em nenhuma parte. Foi doloroso e senti que tinha perdido 3 minutos de vida. Ponderei jogar-me pela janela, felizmente detiveram-me a tempo e agora estou a escrever estas porcarias.



17º Lugar - Reino Unido
Prémio "Volte a Tentar para o Ano"
Serei o único a achar que o Reino Unido é dos países mais descontextualizados do festival? Não entendo como é que podem produzir a melhor música pop que temos na Europa (e a Suécia) e depois apresentem porcarias atrás de porcarias todos os anos. A miúda até parece ter uma voz simpática, mas foi tudo tãooooo sem sal. 



16º Lugar - Bielorrússia
Prémio "Azeite"
Queria ter atribuído este prémio à Suzy mas ela não estava lá. Uma pena. Fala de cheesecake. A sério. De cheesecake. Em quem devo bater?



15 º Lugar - Islândia
Prémio "Power Rangers"
Não estava no meu top 10 mas por questões estratégicas, já que eu sabia que nunca ficaria nos primeiros lugares. Gostei da música, é estupidamente viciante e eles têm muita pinta. Pareciam Power Rangers e estive o tempo todo à espera que aparecesse algum monstro para eles entrarem em acção, mas a Suzy já tinha voltado para casa.



14 º Lugar - Polónia
Prémio "Miley Cyrus"
ADORO! É claramente das minhas preferidas, especialmente por serem umas badalhocas assumidas de primeira categoria. Tinham mamalhudas a lavar roupa e a fazer manteiga de forma sensual e porca ao mesmo tempo. O vídeo começa com vacas a mugir e galinhas a cacarejar. E JURO que gosto mesmo da música, nem que seja porque não era uma balada como 95% do festival. Porém, estragou-me as estatísticas. Vão levar naquele lombo quando as apanhar a jeito.



13º Lugar - Suiça
Prémio "Neutralidade"
Não é má nem é maravilhosa. Não mata ninguém dos nervos nem mete ninguém a dançar em cima da mesa. Gosto do assobio, do violino e o rapaz tem pinta. Mas é a Suiça, e como tal, fica ali mesmo no meio da tabela sem aborrecer ninguém.



12º Lugar - Roménia
Prémio "Luís de Matos"
Fala de magia e começa com efeitos especiais tão manhosos que quase desejei ser esmurrado no estômago. É toda regadinha a azeite Gallo, como é hábito nas representações romenas, que por alguma razão tendem a ser sobrevalorizadas. Para o meu gosto, ficaria lá no fundo da classificação, mas já havia vários galos para esse poleiro.



11º Lugar - Finlândia
Prémio "Quero Ouvir Mais Coisas Deles"
É uma música que sei que vou ouvir no meu iPod, um pop/rock muito bom e tive pena que não tivessem ficado mais acima na classificação.



10º Lugar - Espanha
Prémio "Portugal Odeia-vos"
A música é jeitosa para efeitos eurovisivos. Este ano não foram tão pirosos como costumam ser e ela é gira e canta bem. Ficou à entrada do top 10, é justo. Mas Portugal hipotecou as hipóteses de ganhar uns pontinhos deles para o ano, já que por alguma razão peregrina, demos-lhe... zero pontos. E eles até tinham dado 8 pontos à Suzy na semi-final. O Emanuel estava em Badajoz certamente.



9º Lugar - Dinamarca
Prémio "Vamos Ser Divertidos Mas Sem Comprometer"
É animadinha, bem disposta, não dá muito que pensar e serve para ficar ali, quietinha e para o ano já ninguém se lembra.



8º Lugar - Noruega
Prémio "Bicho Carpinteiro"
Não gostei da música em contextos eurovisivos e ponderei a morte medicamente assistida durante a actuação, mas agora que já passaram três dias e que o oiço no iPod, até gosto da musiqueta. É triste, melancólica, deprimente, tal como eu seria se vivesse na Noruega. Mas gosto.



7º Lugar - Rússia
Prémio "Saylor moon's Siamesas"
Não gosto da música. O meu voto foi meramente estratégico porque sei que eles ficam sempre nos primeiros lugares mesmo que levem velhotas desdentadas, que aliás, foram bem melhores que estas miúdas no ano passado. Foi uma tentativa vã de levar uma música que diga na letra coisas bonitas sobre a humanidade, quando todos sabemos que podem ser um perigo eminente para essa mesmo humanidade. Foram assobiadas a noite inteira e ficaram uma posição atrás da Ucrânia e seis da Conchita. Aposto que tirou o sono a alguns. Ah, é verdade, o Rui Andrade estava por lá. Entrou e fechou um leque gigante. Foi o mais longe que um português já foi desde que existem semi-finais.



6º Lugar - Ucrânia
Prémio "Eu Tenho um Hamster e Tu Não"
Apostei para ficar em 3º e não falhei por muito. A Ucrânia nunca foge a este registo e costuma dar-se bem. Em equipa que ganha não se mexe e ainda bem que não se dedicaram às baladas como quase todos os outros.



5 º Lugar - Hungria
Prémio "Rosa Mota"
Das poucas que já conhecia e gostava antes de assistir ao festival. É um pop muito simpático e das melhores músicas que já ouvi da Hungria que não costuma ser nada memorável. Assim de repente não me lembro de nenhuma participação anterior, são quase tão maus como nós, digo quase porque só com o "Running" conseguiram melhor que nós com a Lúcia Moniz em 96.



4 º Lugar - Arménia
Prémio "Primeiro Estranha-se, Depois Entranha-se"
Quando comecei a ouvir na primeira semi-final achei má. Depois a música foi avançando e já houve uma parte que até gostei. Passou à final e ouvi novamente. Já comecei a achar que tinha qualquer coisa de bom. Apostei para o top 10 mas hoje colocaria no meu top 3 de certeza. Adoro!



3º Lugar - Suécia
Prémio "Água Mole em Pedra Dura"
A mulher participou 7 vezes até conseguir vir à Eurovisão, só por isso já merecia o pódio. Mas indepententemente disso, a música é boa e o pódio era bastante óbvio. Pensei que fosse a única música capaz de fazer cócegas à da Áustria, mas pelos vistos teve uma adversária a intrometer-se no segundo lugar. Para a Suécia tanto faz, todos sabemos que é uma questão de tempo a próxima vitória deles. 


2 º  Lugar - Holanda
Prémio "Faith Hill e Tim McGraw"
Foi para mim a surpresa da Eurovisão. A música é engraçadita para quem gosta de música country, o que não é bem o meu caso. Em contextos europeus jamais imaginaria que fosse ficar em 2º, na verdade, era algo tão diferente do que estamos habituados que se tornava uma incógnita a classificação final. Não é das minhas preferidas, mas também não acho mal. Preferi a Anouk no ano passado. Já começam a ameaçar, estes holandeses.



1º Lugar - Áustria
Prémio "Gillete"
A Conchita tem uma barba mais perfeita que a minha o que me leva a crer que a minha assimetria nunca me deixaria ganhar um evento destes. Apostei nela para vencer e não falhei desta vez (antes, só com o Alexander Rybak é que tinha acertado). A música é óptima, podia ser banda sonora de um filme do James Bond, mas infelizmente acho que será mais associada às noites do Finalmente. Gosto também da voz, da mensagem, da atitude e do facto de ter recebido 12 pontos de tantos países, incluíndo Portugal.