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sexta-feira, agosto 01, 2014

PES Vai a Concertos IX - Gisela João


Em 2007 estreei-me nas "Músicas do Mundo" de Sines. Desde então falhei apenas um ano. Com esta, foi a 7ª edição na qual marquei presença. Nunca vou ver alguma banda em concreto, costumo dizer que vou lá apenas existir. E quem já lá foi sabe mais ou menos do que eu estou a falar. Existir apenas é bom.
O cartaz é grego para mim, tirando os artistas portugueses que são convidados, não conheço ninguém. Este ano convidaram a Gisela João. Já a tinha visto 2 vezes e meia antes (aquela música única cantada no Rossio não conta como concerto), nada de muito novo para mim. Porém, continuo a gostar como se fosse sempre a primeira vez. E existe uma explicação muito simples para eu gostar tanto dela. Eu gosto de fado, comecei a gostar devagarinho até chegar ao momento em que sinto que ele já faz parte do meu ADN, da minha vida, da minha história, do meu país. Não gostava muito em miúdo porque não entendia a portugalidade, a profundidade e o sentimento que ele envolvia. Julgava que o fado era música de velhos e velhas com guitarras e xailes, enfadonhos daqui até à lua. Mas uma pessoa cresce em muitos sentidos e felizmente hoje sou um adepto ferveroso da nossa música.
A Gisela não é a primeira fadista a trazer uma brisa fresca no mundo do fado, lembro-me de já ter assistido ao nascimento de fadistas da minha idade e até mais novos que têm levado a que a nossa música não se cinja à faixa etária dos nosso avós. Mas a Gisela é muito especial. A Gisela é irreverente, quem a visse fora de palco pensaria que ela seria a vocalista de uma banda pop ou rock, mas quando ela solta a voz percebe-se que "não é fadista quem quer, mas sim quem nasceu fadista". Ela pode cantar no Lux com o Nicolas Jaar, pode reinventar António Variações, ela pode fazer o que quiser. A miúda gira e fixe que usa ténis e vestidos que estamos pouco habituados a ver nos palcos de fado tem uma alma inegável de fadista e uma das melhores vozes que já ouvi. Ela tem o dom de me prender às suas canções mesmo que eu as esteja a ouvir pela primeira vez graças à intensidade na actuação. Ela sente o que canta de uma forma simplesmente arrepiante. Ouvi alguém comentar num dos seus concertos que ela fazia caretas enquanto cantava, eu vejo isso como a mais bonita manifestação de emoções que a música transporta em si. Diz-se que as coisas que fazemos na vida apenas serão bem feitas se pusermos tudo de nós nelas. E a Gisela sabe isso muito bem. E isso é tudo. Já está no meu Olimpo.

terça-feira, julho 29, 2014

O dia em que a lambreta teve sede. Duas vezes.


Tinha tudo para ser um passeio agradável. Decidi ir ao Festival de Músicas do Mundo em Sines pela 7ª vez nos últimos 8 anos e achei que seria espectacular ir de lambreta. Descer até Setúbal, apanhar o ferry para Tróia e percorrer as estradinhas até Sines. A ideia de percorrer a estrada entre Sines e Porto Côvo na lambreta ali juntinho ao mar não me saía da cabeça há dias. O regresso não seria tão mágico porque significaria o término do fim-de-semana e o inevitável retorno a casa. Para acelerar o processo, decidi ir pela auto-estrada e foi aí que a porca torceu o rabo. Não que eu tivesse visto porcos pelo caminho, mas porque a coisa começou a cheirar mal. Entre Sines e Grândola não apanhei uma única bomba de gasolina e comecei a ver o ponteiro da gasolina a aproximar-se perigosamente da reserva. Apesar das minhas preces, a gasolina acabou mesmo numa estrada ainda a uns 2 ou 3 km de Grândola. Lá tive de saltar da mota e empurrá-la até a civilização. A solidariedade de motards, esquece. Nem motards, nem condutores de carros tiveram a decência de parar para ajudar e lá fui eu a ginasticar pela estrada fora, tendo passado por 4 cobras, 2 pássaros e um rato, tudo morto junto à berma da estrada. Cobras. Amaldiçoadas cobras. Chegado a Grândola, resolvi deixar a lambreta parada e fui à procura de uma bomba de gasolina a pé. Demorei um bocado, mas lá encontrei uma, enchi uma garrafa de 1,5 litros e voltei para dar de beber à ávida máquina. Segundo um senhor que me quis ajudar, havia uma bomba já ali à saída de Grândola onde eu poderia encher o resto do depósito. Pois, eu não passei por nenhum bomba e quando dei por mim já estava na auto-estrada e não havia volta a dar. Aí tentei recorrer ao São Zambujo para que me ajudasse a chegar à próxima bomba de gasolina são e salvo e sem ter de ser pelo meu próprio pé, mas ele olhou do alto do seu pedestal e achou por bem pôr-me novamente à prova. Respirei fundo, gritei nomes muito feios na minha cabeça e fiz um xixi na auto-estrada. Até que passou um carro da Brisa que dá assistência e que me cobrou 35 euros para me pôr a andar na estrada novamente. Se ele tivesse pedido 100 eu pagava. E regressei a casa, cansado, aborrecido e com vontade de atropelar as pessoas que tanto gostam de atravessar as ruas da baixa quando, como e onde lhes apetece.

terça-feira, março 31, 2009

sexta-feira, dezembro 26, 2008

E foi ou não foi um Natal especial?


SIM, FOI!


Andei a cavalo, passeei por uma bela cidade à beira-mar plantada, olhei o mar com a cumplicidade que há muito tinha saudades de sentir, ganhei novos pais, avós e irmão.

Comi como um rei, bacalhau, borrego, camarão, carne de vinha d'alhos, doces, chocolates. Penso seriamente que estão a tentar-me engordar para matar no próximo Natal.

Apanhei o solzinho quente de Dezembro e assisti ao mais belo pôr-do-sol que poderia ter desejado. Na melhor companhia que poderia ter tido. E vejam lá, foi o melhor presente de todos. A sério que foi.

"You're the nicest thing I've seen..."

E a cumplicidade que ganhámos (ainda mais) neste Natal. A sintonização, de tal forma que quase oferecemos as mesmas prendas. Já nem falo da telepatia de pensamentos.

O meu MUITO obrigado.

terça-feira, junho 10, 2008

Sines, 2007


Esta foi para lembrar que existe vida para além da monografia!
(e para distrair um pouco do trabalho)