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quinta-feira, dezembro 11, 2014

Relatos de 4 Meses Sem Televisão


Queria agradecer imenso à Vodafone por ter deitado por baixo da porta a sua proposta para aderir aos seus serviços mas gostava de informá-los que infelizmente nesta casa não existe televisão pelo que teremos de adiar qualquer casamento entre nós os dois. Foi muito divertido nos primeiros tempos, mas neste momento começo a ressacar e não há Gurosan que ajude. No lugar onde deveria estar a televisão está o pinheiro de Natal e todas as noites sento-me no sofá a olhar para ele. Às vezes carrego num botão que muda o piscar das luzes do pinheiro, mas já decorei todos os padrões de piscadelas que ela proporciona. Tenho o computador e apanho internet da rua intermitentemente usando uma password que não me pertence. Podia ver televisão online, séries ou vídeos no youtube quando o sinal permite, mas o meu computador padece de um mal que consiste em desligar-se (quase) sempre que abro qualquer vídeo. Nem youtube, nem séries, nem jogos de futebol, nem vídeos do mural de facebook, nem vídeos marotos. Nada. Por um lado, acredito que isto seja um sinal do universo para eu arrumar algumas divisões da casa que estão piores que no dia das mudanças há 4 meses, para limpar a casa ou para proporcionar mais momentos de contacto real com pessoas. Por outro lado, encontrei um fascínio qualquer em ficar a olhar para as paredes, procrastinando como gente graúda. 

Algumas consequências da ausência de televisão:
  • não sei o nome de nenhum concorrente da Casa dos Segredos;
  • não fico a ver "comentadores" desportivos a encher chouriços;
  • não vivi o drama de achar que ia morrer com legionella;
  • não sei como têm sido os dias do Sócrates;
  • não vou ver nenhuma emissão dos Natais dos Hospitais.


Mas a casa continua desarrumada.

quinta-feira, novembro 20, 2014

"Little Britain vs. Little Portugal"


A viagem pela "Incredible India" e a breve estadia em Londres chegaram ao fim e o relógio já apontava a hora do regresso. NORMALMENTE quando terminamos umas férias de quase três semanas sentimos uma nostalgia pelo seu fim, mas ao mesmo tempo um leve desejo de regressar ao nosso cantinho, principalmente depois de tantas noites mal dormidas em lençóis com limpeza duvidosa,colchões desconfortáveis e de banhos de água fria em casas de banho que parecem saídas de filmes de terror. Lá arrumei as pesadas malas e pus-me estrada fora até o aeroporto de Gatwick com alguma dificuldade devido a uma "lesãozinha" num pulso que trouxe de recordação de Goa. Ainda é um esticão ir de Londres até um aeroporto, não é tão fácil como aqui em Lisboa que em 10, 15 minutos fazemos o percurso casa-aeroporto apanhando um único meio de transporte. Mas felizmente apanhei os transportes correctos e cheguei com bastante tempo para o check-in. 

Peripécia número 1 - A senhora do check-in diz que não tenho mala de porão paga. Eu contraponho, já que tenho a certeza de o ter feito. Ela continua a dizer que não e vira o computador para mim, e verifico que lá diz que não tenho direito a mala de porão. Quis pagar a mala, não aceitavam multibanco, tive de passear com as malas todas pelo aeroporto em busca de um multibanco que estava no "Juda's ass" (para não escrever a palavra "Cú" no meu blogue). Ao chegar lá consigo finalmente aceder ao meu e-mail que me comprova o pagamento da mala. Não levanto o dinheiro e volto ao balcão. A senhora continua a recusar a mala porque diz que o valor que aparece no e-mail, apesar de separado do valor da viagem, não especifica do que é. Resignado, volto ao multibanco e levanto a porcaria das 30 libras que eles me pediam. Pago a porcaria da mala pela segunda vez e avanço para o raio-x com a outra bolsa que ia levar na cabine, atafulhada até à quinta casa, na esperança que a aleatoriedade do computador deles não me obrigasse pela 3ª vez em aeroportos ingleses a abrir a bolsa toda. As pessoas todas à minha frente tiveram as suas malas a seguir pelo tapete rolante normal, a minha, como previsível, é empurrada para o tapete do lado, o que significa que vou ter de abrir. Na minha cabeça de vento pensei que talvez me tivesse esquecido de algum líquido lá dentro, mas afinal não, era só mesmo para me vasculharem e desembrulharem as coisas que estavam meticulosamente arrumadas e atrasar-me ainda mais o processo. Satisfeitos em saber o que eu tinha comprado na Índia, no Nepal e no Sainsbury's, lá me deixaram avançar. Entretanto nisto tudo já tinha passado mais de uma hora desde a minha chegada ao aeroporto, o que me me deixou com tempo para apenas comprar a porcaria de uma sandes e correr para a porta de embarque que ficava no "Juda's ass" também. Começa o embarque e quando chega a minha vez dizem-me que a pessoa do meu bilhete já tinha embarcado. Eu sorrio e respondo que isso é um bocado impossível. Mas o computador, mais uma vez, contrariou-me e depois de alguns minutos em que a fila não andou por minha causa, EU apercebo-me que no meu bilhete aparece "Pedro Santo" em vez de "Pedro Andrade" e sugiro que se calhar existe algum Pedro Santos. E fez-se luz na cabecinha de toda a gente, havia mesmo um Pedro Santos e eu tinha no meu cartão de embarque o número da reserva dele, daí o computador dizer que eu já tinha embarcado. Rapidamente percebo o porquê de me terem dito que não tinha mala de porão paga, o tal Pedro não tinha direito a essa mala e consequentemente, eu também não. Para eu poder embarcar com um novo cartão tivemos de esperar que um senhor fosse procurar a minha mala no avião para trazê-la à porta de embarque para eu reconhecê-la e colocarem nova etiqueta. Durante a espera assisto a uma senhora de Coimbra escandalizada por só poder levar uma mala de mão com ela, alegando a seu favor o facto de ser médica. Eu quase vomito de vergonha alheia e continuo à espera da minha mala. Entretanto já estava tudo embarcado e eu a empatar o vôo a toda a gente por causa da senhora do check-in não ter sabido ler o meu nome no cartão do cidadão. Chega a mala, identifico-a, entro no avião, fecham as portas, a senhora de Coimbra continua a reclamar num tom bastante deselegante de coisas que não tem razão com toda a convicção do mundo, alertando mais uma vez todo o avião que era médica, e eu tive de me conter para não me virar para o banco de trás e dar-lhe um chapadão nas trombas. Aquela presunção ainda me ecoa nos ouvidos cada vez que me lembro da história passadas mais de 24h. 

Entretanto a senhora calou-se (alguém tratou de lhe chamar a atenção por mim), o avião seguiu o seu rumo e aterrámos em Lisboa com uma chuva que nem em Londres apanhei. Vou procurar um táxi para me levar a casa e aqui começa a

Peripécia número 2 - eu já tenho um vasto rol de experiências menos agradáveis com taxistas portugueses, uma delas no aeroporto e que eu percebi que havia a possibilidade de se voltar a repetir. Dito e feito, quando chega a minha vez na fila o táxi na fila é uma carrinha enorme, que obviamente não fazia sentido eu apanhar já que sou apenas um passageiro, já que se paga mais por ela e eu não sou obrigado a viajar num táxi mais caro só porque calhou. Educadamente explico ao taxista que não faz sentido eu apanhar o seu táxi já que sou apenas um passageiro e dirijo-me para o táxi seguinte. Eis que surge um polícia que num tom pouco educado e com uma altivez que não compreendi me pergunta

"Há alguma razão para não querer apanhar este táxi?"
"Não preciso de um táxi tão grande, como vê sou apenas um passageiro"
"Pergunto-lhe outra vez, há alguma razão para não apanhar este táxi?"
"Como lhe disse, não necessito de um táxi tão grande, além do mais paga-se mais"
"Não estou a perceber, porque não apanha este táxi"
"Responda-me a esta pergunta, eu pago mais por ir nesse táxi, não é?"
"Sim, um pouco mais, nada de especial"
"PRONTO, tem aí a minha justificação, eu não sou obrigado a pagar mais"

Atordoado com a estupidez do polícia, entro no táxi, dou a morada e o taxista começa a tratar-me por tu, o que noutras circunstâncias não me faria confusão mas eu já estava maçado demais com a viagem toda. No entanto contive-me e não lhe perguntei se tinha andado comigo na escola. A meio caminho do Areeiro, onde ele devia apanhar a Almirante Reis, ele muda de direcção para ir pela Avenida da República.
Pergunto-lhe:

"Desculpe, está a ir por onde?"
"Pela Avenida da República"
"Mas sabe que esse caminho é bem mais longo, não sabe?" 
"Há muitos caminhos para chegar à Baixa"
"Eu sei que sim, vivo aqui há muitos anos e faço este percurso dezenas de vezes. E por isso sei que este não é definitivamente o caminho mais rápido"
"Então tens de me avisar por onde queres ir"
"Não tenho de avisar, você tem de escolher o caminho mais rápido para os seus clientes"
"Não, tu é que tem de dizer que se queres ir para a Baixa por uma certa rua"
"Não, não tenho, você é que tem de ser profissional e não levar os clientes por caminhos mais longos"

Ele corrige o rumo, apesar de já ter feito um desvio que me encareceu um pouco a viagem e ao chegar à minha rua, peço-lhe para encostar perto da minha porta ao que ele responde

"Sabes que não posso parar aqui"
"Claro que pode"
"Não, não se pode parar aqui nem na Rua do Ouro"
"Então como é que os taxistas apanham ou deixam clientes na Baixa?"
"Então pergunta à polícia a ver o que te dizem"
"Eu não estou a pedir para estacionar, estou a pedir para parar momentaneamente para eu sair no sítio que pedi. E tem já ali um departamento da polícia, podemos ir lá os dois e perguntar isso."

Ele calou-se, tirou-me as malas e foi embora.


E andei eu na Índia com medo de ser enganado pelos taxistas e pelos condutores de tuk-tuk, que tiveram imensas oportunidades de me enganar, roubar ou fingir que não tinham visto a minha câmara esquecida no banco detrás. 

Aaaaahhhh, as saudades que eu já tinha deste meu Portugalinho.

quarta-feira, outubro 08, 2014

O PES Podia Morar Aqui IV






Vá, morar todos os dias talvez não. Mas podia tê-la ali na Comporta, sempre disponível para uma fuga num fim-de-semana ou para uma folga a meio de uma semana cheia de trabalho. Se dependesse de mim, a minha casa, mesmo sendo no coração de uma cidade cosmopolita como Lisboa teria sempre a inspiração da praia. E sim, encheria a casa de amigos, de nada valeriam as imensas cadeiras à volta da mesa.

Fotografias de Richard Leo Johnson
Tirado daqui.

segunda-feira, setembro 15, 2014

PES e Carol vão ao IKEA


Nada como mudar de casa para torrar uns valentes euros no IKEA. A verdade é que ir ao IKEA é sempre uma experiência inesquecível, é como ir a uma Euro Disney para adultos mas com corredores infindáveis e carrinhos, mais divertidos que os de choque, que se enchem misteriosamente de coisas. Montanhas russas, apenas as emocionais, já que vamos da estupefacção por conseguirem criar praticamente a casa dos nossos sonhos num espaço de 30m2, à depressão por nos fazerem sentir os piores decoradores à face da terra e até à esperança de que a partir desse dia a nossa vida será muito melhor, mais colorida, iluminada e cheia de alegria e vasos feitos a partir de escorredores da loiça. Faz parte da experiência experimentar camas, sofás, sentar à secretária e fingir que estamos a ler um livro na sala de estar da nossa casa. Foi "mais coisa, menos coisa" o que aconteceu.




A minha cama já sobreviveu a duas mudanças de casa e apesar de terem sobrado algumas peças nesta última montagem, ela continua de pé, por isso apenas precisámos escolher a cama e o colchão da Carolina e a julgar pela felicidade dela, a cama será a sua melhor amiga daqui para a frente. E agora, enquanto escrevo isto deu-me um sono do catano. 







Para a sala precisávamos de uma mesa e cadeiras. A mesa apesar de não ser a mais maravilhosa do mundo aos meus olhos, era a melhor que se podia arranjar, agora já podemos sentar 10 pessoas à mesa, coisa que provavelmente nunca irá acontecer, mas ao menos ficamos com essa possibilidade. Já as cadeiras, quase andámos à pancada para escolhê-las, ela queria as transparentes, eu as brancas. Pedimos a ajuda do público e as opiniões dividiam-se. Eu derramei algumas lágrimas, uma ou outra de sangue e tudo. A Carolina queixava-se de eu querer montar uma casa de praia na Comporta em plena baixa lisboeta e de estar "preso ao passado", já eu queixava-me que mais tarde ou mais cedo eu iria partir a cadeiras de design porque são óptimas para balançar. Após termos andado à porrada na secção de cozinha, acabei ganhando e trouxemos as cadeiras que eu queria, mas terei de ceder na próxima indecisão que aparecer. Espero que ela não deseje um naperon em cima da televisão.



Isto sou eu apenas a fazer de parvo.






O sofá foi uma decisão difícil, não por termos opinião diferente, mas porque não nos apaixonámos loucamente por nenhum deles. Eu queria um que satisfizesse as minhas necessidades de sestas a meio da tarde, a Carolina, um que a fizesse parecer uma imperatriz linda e maravilhosa a repousar de forma sensual nos seus aposentos enquanto um pintor do Renascimento pinta o seu retrato.


Esta foi a PIOR arrumação de caixotes alguma vez vista no IKEA, prémio atribuído pela senhora da caixa, mas eu acho que ela não é visionária nem consegue pensar fora da caixa. Porém esta estrutura obrigou-a a sair da caixa com a pistola que lê os códigos de barra, porque eles apontavam para todo o lado. Arte, percebem?




O desespero da conta que quase esgotou o rolo de papel da caixa registadora e a incerteza da Carolina em relação à minha capacidade em montar as coisas todas que comprámos. O meu olhar não está dirigido para a câmara porque:
a) eu estava a olhar para a máquina dos chocolates
b) sou estrábico
c) sou apenas parvo

Fica a questão no ar.


Hoje já só falta a cama da Carolina. A mesa, as cadeiras e o sofá já estão de pé graças à ajuda da Laura, do João, da Raquel, da Paula, do João Pedro e do Rui. E assim se estreia um sofá, com a Carolina de pernas para o ar e bolo de iogurte da Raquel. 

quinta-feira, setembro 04, 2014

Casa Nova, Vida Nova.




As mudanças estão feitas. Foi um processo doloroso que levou 4 horas, a maioria delas a subir 4 andares em sofrimento contínuo. O Zé o Rafael ajudaram-me. Não, não são amigos meus, são mesmo os homens das mudanças. Eles não tinham tanta pressa como eu em terminar as coisas, por esse motivo liguei o turbo e subi e desci as escadas bem mais vezes que eles, pensando nos benefícios cardiovasculares e musculares que aquela trabalheira me estava a proporcionar. Foi todo um filme desmontar a cama e descer com ela até ao camião, já que numa das tentativas a cama ficou entalada nas escadas e não ir nem para cima nem para baixo. Pelo meio houve um taxista que quis entrar na travessa e como estava obstruída pelo camião chamou a polícia depois de berrar uma série de ameaças que nem eu nem o Zé nem o Rafael percebemos. Se ele partisse para a violência podia sempre atirar-lhe o santinho da Avó Juliana à cabeça, que era o que tinha na mão na altura, mas eu, que já estou condenado a viver a eternidade numa cela de Satanás e não quis piorar esse cenário. 
A meio de toda aquela trabalheira a noite caiu e eu lembrei-me que não tinha luz em casa, resultado, os homens não poderiam montar a cama, mas cansado como eu estava até dormia nas escadas.O Rafael lembrou-se de deixar cair uma caixa que estava cheia de porcarias que ficaram espalhadas pelo chão, nomeadamente bilhetes de concertos, fotografias um pouco embaraçosas e preservativos que por alguma razão que desconheço, guardei como recordação. 
Após um jantar no estabelecimento mais rasca que encontrei aberto e um último banho na Sé, voltei a casa e adormeci vestido em cima do colchão naquela divisão que virá a ser a sala com as janelas abertas e nem o barulho do elétrico me acordou até o dia seguinte. Curioso foi ter sido a noite mais bem dormida do último mês. Para quê Xanax, experimentem 4 horas seguidas a subir e descer escadas com mobília e nunca mais terão problemas de sono. 

Passados três dias descubro que afinal tinha luz desde o primeiro momento. E água. Os antigos inquilinos não encerraram os serviços e até vir cá a casa a Epal e a EDP estarei a ser patrocinado não sei bem por quem. Escusava era de ter passado duas noites a apalpar paredes e a tentar não tropeçar nos sacos espalhados pela casa fora. 

Despedir-me da Sé foi nostálgico, mas teve de ser. Existe agora uma sensação de renovação, um começo de algo grandioso. E agora olho para a Sé de frente. 
Como diz a tatuagem do Tiago,

"Everything's going to be amazing"

terça-feira, setembro 02, 2014

"Aquela casa fechada onde o sol tinha a morada e entrava sem bater"


E o inevitável adeus à Sé aconteceu. 
Desde que as férias terminaram que a azáfama tem sido imensa nesta Lisboa que não dorme. Retomar o trabalho e compensar o tempo perdido, procurar casas, agendar visitas, fazer malas, o tempo parece andar demasiado depressa para quem há 10 dias vivia um Porto Santo sem relógios nem preocupações.
Nunca nos apercebemos da tralha que acumulamos ao longo dos anos até precisarmos mudá-la de poiso. É imensa coisa. Coisas que não víamos há anos, coisas que nos fazem parar e recordar coisas boas,coisas que foram deixadas por outros, por esquecimento ou por terem querido deixar um pouco de si. Também lembra as coisas menos boas e que eu, ou o destino, se encarrega de eliminar, tornando dessa forma os caixotes e a alma mais leves. 

A casa está vazia.

É um pouco triste vê-la assim, depois de ter sido palco de tanta vida, de tanta aventura, de tantas novelas mexicanas. 

Faz eco. 

Dei por mim a falar sozinho, não por estar louco mas porque o eco me fazia companhia enquanto empacotava as coisas. Não me despedi das andorinhas hoje, já o tinha feito antes.

Há uma nova vida, um novo palácio, um novo palco à minha espera. 
Mas agora, só quero descansar.


quarta-feira, maio 14, 2014

O PES Podia Morar Aqui III


Eu AMO o facebook do "Home Lovers"! Por outro lado, odeio a impossibilidade de pagar pelas casas que lá aparecem. Esta é um sonho, fico com nervoso miudinho de pensar que existe um terraço deste tamanho com esta vista ali mesmo pertinha da minha casa na Sé! O que eu faria com aquele terraço maravilhoso, aaaaaiiiiiii! Os jantares nas noites de verão, as plantas que eu podia ter, a possibilidade de ter um cão, ou dois, ou três, a quantidade de amigos que eu podia receber em casa, o sol que eu podia apanhar na minha própria casa, estou DOIDO com esta casinha maravilhosa!
A vista para o rio!
A cozinha cheia de luz!
As árvores na rua!
Duas garagens para os carros que eu ainda não tenho!
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Vá, vou deixar-me disto. Vou trabalhar mas é. Com sorte, ninguém aluga a casa até me sair o euromilhões na próxima sexta-feira! Caso isso não aconteça, que algum amigo meu a alugue ou compre aqui, por favor!

























domingo, março 09, 2014

Vou Mudar de Casa

Esta é uma das várias salas da minha casa. Não se percebe bem, mas tem vista para a Baixa de Lisboa e para o Castelo de São Jorge. O vinho tinto na mesa é porque eu agora sou uma pessoa sofisticada que aprendeu a apreciar um bom vinho. 


Esta minha nova casa tem imensa arrumação, decidi aproveitar bem os espaços todos. Ali posso guardar livros, roupas ou mesmo cadáveres, como me lembro de ver num filme de terror em miúdo. Sei lá, foi sempre um sonho antigo.


Decidi que estava na hora de ter ervas aromáticas fresquinhas na minha cozinha para os meus cozinhados maravilhosos, inspiração da Nigella. Costumamos trocar receitas e comentamos a telenovela da TVI pelo telefone. E ela deu-me esta ideia no intervalo d' "O Beijo do Escorpião".


Agora que bebo vinho, comecei a coleccionar garrafas na minha adega, como ainda é um hábito recente, sobra espaço para guardar coisas de despensa. Às vezes, quando estou mais triste, fecho-me ali dentro e bebo para esquecer. Como se percebe pela primeira fotografia, tenho um luxuriante jardim onde tomo pequenos-almoços cheios de croissants franceses com nutella enquanto apanho o sol da manhã.



No jardim mencionado em cima, dediquei um espaço para um cinema ao ar livre com pipocas, vinho e muitas velas acesas. Obviamente que eu não vou ver filme algum porque pretendo adormecer nos primeiro 5 minutos.


A porta de entrada será assim, tipo firework, boom, boom, boom, even brighter than the moon, moon, moon.


A sala de jantar serve também de salão de jogos. Para além de belos repastos nesta mesa, posso também enganar pessoas no Monopólio, em jogos de cartas, ou jogar bilhar. É um jogo que eu aprecio porque posso sempre agredir os adversários atirando-lhes as bolas à cabeça caso estejam a ganhar. É um truque secreto que eu tenho. Nunca perco.



Um dos muitos quartos de hóspedes tem acesso a uma piscina com vista para o rio Tejo. Há quem diga que parece que estamos em Santorini, mas eu estrago-lhes a estupefacção revelando que estão a olhar para o Barreiro. 


Fartei-me de aquecedores a óleo, agora tenho uma lareira no meio da sala. A lenha, vou buscá-la ao meu jardim e quando terminar, tenciono ir ali ao Jardim Botânico que está cheio de lenhinha boa, não se perde grande coisa, já tem um ar meio abandonado mesmo.


Como não queria acordar a olhar para o Barreiro todas as manhãs, escolhi o quarto com vista para o Castelo. Também tem uma piscina. Ah, os restantes andares são todos meus também. Obviously!


Para jantares mais divertidos tenho uma outra mesa para refeições com cadeiras suspensas. Com um pouco de imaginação, esta tem potencial para ser, definitivamente, a mesa mais divertida da casa. If you know what I mean.


Um pormenorzinho de uma das muitas casas-de-banho. Também serve de aquário para as lagostas.


Esta é a casa de banho social com um alçapão, perfeita para eliminar convidados inoportunos, que posteriormente serão guardados carinhosamente debaixo das escadas. A minha nova casa é o máximo!


Fotografias retiradas daqui.