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terça-feira, dezembro 30, 2014

O Fabuloso Natal do PES

Mais um ano, mais um natal, mais um final de ano que se aproxima. Como não havia de deixar de ser, voei até à ilha para uma semana maravilhosa. Uma semana em que aproveitei todos os minutos da melhor forma que pude. Conheci o Crispy e apaixonei-me por ele ao primeiro de muitos saltos e lambidelas. Amor incondicional? Adoptem um cão. Revi a família e com ela engordei uns quilos nos incessantes almoços e jantares de antes, durante e após os dias de Natal. Bebi muita poncha de maracujá, comi canja e bolo do caco com manteiga e alho porque fui obrigado a isso. Não por alguém, mas porque é mandatório que assim seja, é algo do qual não se consegue fugir. Experimentei finalmente cross-fit e fiquei fã, não apenas da modalidade mas também dos amigos que lá conheci e que me acolheram de braços abertos. Andei meio partido no dia seguinte mas isso não me impediu de ir para a noite do mercado para reencontrar outros amigos de longa data que só se encontra neste dia. A celebração do Natal foi provavelmente a menos povoada que tenho memória pela ausência de alguns membros da família mas não foi mais triste por isso, porque sei que continou a ter a mesma família maravilhosa, mesmo que separada por centenas de quilómetros. Corri duas vezes, uma espécie de treino e uma volta à cidade com o melhor tempo que já fiz, 26'41'', espectacular para quem fez apenas um treino a passo de caracol a pensar na poncha que se seguia. Andei muito de mota, estava doido para o fazer na minha ilha e mesmo assim não fiquei saciado. 
Vim-me embora para Lisboa acompanhado pelo fabuloso nascer do sol que a Madeira proporciona e aconchegado pelo calor das pessoas que revi, das pessoas novas que conheci e com quem partilharam momentos maravilhosos comigo. 

Voltei com um pequeno (grande) aperto no coração.























quarta-feira, junho 18, 2014

Vem Dar Uma Voltinha na Minha Lambreta


A "Lambreta" do António Zambujo é de facto uma das minhas músicas preferidas, mas eu começo a levá-la demasiado à letra. Quem anda de mota compreende perfeitamente a minha paixão pela lambreta. A sensação de liberdade, o vento na cara, as 1001 possibilidades que ela nos proporciona, quando estou com ela sinto-me imparável. Por amar a liberdade e esta comunhão tão própria, estou sempre a pensar até onde podemos ir juntos e na semana passada, aproveitando os feriados, decidi ir ali ao lado, à Covilhã. Segundo o Google Maps, os 277 km por trajecto durariam 2h34 a percorrer, mas estas contas não estavam feitas para uma scooter de cilindrada 125, conduzindo entre os 90 e os 100 km/h. Contando com as 3 paragens necessárias por trajecto para gasolina e xixis, foram "somente" 4h20 sob um sol abrasador. Dito isto, até parece uma estupidez, mas quando eu meto alguma coisa na cabeça é difícil de me demover. E em vez de estar a festejar o Santo António no meu bairro, estive a ver a lua cheia às 2 da manhã a meio caminho da Serra da Estrela. Parecidíssimo. 



MAS, e depois de uma viagem de mais de 600 km, foi mesmo num passeio pequenino até à praia que fiz jus ao verso "Eu sei que tem um estilo gingão, volta e meia vai ao chão". Foi a queda número 5, tendo deixado algumas marcas, só para mostrar quem manda no pedaço. Neste momento e passadas duas horas, tenho a anca e o pé dorido. É bom que isto melhore senão vou ter de atirar tomates podres ao António Zambujo amanhã no concerto que vai dar na Praça do Município quando começar a cantar a famigerada canção. 

"Mas depois passa-lhe a dor, endireita o guiador e regressa de mansinho para o pé do seu amor".




sábado, março 08, 2014

Eu sei que chegou a Primavera...


quando, 
ao andar de mota, 
um mosquito 
me vaza um olho
por eu não levar
óculos de sol.

Escrevi isto como se fosse um poema. Mas não é.


segunda-feira, julho 22, 2013

O Resgate da Lambreta


Após 4 longos dias de ausência, a lambreta está de volta a casa de onde nunca deveria ter saído. Não, não foi a polícia que descobriu. Fui eu mesmo. Assim como quem não quer a coisa, num passeio domingueiro pelas redondezas. Reconheci-a imediatamente por causa da falta de retrovisor. Não estava muito longe de minha casa, na verdade, estava a cerca de uns 200 metros, mas por alguma razão, não me deu para passar naquela rua especificamente. Nem eu, nem a patrulha da polícia que supostamente andou pela área a sondar. Não estava escondida ou jogada para um canto, estava devidamente estacionada perto de uma casa de fados. Bem estacionada, mas cheia de lesões. Não sabia bem o que fazer. Primeiro olhei em volta a pensar que o ladrão pudesse estar nas imediações, o que faria dele muito pouco inteligente já que estávamos pertíssimo da minha casa. Depois liguei para o Tiago mandando-o parar tudo o que estava a fazer, no caso, o jantar, mas não sabia bem o que lhe dizer. Se pegava na chave da mota e vinha ter comigo, se chamava a polícia, se me vinha ajudar a empurrar a mota para casa, sei lá. Acabámos por ser três a empurrar a mota rua acima. 
Chegados a casa, fiz o exame de rotina. Liguei a mota, ela tinha motor e bateria! No entanto havia sinais de tentativa de roubo do motor, mas não conseguiram tirá-lo. O problema aqui era mesmo o depósito de gasolina estar a verter por algum lado. O banco estava fechado, tão bem fechado que não o consegui abrir. Deram-me cabo disso e deu para perceber que o capacete foi à vida. Espero que pelo menos tenham poupado os documentos da mota que não dava jeito nenhum tratar de papelada. Forçaram ainda o porta-luvas onde guardava conchas, o que foi estupidez porque bastava terem carregado num botãozinho. Não me levaram as conchas, ufa! Após 200 e tal euros queimados na oficina há um mês, terei de me preparar mentalmente (e carteiramente) para amanhã dispender mais um bela quantia para curar as feridas de guerra da lambreta. Mas valerá a pena o esforço, só de pensar nas horas de vida que perderia a andar de transportes públicos vinham-me as lágrimas aos olhos. 

Neste momento a motinha está completamente amordaçada à porta de casa e tenho ido à janela de vez em quando certificar-me que ainda lá está. 
Tudo está bem quando acaba bem. Arf!


quinta-feira, julho 18, 2013

Farewell, Minha Querida Motinha

Quando acabei de tirar a carta de condução, ansiava pelo dia em que me mandassem parar numa operação-stop para poder exibir orgulhosamente a carta de condução que tantas dores de cabeça me deu para conseguir. Não percebia nada dos documentos que teria de apresentar e hoje ainda não sei. Mas juro que queria mesmo mostrar às autoridades que tinha a papelada toda direitinha e nem uma gotinha de álcool no sangue. Por vezes até passava mais devagar junto às brigadas de trânsito, mas nada. 
Até há dois dias. Mandaram-me parar junto ao Martim Moniz e eu, apesar de estar atrasado, fiquei  contente porque me tinha lembrado à ultima da hora de meter a carteira no bolso onde tenho o cartão do cidadão e a carta de condução. Era a minha oportunidade de poder mostrar o quão legal estou. O Sr. Polícia pediu-me uma coisa qualquer e eu dei-lhe para as mãos um monte de papéis e disse-lhe que o que ele precisava estava ali certamente. Fiz tipo um jogo com o Sr. Polícia, tipo "Onde Está o Wally" versão papelada burocrática. Enquanto ele procurava eu tirava da carteira os restantes documentos e fiquei sem pinga de sangue ao lembrar-me que nunca cheguei a mudar a morada da carta de condução para Lisboa. Uma multa era tudo o que não precisava. Obviamente que reparou naquilo, mas num misto de preocupação, não fosse eu ser apanhado numa operação-stop (!?), disse-me que era melhor eu alterar os dados senão podia apanhar uma multa de 60 euros. Agradeci o conselho ao meu amigo novo e fui embora. Quase duas horas depois mandaram-me parar noutra operação-stop, com os mesmos polícias. Foi dose dupla, mas o meu amigo gritou aos aos colegas "Esse já foi há pouco". E fui à minha vidinha.

Não paguei multas, mas na noite passada gamaram-me a mota. À porta de casa. Foi uma despesa um pouco maior do que os 60 euros que me foram poupados no dia anterior. Em relação ao Sr. Ladrão,  se isto fosse realmente inevitável, porque não ma roubou há um mês quando ela me pifou e me fez gastar mais de 200 euros na oficina? Sempre me poupava esse dinheirinho que tanto jeito me daria para, sei lá, pagar contas. Neste momento, deixa-me ver como explico isto... neste momento desejo carinhosamente que o ladrãozeco se esbardalhe com os dentes na beira do passeio. Mas não desejo que ele parta apenas os dentinhos. Desejo que eles entrem pela gengiva acima para complicar mais a coisa. Podia ser aqui nas redondezas, para ver se o eléctrico lhe trilhava a pontinha dos dedos. Todos. Vantagem, deixava de ter impressão digital para futuros roubos. 

E eu que tinha tantos planos para a próxima semana com ela... Hoje rezarei por ti, estejas inteira por essas ruas fora, ou aos bocados numa garagem qualquer. Sendo esse o caso, que ao menos dês vida a novas motas. Sempre fui adepto da doação de orgãos. 
Em memória da Fly, aqui fica a nossa música. 



segunda-feira, março 25, 2013

Os trevos de 4 folhas são um embuste, só para que se saiba


Na passada segunda-feira inundei-me de uma boa disposição, cheia de fogo de artifícios, confetis e serpentinas. Decidi que a semana ia ser fabulosa, até porque ia começar com o lançamento do álbum dos Deolinda e porque tinha encontrado estes sete trevos de 4 folhas. Não havia maneira de falhar, tinha um para cada dia da semana. Vamos lá a contas:

Tive com a minha velha amiga amigdalite e tive de me encher de medicação para não ficar como a do ano passado em que fiquei uma semana em casa a cuspir sangue e a comer canja porque era a única coisa que me passava pela garganta;

A minha mota deu o berro a meio do túnel do Campo Pequeno, o que me obrigou a andar com ela pela  mão nesse mesmo túnel correndo o risco de ser passado a ferro por um carro mais distraído. Ainda assim eu liguei para o reboque, aguentei a TPM da senhora do stand e fui a pé para casa a pé a pensar nas flores e nos passarinhos como se a Primavera tivesse um poder curativo qualquer. O arranjo, 260 euros. Que depois de discutido passou a 150 - adoro chico-espertices.

Fiquei sem transporte durante uns dias e decidi ficar em casa quietinho a ver se a amigdalite não piorava o que parecia lindamente, umas folgas "forçadas". Mas depois acontece o triste fado do trabalhar independente - não trabalha, não ganha. 

Na sexta-feira ainda tive de viver o drama do desaparecimento do Alfred que resolveu conhecer o fabuloso mundo dos telhados da Rua do Carrião pela primeira (e aposto, última) vez. Claro que o bicho voltou, foi apenas um devaneio por ter jantado camarões e amêijoas. Não se pode mimar estes gatos de hoje.

O Euromilhões, não o vi. Nem uma migalha para os pombos.

Portanto, vou pegar fogo aos trevos e voltar ao trabalho.
Mas vá, a semana foi até muito bem disposta e não vou tenho grandes razões para me queixar. Há-que ser justo.


PS: Estive na primeira fila da FNAC para ver os Deolinda, foram obviamente fabulosos e lembravam-se do estrondoso concerto de Ourique há 3 anos e isso é que fez a minha semana. 

terça-feira, abril 03, 2012

A Minha Lambreta


Já passaram 6 meses de vida em comum com a minha lambreta. Temos sido muito felizes juntos. Tirando aquele primeiro momento em que quiseste mostrar quem mandava no pedaço e me atiraste para o asfalto para tatuar os meus joelhos. Mas rapidamente nos reconciliamos e todos os dias nos cumprimentamos com um beijinho e uma apitadela.  Já adoecemos juntos e já rimos de muitos condutores de Playstation ao passar por eles no meio do trânsito, eternamente engarrafados e com um humor nublado logo pela manhã. Já quase levámos com portas no nariz, quase atropelámos peões que julgam ser super heróis e atravessar onde e à velocidade que lhes apetece. Já fomos rebeldes e atravessámos sinais vermelhos e acelerámos pela faixa do BUS como se aquilo fosse tudo nosso, sempre à espreita de algum polícia que nos apite e nos chame a atenção como naquelas vezes que fomos apanhados a andar em cima do passeio. Confesso que às vezes me aborrece o teu problema com a bebida, começa a tornar-se um vício cada vez mais caro e temos tido algumas discussões a propósito do assunto. Ainda não te estreei com mais alguém em cima, mas peço desde já desculpa ter-te deixado nas mãos de um novato, mesmo que por menos de 2 minutos e na minha Travessa com final e sem trânsito. Eu senti o medo quando voltaste ao dono, mas prometo ter mais cuidado para a próxima e certificar-me que a próxima pessoa que te acelere te irá tratar com o máximo respeito. 

Somos um acidente prestes a acontecer, mas isso é um pormenor.

"Vem dar uma voltinha na minha lambreta
E deixa de pensar no tal Vilela
Que tem carro e barco à vela
O pai tem, a mãe também
Que é tão, tão sempre a preceito
Cá pra mim no meu conceito
Se é tão, tão e tem, tem, tem
Tem de ter algum defeito
Vem dar uma voltinha na minha lambreta
Vê só como é bonita, é vaidosa
a rodinha mais vistosa
deixa um rasto de cometa
É baixinha mas depois parece feita pra dois
Sem falar nos eteceteras
Que fazem de nós heróis
Eu sei que tem um estilo gingão
Volta e meia vai ao chão
Quando faz de cavalinho
Mas depois passa-lhe a dor
Endireita o guiador
E regressa de mansinho para pé do seu amor"
Vem dar uma voltinha
na minha lambreta
Eu juro que guio devagarinho
Tu só tens de estar juntinho
Por razões de segurança
E se a estrada nos levar, noite fora até o mar
Páro na beira da esperança 
Com a luzinha a alumiar"