Mostrar mensagens com a etiqueta mudança. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta mudança. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, setembro 05, 2014

Secção de Perdidos e Achados


Durante a mudança encontrei coisas que não via há muito tempo e várias coisas que não me pertencem mas que por algum motivo foram deixados e/ou esquecidos em minha casa. Não, não tenho roupa interior de ninguém. Normalmente queimo-a. Aviso já que quem quiser ver os seus bens devolvidos terá de os vir cá buscar e é bom que traga um carregamento de kinder buenos, maltesers e Milkas.

Rúben, nunca chegámos a jogar a isto, mas irias perder certamente.


Nádia, tenho isto desde Potsdam 2010 e até já voltei aí com ele e trouxe-o de novo. E levei-o ao Brasil também. Ou seja, roubo-te e ainda te esfrego isso na cara.


Luís, tenho isto há anos e nunca vi até ao fim porque levanto-me para ir comprar chocolates a meio. Entretanto comprei um igual por 2 euros numa tabacaria, por isso podes vir buscá-lo. Com um chocolate, se faz favor.



Sofia, se me der para ver isto tudo, tornar-me-ei Samantha II. Por esse motivo exijo devolução imediata  ou acompanhamento no sofá que ainda não tenho para que possamos ser Samanthas os dois.


Teresa, não tens um exemplar de "How to Win Euromillions"?


Paula, só devolvo este copo após a promessa do refill de mousse de chocolate.

quinta-feira, setembro 04, 2014

Casa Nova, Vida Nova.




As mudanças estão feitas. Foi um processo doloroso que levou 4 horas, a maioria delas a subir 4 andares em sofrimento contínuo. O Zé o Rafael ajudaram-me. Não, não são amigos meus, são mesmo os homens das mudanças. Eles não tinham tanta pressa como eu em terminar as coisas, por esse motivo liguei o turbo e subi e desci as escadas bem mais vezes que eles, pensando nos benefícios cardiovasculares e musculares que aquela trabalheira me estava a proporcionar. Foi todo um filme desmontar a cama e descer com ela até ao camião, já que numa das tentativas a cama ficou entalada nas escadas e não ir nem para cima nem para baixo. Pelo meio houve um taxista que quis entrar na travessa e como estava obstruída pelo camião chamou a polícia depois de berrar uma série de ameaças que nem eu nem o Zé nem o Rafael percebemos. Se ele partisse para a violência podia sempre atirar-lhe o santinho da Avó Juliana à cabeça, que era o que tinha na mão na altura, mas eu, que já estou condenado a viver a eternidade numa cela de Satanás e não quis piorar esse cenário. 
A meio de toda aquela trabalheira a noite caiu e eu lembrei-me que não tinha luz em casa, resultado, os homens não poderiam montar a cama, mas cansado como eu estava até dormia nas escadas.O Rafael lembrou-se de deixar cair uma caixa que estava cheia de porcarias que ficaram espalhadas pelo chão, nomeadamente bilhetes de concertos, fotografias um pouco embaraçosas e preservativos que por alguma razão que desconheço, guardei como recordação. 
Após um jantar no estabelecimento mais rasca que encontrei aberto e um último banho na Sé, voltei a casa e adormeci vestido em cima do colchão naquela divisão que virá a ser a sala com as janelas abertas e nem o barulho do elétrico me acordou até o dia seguinte. Curioso foi ter sido a noite mais bem dormida do último mês. Para quê Xanax, experimentem 4 horas seguidas a subir e descer escadas com mobília e nunca mais terão problemas de sono. 

Passados três dias descubro que afinal tinha luz desde o primeiro momento. E água. Os antigos inquilinos não encerraram os serviços e até vir cá a casa a Epal e a EDP estarei a ser patrocinado não sei bem por quem. Escusava era de ter passado duas noites a apalpar paredes e a tentar não tropeçar nos sacos espalhados pela casa fora. 

Despedir-me da Sé foi nostálgico, mas teve de ser. Existe agora uma sensação de renovação, um começo de algo grandioso. E agora olho para a Sé de frente. 
Como diz a tatuagem do Tiago,

"Everything's going to be amazing"

terça-feira, setembro 02, 2014

"Aquela casa fechada onde o sol tinha a morada e entrava sem bater"


E o inevitável adeus à Sé aconteceu. 
Desde que as férias terminaram que a azáfama tem sido imensa nesta Lisboa que não dorme. Retomar o trabalho e compensar o tempo perdido, procurar casas, agendar visitas, fazer malas, o tempo parece andar demasiado depressa para quem há 10 dias vivia um Porto Santo sem relógios nem preocupações.
Nunca nos apercebemos da tralha que acumulamos ao longo dos anos até precisarmos mudá-la de poiso. É imensa coisa. Coisas que não víamos há anos, coisas que nos fazem parar e recordar coisas boas,coisas que foram deixadas por outros, por esquecimento ou por terem querido deixar um pouco de si. Também lembra as coisas menos boas e que eu, ou o destino, se encarrega de eliminar, tornando dessa forma os caixotes e a alma mais leves. 

A casa está vazia.

É um pouco triste vê-la assim, depois de ter sido palco de tanta vida, de tanta aventura, de tantas novelas mexicanas. 

Faz eco. 

Dei por mim a falar sozinho, não por estar louco mas porque o eco me fazia companhia enquanto empacotava as coisas. Não me despedi das andorinhas hoje, já o tinha feito antes.

Há uma nova vida, um novo palácio, um novo palco à minha espera. 
Mas agora, só quero descansar.


domingo, dezembro 29, 2013

New Year's Resolutions

Next Year things are gonna change:

1 - Gonna drink less beer and start all over again
2 - Gonna pull up my socks
3 - Gonna clean my shower
4 - Not gonna live by the clock but get up at a decent hour
5 - Gonna read more books
6 - Gonna keep up with the news
7 - Gonna learn how to cook
8 - And spend less money on shoes
9 - Pay my bills on time
10 - File my mail away, everyday
11 - Only drink the finest wine
12 - And call my Gran every Sunday


Obrigado pela lista, Jamie Cullum. Sinto-me cansado demais para pensar em listas de resoluções, até porque como diz o próprio Jamie, provavelmente não serão concretizadas. De qualquer modo é bom celebrarmos esta data de vez em quando, não deixa de ser um virar de página, um momento para fazer uma espécie de reset das coisas menos boas que nos aconteceram e renovar as esperanças de que tudo será melhor no próximo ano. Foi um ano muito mais difícil do que eu esperava, este que termina. Sim, fiz coisas muito divertidas, tive momentos belíssimos e aventuras inesquecíveis mas também foi um ano em que levei muito "tapa na cara". A mudança não vai acontecer depois de dia 31 de Dezembro, todos sabemos bem isso. 
Mas deixem-me ao menos ficar com a esperança. 
E para o ano falamos, se o Universo assim quiser.







quinta-feira, janeiro 12, 2012

This is not a new year's resolution:

Sinceramente, estou-me pouco importando para a crise no país, não me tem tirado o sono e prefiro mesmo nem ver os telejornais a espalhar sangue gratuitamente. Esta não é altura para lirismos. Esta não é altura para os poetas da vida. Esfregam-nos na cara uma realidade dura onde não sobra lugar para devaneios ou divagações filosóficas. Há-que entrar em estágio e rapidamente meter mãos à obra - "Fazer Acontecer". É todo um conceito cheio de boas intenções, quase sempre goradas. Contra mim falo, que nem consigo manter o meu quarto arrumado.
Cliché, que se lixe com "F" grande. SÊ A MUDANÇA QUE QUERES VER NO MUNDO. Não vais estar rodeado de príncipes e princesas se não fores um(a). "Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes" - e dizia eu que não havia lugar para poesias, já me sinto um marginal. 
Não consigo conceber a entrega total das nossas vidas a alguma entidade superior ou ao mero fado que está escrito nos pergaminhos ou num qualquer Universo. Eu quero as coisas e não gosto da ideia de que só as tenho por vontade divina. Ou as tens por trabalho ou por sorte. Infelizmente a segunda não me tem acompanhado nos últimos dias, mas a primeira depende unicamente de mim. 
E repito, isto não é uma resolução de ano novo.
Haja saúde. Amén.


© Frank Lukasseck/Corbis

quarta-feira, novembro 18, 2009

Need for a Change




Mayday, Mayday!

Alerta Vermelho Activado.

Urgente necessidade de revirar tudo de pernas p'ró ar!