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sábado, janeiro 25, 2014

Corações ao Vento

Sábado ao final da manhã, num dia igual a tantos outros, fui até à Padaria Portuguesa comer qualquer coisinha no intervalo do trabalho lá no ginásio. E por incrível que pareça, a qualquer coisinha não foi bolo brigadeiro hoje. Mas o que aconteceu de diferente é que quando fui pedir o café ao balcão, o meu olhar foi parar às embalages de compotas lá da Padaria e ao seu lado estava isto:


Eu bem sei que sou um fácil, mas hesitei se levava ou não. Pensei que fosse uma armadilha qualquer e olhei em volta à espera de ver alguém a filmar sorrateiramente a minha reacção e ri-me sozinho a pensar na minha figura de parvo. Então decidi tirar a fotografia, mas continuava na indecisão de abrir ou não o papel dobrado no catavento. Obviamente eu nunca deixo nada por fazer, por isso rendi-me à curiosidade e abri o papel, nunca se sabe se teria os números do euromilhões ali escritos. Não era nada disso, mas dei por mim a sorrir com o que lá estava escrito.


Curiosamente, ao ler isto, o sol apareceu, tipo sinal do além. 

Como pedia o bilhete, fui ao blogue do Corações ao Vento e percebi o que fazem

Nós libertamos corações ao vento!


Tudo começou quando um dia uma ventania chegou e levou com ela todos os nossos corações. Mas não fiquem preocupados, eles não se perderam. Há quem diga que andam a vaguear por aí, ao sabor das correntes dos ventos, voando pelo mundo inteiro até que, por magia, aparecem nos lugares inesperados. Por isso, se sentir uma leve brisa perto de si, tome atenção, quem sabe não cai um coração vindo do céu, trazido pelo vento do Amor?

Caso para dizer "I ain't lost, just wandering

Aproveitei e roubei a fotografia do blogue que indicava o local do crime.


quinta-feira, janeiro 02, 2014

Coração Radiante



Estou de volta a Lisboa após uma férias maravilhosas férias de Natal e fim do ano na Madeira. É inacreditável como se valoriza mais as coisas e as pessoas quando estão longe, mas se isso for necessário, então não quero mesmo voltar para a ilha. Adoro andar nas ruas só por andar, sem destino aparente, a averiguar o que mudou e o que continua igual e a encontrar pessoas conhecidas na rua que já não via há muito tempo. Essa distância permite perceber de forma mais dramática as alterações que acontecem na vida das pessoas. Os filhos que começam a nascer, as rugas e os cabelos brancos que aparecem, as barrigas proeminentes, por outro lado, há aquelas pessoas cujo tempo passou por elas de forma  mais generosa e que as fez florescer e rasgar um sorriso mais bonito do que aquele que tiveram outrora. 
E vir à Madeira no Natal é como viver uma espécie de "Indian Summer", já que dispensamos todos os casacos e roupas quentes de Lisboa em prol de t-shirts e óculos de sol que saem novamente das gavetas para dar um ar da sua graça. Não gosto do frio, nunca gostei. Suporto-o durante uns 3 ou 4 dias, mais do que isso começa a ser uma história de terror para mim, pelo que não sei o que seria de mim a viver num país mais a norte do que o nosso. 
Tudo bem que a altura do ano tem logo à partida um potencial elevadíssimo para ser uma altura de imensa felicidade, o Natal e o fim do ano são festas levadas muito a sério por toda a ilha e ainda não encontrei sítio onde se viva com igual intensidade, mas desta vez tentei não desperdiçar um momento que fosse durante a minha estada. Dediquei algumas horas a vários bons amigos que tenho por lá e tive até oportunidade de ganhar um ou outro novo. Mesmo com vidas um pouco conturbadas por variadíssimos motivos, fui recebido por toda a gente com abraços, beijos e uma genuína saudade. Com uma poncha ali e uma ginja acolá a animar as hostes, diverti-me como nunca desde que saí da ilha.
Volto a Lisboa já com uma saudade de quem ficou por lá e com vontade de não atrasar muito o meu regresso. Volto com uma certa apreensão por sentir que a minha presença pode fazer alguma falta, não que eu seja insubstituível obviamente, mas porque me sinto um pouco responsável pela felicidade daqueles que gosto. E ao mesmo tempo que me encheram o coração, sei que deixei parte dele nas suas mãos. 
Mas é assim que sabe melhor, não é?


domingo, janeiro 27, 2013

No dia em que engoli o meu coração


Nunca algum coração batera tão depressa. De tanto bater, o sangue inundou aquela casa cujas paredes tinham ferrugem de um violento Inverno. A Natureza agreste tinha um deixado uma fina camada de gelo no soalho que agora se derretia com o sangue quente que brotava incessantemente do coração que eu aguentava nas mãos. Não tinha onde o pousar e por isso mantive-me agarrado a ele, pressionando-o contra o peito na esperança que não se esvaísse para o vazio daquela casa sem mobília. Desejei em silêncio que ele não parasse de bater. E o tempo passou, sem pressas, sem anseios e às badaladas do sino da igreja percebi que já era tarde demais para recuperar todo aquele vermelho do sangue usado e oxidado, derramado nas tábuas da sala de estar. Foi então que engoli o meu coração, de um só trago. Abri as janelas e uma aragem etérea apoderou-se do espaço vazio com sopros circulares que encheram a casa de folhas de ácer. Deixei-me ficar, deitado no chão sujo e olhando para o tecto maltratado apercebi-me do quão leve havia ficado naquele momento. As borboletas em rebuliço brotaram do meu estômago e um piano ecoou a mais sublime canção, deixando-me assim, 
leve, 
no dia em que engoli o meu coração. 


Berlim, 1 de Dezembro, 2012

quinta-feira, setembro 24, 2009

His skin is like a map where his heart has been


"Parece que te passou um camião por cima há uns tempos e ficaste com o olhar baço

Não estou a falar disso.

E eu penso que sabes a que é que me estou a referir.

Deu para ver logo

nos teus olhos.

A profundidade

onde estás.

Isso está mesmo na tua pele.

Só alguem que não te conhece minimamente para perceber.

o sorriso já não é o mesmo."





(not my words, not myself, do not ask).





© Dex Image/Corbis

quarta-feira, julho 09, 2008

Um dia serei prémio Nobel


Juro, se conseguisse descobrir uma poção mágica para curar os males de coração, ficaria rico em apenas um dia.


"E a ti dava-ta de graça".