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sábado, janeiro 19, 2013

Isto de ter um espaço na internet onde se pode dizer o que nos apetecer

Há menos de duas semanas conversava com um amigo sobre as coisas que se publicam nas redes sociais e nos blogues. Tudo começou por eu ter questionado a razão para um determinado amigo meu ter publicado um vídeo no "Facebook", que para mim, tinha mais de embaraçoso do que elogioso. Claro que cada frase, fotografia ou vídeo podem ter as mais variadas interpretações dependendo de quem as lê ou vê, e podíamos ficar horas a discutir o que está certo e o que está errado sem chegar a qualquer conclusão. Sou um fervoroso adepto do "Facebook", daqueles viciados que ligam-no quando chega a casa e desliga quando vai dormir, não é algo do qual me orgulhe, mas é um vício terrível sobre o qual nunca dediquei muito tempo a perceber o porquê. Tenho também um blogue, este no qual escrevo, não com tanta frequência como já o fiz, mas que nunca o deixei cair no abandono desde Abril de 2006. Vai fazer 7 anos, ena, ena! Em relação ao "Facebook", não fui dos primeiros a aderir, na verdade acho que quando criei perfil é que percebi que tinha estado pelo menos um ano na escuridão, visto centenas de amigos meus já terem feito dessa rede social o seu local predilecto para escarrapachar tudo sobre as suas vidas. Tudo, ou pelo menos, o que querem que se saiba. Fala-se muito da violação de privacidade, das vidas ficarem demasiado expostas, seja pelas fotografias pessoais, pelos vídeos publicados ou pelas famosas localizações, tão úteis para meter inveja aos outros ou mostrar aos outros onde poderão ser "encontrados". Com tudo o que de mal isso pode ter, acho que acima de tudo não podemos esquecer que cada um coloca aquilo que quer que se veja ou leia, caso contrário escreveriam num diário que escondem debaixo do colchão. A partir do momento em que publicam na internet, é do domínio público, por mais definições de privacidade que tentem colocar.
Nessa conversa, falei ao meu amigo sobre o meu blogue. Começou por brincadeira, numa altura em que era moda ter um site destes e fazer desse espaço uma espécie de diário onde se podia escrever as peripécias do dia-a-dia, os desabafos ou aqueles pensamentos mais rebuscados que nos assolam a mioleira, e que sabíamos, seriam lidos pelo menos pelos nossos amigos bloggers. Na altura não se falava das repercussões "maléficas" que podiam acontecer. Na verdade eu fazia questão de escrever onde tinha sido tirada a fotografia "x" e não me preocupava com a privacidade das outras pessoas sobre as quais falava ou que apareciam nas fotografias. Tirando um ou outro caso onde algum interveniente reclamava ter ficado com cara de bode que levou com uma porta na cara, pedindo encarecidamente, por esse motivo, para eu retirar determinada fotografia. Acontece a todos. Hoje, escrevo muito menos e quando o faço, não é da mesma maneira que em 2006, 2007 ou 2008. Há coisas que eu escrevi e publiquei que não o faria hoje em dia, no entanto nunca apaguei nada. Quando vasculho nos arquivos, até sinto algum embaraço por ter escrito certas coisas e pelas roupas e penteados que usava há não muito tempo. Mas eu era assim, o que se vai fazer? Tenho noção que dentro de 2 ou 3 anos também vou zombar do ser iluminado que eu julgava ser em Janeiro de 2013.

Em relação à pobre Pépa, segui atentamente os desenvolvimentos da sua novela virtual. Antes de qualquer revolução ter começado, vi o vídeo e achei desinteressante. Pensei imediatamente que a miúda estava a aproveitar algum espaço de antena para pedinchar uma mala Chanel a quem se quisesse chegar à frente, ainda assim com o cuidado de mencionar que estava a poupar dinheiro para tal concretização. Mas para mim, o vídeo ficava por aí. Até que a Samsung resolve retirar os vídeos por causa de alguns comentários negativos em relação a este video específico, abrindo a caixa de Pandora da estupidez nas redes sociais. A miúda fala à beta, e depois? Ela deseja ter uma mala Chanel, eu desejo uma viagem à volta do mundo, e depois?  Até o Miguel Esteves Cardoso se deu ao trabalho de criticá-la no blogue da Pipoca Mais Doce. E no final de tudo, a Maria João Ruela num entrevista épica no Telejornal da Sic a tentar fazer-se passar por Oprah Winfrey a quem é tudo permitido.

"E a Filipa é assim mesmo, fala daquela maneira?"  - E você, acabou mesmo de fazer essa pergunta?

"Acha que num país que vive um momento social que atravessamos hoje em dia, com portugueses com tantas dificuldades, obrigados a emigrar para conseguirem emprego e ganhar dinheiro, esse é um desejo para 2013?" - Peço desculpa por não ter desejado a paz no mundo.

"Mas a sua família já reduziu alguma tipo de coisas que costumava fazer? Quer me dar um exemplo?" - Você precisa realmente saber este tipo de coisas?

"(...) faça-me um verdadeiro desejo para 2013" - E lá perdeu mais uma hipótese de pedir a paz no mundo.

"Estava disponível por exemplo para ajudar uma pessoa que esteja desempregada e que precise de ir a entrevista de emprego a vestir-se bem, acha que isso é um desejo legítimo para 2013, melhor que uma mala Chanel?" - Sim, uma roupita qualquer combinada com uma mala Chanel e o emprego será dela concerteza.

"Mas a sua família concerteza que a ajuda, tem possibilidades para ajudá-la, não é? - Sim, eu adoro a ideia de ser uma jovem adulta que depende dos pais. Até tenho o sonho de viver com eles para sempre, mas isso seria um desejo egoísta.

"E está arrependida do que disse"?" - Claro que estou. Devo um pedido de desculpas a todos os portugueses que me insultaram através dos seus iPhones, iPads, e tecnologias afins da Apple. Agora vou para casa escrever 1000 vezes "Nunca mais ter sonhos em voz alta".



Bem, o que me interessa é que eu vou continuar a ter Facebook, blogue e quem sabe no futuro alguma outra rede social e pretendo continuar a ter a possibilidade de escrever o que bem me apetecer, sem qualquer tipo de censura, a não ser que comece a escrever planos para um bombardeamento ou para entrar numa escola de arma em punho. Aí penso que será boa ideia me deterem. Até lá, espero poder escrever os meus desejos fúteis, os meus pensamentos estapafúrdios e publicar as minhas fotografias idiotas. E espero poder continuar a rir-me de publicações alheias que não aprecio e aceito perfeitamente a possibilidade de eu próprio ser alvo de chacota, até porque nada do que eu publico é feito contra a minha vontade. E tudo o que aparece na net, nunca mais de lá sai. 
Não gosto de fundamentalismos, aprecio acima de tudo as pessoas que reflectem nas coisas e que têm bom gosto. E só por isso, a Pépa merecia a mala da Chanel.

E eu uma viagem à volta do mundo. Pensem nisso, está bem?


sábado, maio 08, 2010

"If-you-were-really-fabulous-you'd-do-both"


O metabolismo já não é o que era. Tenho de me conformar com a dura realidade de já não poder comer tudo o que me aparece pela frente, pelo risco de começar a acumular-se no corpo, principalmente ali na zona abdominal, tão difícil de abater. Parece mal (e é) um profissional do exercício físico ter um blogue com um nome destes e viver a vida segundo o mandamento do "Come doces e chocolates e atingirás a felicidade", o que me conduz a repensar em nomes possíveis para o antro de despojos filosóficos que é este blogue. Aceitam-se sugestões, apesar de eu saber que não vou alterar nada. Talvez devesse era alterar o facto de lanchar tabletes de chocolate como se fossem saudáveis peças de fruta. A pele também agradece. É um bom objectivo para tentar atingir, pelo menos depois de terminar as tabletes que ainda tenho guardadas porque eu não sou uma pessoa de desperdiçar comida, com tanta criancinha à fome, ia lá deitar chocolates fora... Nem pensar! Tenho de me tornar a prova viva de que eu sou um óptimo personal trainer, com o pequeno problema de ser um bocado complicado o "Pedro personal trainer" comunicar com o "Pedro-preguiçoso-que-se-esquece-que-ESTAR-no-ginásio-o-dia-todo-não-é-suficiente-para-trabalhar-o-corpo-e-abater-as-calorias-indesejadas". Estou a ponderar fazer umas gravações e colocá-las no iPod com frases do género:

"Rápido, troca de máquina!"

"Controla mais o movimento!"

"Pára de falar com as pessoas todas e trabalha!"

"Rápido, para a passadeira!"

"Não diminuas a velocidade que eu estou a ver!"

"Muda essa carga seu aldrabão!"

"Estou a contar,não vale a pena fingires que fizeste as repetições todas!"

"Respira homem!"


Acho que se calhar a motivação seria outra. E sempre podia estar a revolucionar todo o mundo do fitness! Se bem que isso poderia pôr em risco a minha profissão, a máquina a substituir o homem... Ainda bem que a patente é minha, ao menos nem todos perdiam o trabalho! Ufa!


De falar em casa, também já seria algo a pensar... Ainda não me parece que esteja para breve a casa em cima da praia e a praia como quintal, mas já ficava contente se encontrasse uma que tivesse uma varanda ou um terraço, uma banheira para tomar banhos de imersão, uma garagem para a mota ou carro que não me importava de ter um dia, espaço e condições para ter um cão ou dois e algumas plantas para que eles pudessem ter alguma coisa para destruir, um quarto pelo menos 3 vezes maior que o meu actual e paredes livres de fungos. Aiiii, como eu já seria tão feliz! E já agora, também queria um pónei. Daqueles que voam como nos desenhos animados, já que estamos numa de escrever desejos.

Pronto e com esta me despeço que são 17h46 de um sábado chuvoso e ainda estou de pijama. E uma pessoa tem mais que fazer.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

3...2...1... Puff!

12 passas dão direito a 12 desejos. Nunca as comi, não gosto de passas. Este ano estava decidido a fazê-lo, afinal de contas compraram-nas mesmo para esse efeito. Não fiz nenhuma lista, nem os pensei antecipadamente na minha cabeça. Seriam desejos a mais e acho que não preciso de tantos. Dão as badaladas, não sei o que pedir. Encho a mão de passas, mais de 12 certamente, e dizem-me para metê-las todas na boca ao mesmo tempo. Não tenho tempo! Mastigo-as poucas vezes e ingiro-as de um só trago de olhos fechados. Pedi um desejo. Porque o que eu quero, quero-o todo o ano. Condensei todos os meses num só, talvez desta forma aumente exponencialmente as hipóteses de (continuar a) concretizá-lo.

Um abraço, um beijo e o desejo começou a realizar-se.