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quinta-feira, outubro 16, 2014

Os Gatos Não Têm Vertigens


Tenho um prazer imenso em muita coisa que fazemos por cá, sou um adepto ferveroso de música, cinema e cultura que exponencia a nossa portugalidade. Não é por ser nacionalista, é mesmo por sentir que existe uma parte de mim nas canções, nos filmes, na arte, é como se descrevessem a minha história através de imagens e palavras. "Os Gatos Não Têm Vertigens" é, para mim, um óptimo exemplo de como somos bons, realmente bons. Não vai ganhar nenhum Oscar certamente, mas isso pouco me importa. Eu dava um à Maria do Céu Guerra e um Grammy à Ana Moura. 
É um filme para quem, como eu, ama Lisboa e a sua vista sobre o Tejo e os telhados com gatos destemidos.


terça-feira, setembro 23, 2014

PES Vai a Concertos IX - Caixa Alfama




Pelo segundo ano consecutivo fui ao Caixa Alfama, o que me dá 100% no que toca à assiduidade neste festival. No ano passado com Sofisabel, neste ano com pais e avós. O cartaz foi bem bom, mas a meu ver a distribuição dos artistas pelos palcos não foi a melhor, não sei porque não se lembraram de me vir perguntar, eu tenho sempre soluções para estas coisas. Os meus concertos favoritos eram quase todos no 1º dia, em palcos diferentes, praticamente à mesma hora. Nunca a expressão "maratona do fado" fez tanto sentido, já que assisti às primeiras 4 músicas da Kátia Guerreiro no palco Caixa, depois corri para o concerto da Ana Bacalhau para mais umas 4 ou 5 músicas e não satisfeito tentei apanhar o final da Gisela João num palco que demorei séculos a encontrar porque o mapa parecia ter sido feito à mão para uma caça ao tesouro manhosa. A Cuca Roseta teve de ser preterida, nada contra, mas apesar de ser Espírito Santo, ainda não sou omnipresente. Depois, já com a frequência cardíaca recuperada rebolei até ao palco Caixa novamente onde apanhei o final do Ricardo Ribeiro, que a julgar pela sua barriga também rebolaria comigo certamente, e o concerto mais aguardado da noite, Ana Moura e António Zambujo. No dia seguinte, com o cartaz cheio de nomes desconhecidos para mim, fiquei-me pela Carminho. 
A ter de escolher o melhor de todos, o que é difícil fazer, talvez escolhesse a Gisela João porque para além de eu venerar a sua voz, a sua energia, a sua irreverência e a sua genuinidade, ela tinha uma pequena orquestra maravilhosa a tocar com ela num espaço mágico o que tornou tudo tão mais especial. Deu até para tirar uma espécie de fotografia com o Norberto e a Gisela desfocadíssima ao fundo, mas ao menos o meu pai já pode dizer que tem uma selfie com uma artista apesar de não a conseguirmos identificar na fotografia, as pessoas vão ter de acreditar. A Ana Moura e o Zambujo nunca desiludem e juntos são irressistíveis e apetece levá-los para casa e pô-los na sala de estar a cantar a tarde toda. A Carminho foi a surpresa do festival, já que nunca a tinha ouvido e talvez por não ir com uma expectativa muito elevada me tivesse surpreendido tanto. Ela foi divinal! Também a quero lá em casa aos fins-de-semana quando a Ana e o António estiverem de folga. Já a Ana Bacalhau, que deve começar a pensar que a persigo para todo o lado, o que até nem é mentira, safa-se muito bem nestas lides e até me escreveu no instagram, o que me deixou de sorriso na cara, porém, e contra a minha natureza, não fui capaz de lhe falar quando no dia seguinte a encontrei e ao José Pedro Leitão no concerto da Carminho, mesmo que a Laura me tivesse praticamente empurrado na dua direcção. Enfim, idiota.

Para o ano há mais, esperemos!








domingo, junho 22, 2014

PES Vai a Concertos VI - António Zambujo e Convidados



Sou um fã declarado de música portuguesa, não de toda a música na língua de Camões indiscriminadamente, mas de música com conteúdo, com arte, com portugalidade, com emoção, com a beleza das coisas simples. Por essa razão o António Zambujo está na minha lista desses eleitos. É fácil deixarmo-nos embalar pela sua voz maviosa que nos entra pelos ouvidos com uma doçura misturada por vezes com um travo a malandrice. Para melhorar, ele convidou a Luísa Sobral, o Miguel Araújo, a Ana Moura e o Rancho de Cantadores da Aldeia Nova de São Bento e o resultado foi maravilhoso! A Luísa Sobral escreveu uma música para cantar com o Rancho e o resultado foi maravilhoso, tal como o "Inês" e o "Nem às Paredes Confesso". Com o Miguel Araújo saiu "O Pica do 7" e com a Ana Moura uma fusão de vozes extraordinária que deixa antever um excelente concerto no Caixa Alfama em Setembro no qual pretendo marcar presença. Foi uma delícia de concerto na Praça do Município. 




terça-feira, dezembro 31, 2013

Top + cá de casa 2013

Num ano em que o meu rico iPod perdeu a vida e tive de comprar um "novo" no OLX, a minha diversidade musical não foi a maior. A culpa é do "Mundo Pequenino" e do "There's a Flower in my Bedroom", que sozinhos açambarcaram 13 dos 25 lugares das mais ouvidas, ocupando inclusivamente os primeiros cinco lugares. Não tenho culpa de gostar MUITO do que se fez em Portugal este ano. Ao analisar os concertos que fui este ano, percebo que foi tudo "Made In Portugal": 

  • Deolinda (3 vezes) 
  • Luísa Sobral (2 vezes)
  • Carlos do Carmo
  • António Zambujo
  • David Fonseca
  • Ana Moura (2 vezes)
  • Gisela João (2 vezes)
  • Ana Bacalhau a solo
  • Cuca Roseta
  • Raquel Tavares
  • Cristina Branco 
  • Tributo a Joni Mitchell
Eh pá, agora que concluo isso reforço ainda mais, a música portuguesa é boa que dói! Finalmente consegui ir a um concerto do Carlos do Carmo, aos anos que esperava essa oportunidade. Lamento apenas ter assistido ao concerto de um ângulo meio complicado, mas hei-de ter mais alguma chance de o ouvir, até porque faltou-lhe o "Estrela da Tarde" e ainda não o perdoei por isso. A Gisela João foi a revelação do ano sem dúvida, conheci-a no Festival de Fado em Alfama onde também pude ver pela primeira vez o António Zambujo e a sua lambreta que eu tanto idolatro. Os Deolinda, esses nem vale a pena comentar, vi-os três vezes, duas delas em dias seguidos nos Coliseus de Lisboa e Porto, com direito a dois dedos de conversa a convite da Ana Bacalhau. O Coliseu do David Fonseca também foi maravilhoso! A Lúísa Sobral, se juntar as colaborações com o David Fonseca e o tributo à Joni Mitchel, vi-a 4 vezes e o São Luiz espera-me já em Fevereiro. Foi um ano bom demais para a música portuguesa.
Mas vá, num ano em que perdoei um pouco a música pop que se faz nos últimos tempos, o meu top 25 é o seguinte:

1º - "Musiquinha", Deolinda
(249 reproduções)


2º - "I Remember You", Luísa Sobral
(177 reproduções)


3º - "Seja Agora", Deolinda
(175 reproduções)


4º - "Algo Novo", Deolinda
(146 reproduções)


5º - "Hello Stranger", Luísa Sobral
(146 reproduções)


6º - "Sweet Nothing", Calvin Harris feat. Florence Welch
(144 reproduções)


7º - "I Was In Paris Today", Luísa Sobral
(127 reproduções)


8º - "Kiss You", One Direction
(127 reproduções)


9º - "Antigamente", Gisela João
(116 reproduções)


10º - "Capitão Gancho", Clarice Falcão
(109 reproduções)


11º - "Quem Tenha Pressa", Deolinda
(98 reproduções)


12º - "I'll Be Waiting", Luísa Sobral
(91 reproduções)


13º - "One Day", Asaf Avidan
(89 reproduções)


14º - "She Walked Down The Aisle", Luísa Sobral feat. Jamie Cullum
(89 reproduções)


15º - "Mom Says", Luísa Sobral
(88 reproduções)


16º - "Concordância", Deolinda
(85 reproduções)


17º - "Blood", The Middle East
(84 reproduções)


18º - "Doidos", Deolinda
(81 reproduções)


19º - "Um Só", Clarice Falcão
(80 reproduções)


20º - "The Party", Regina Spektor
(80 reproduções)


21º - "Oitavo Andar", Clarice Falcão
(75 reproduções)


22º - "One Way Or Another", One Direction
(75 reproduções)


23º - "Semáforo da João XXI", Deolinda
(72 reproduções)


24º - "I Knew You Were Trouble", Taylor Swift
(71 reproduções)


25º - "Spectrum", Florence + The Machine
(70 reproduções)



Menções honrosas para "I Love It" da Icona Pop, "Top Of The World" dos Imagine Dragons, "Pois Foi", "Gente Torta" e "Fiscal do Fado" dos Deolinda e "De Todos os Loucos" da Clarice Falcão. 
And that's all folks!

 

terça-feira, novembro 19, 2013

Tributo a Joni Mitchell



No passado dia 14 fui ao CCB assistir ao concerto de tributo a Joni Mitchell. Confesso que não sou um fã acérrimo da cantora,  por não lhe conhecer a discografia e descobri há pouco tempo que é artista plástica e que pinta quadros maravilhosos, como este que aparece no bilhete do concerto e que eu adorava ter na minha sala, mesmo antes de saber que tinha sido pintado por ela. Na verdade não sei porque nunca me deu para explorar o mundo fabuloso de Joni Mitchell, já que as 4 ou 5 canções que lhe conheço são absolutamente fabulosas.  Aguçada a curiosidade, e juntando-se o facto deste concerto contar com um elenco maravilhoso, comprei o bilhete sem pensar duas vezes e fui até ao CCB na passada quinta-feira. Não estava lotado, o que digo já, foi uma grande pena. Corrijo, um desperdício.
Não conhecia a maioria das canções, é verdade, mas fui de coração aberto e foi dessa forma que as 10 cantoras pegaram nos temas da artista homenageada. 
Toda a gente sabe da minha adoração à Luísa Sobral e à Ana Bacalhau, mas seria completamente injusto atribuir-lhes os pontos altos da noite, isto porque é difícil escolher apenas um. "The Circle Game" foi brilhantemente interpretado pela Aline Frazão, Cati Freitas e pela Fábia Rebordão (a Fábia está magra, linda de morrer e com a mesma voz arrasadora que lhe conheci na Operação Triunfo), a Manuela Azevedo cantou "A Case Of You", recentemente interpretada pela Ana Moura no "Desfado". A Márcia, a Luísa Sobral e a sua harpa tornaram o "River" num momento de arrepio.  A Luísa já o havia feito quando no Natal passado se lembrou de juntar imensas cantoras portuguesas para uma versão dessa canção, mas ao vivo e num ambiente intimista, ganha dimensão diferente. A Sara Tavares, igual a ela própria, conseguiu cunhar as músicas que interpretou com o calor e o ritmo que lhe corre nas veias. Foi g-e-n-i-a-l! Por tudo o que esta canção significa para mim e pela soberba  entrega da Amélia Muge, posso confirmar que foi o momento do "Both Sides Now" que me emocionou ao ponto de me deixar de olhos humedecidos. 
Já com todas as cantoras em palco e com a própria Joni Mitchell a cantar em pano de fundo num vídeo de 1966, terminaram com o "Just Like Me". 

Obrigado por se terem lembrado. Saí do CCB com o coração cheio.



domingo, setembro 22, 2013

Caixa Alfama 2013


Este ano não fui ao Super Bock, ao Sudoeste, nem sequer ao Optimus Alive. Mas fui ao Festival de Fado. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Troquei as esperas de horas sentados no chão à espera do início do primeiro concerto para guardar bons lugares à frente, por uma cadeira a uma distância que não me permitia ver as caretas da Gisela João. 
De costas para o rio e para a lua quase cheia,  de frente para uma Alfama iluminada, um pouco mais inundada do que o normal pelos trinados de guitarras, a noite começou com a Gisela, por quem me apaixonei à primeira  vez que ouvi uma música dela. Não conhecendo mais nada do seu repertório, sorvi o concerto com a alegria de quem ouve música boa pela primeira vez. Depois, já sem a responsabilidade de uma estreante, a Ana Moura, encheu a plateia com a sua elegância e a voz grave de quem já alcançou e sedimentou o seu lugar na música deste nosso país. Não cantou o "Fado da Procura" nem o "Até o Verão", mas eu cantei-as à mesma na minha cabeça. Dispensei o Camané e esperei pela noite de Sábado. Numa noite já não tão quente, a bairrista Raquel Tavares abriu as hostilidades com o sangue na guelra de quem vive (em) Alfama. Dedicou uma música às pessoas de Alfama e eu demorei alguns segundos a perceber que aquela também seria para mim! Cuca Roseta foi uma agradável surpresa, já que não a conhecia. Terminado o seu concerto, corri com a Sofisabel para as filas da frente à espera do Zambujo e a sua lambreta. "Algo estranho acontece" quando aquele homem começa a cantar. A sua voz inebria sem entediar, encanta, embala-nos, põe-nos com um sorriso bobo na cara. Uma delícia.

E mais uma vez, senti uma comichãozinha boa na barriga por viver nesta cidade e nestes bairros antigos, por sentir-me parte das 1001 histórias que eles têm para contar e por me saber fadista, à minha própria maneira.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Em Lisboa

sê fadista!



Fiquem com Ana Moura, agraciada com o prémio de melhor fadista em 2007 pela Fundação Amália Rodrigues (este post ainda foi a partir de Seven Rivers e não da Grécia como prometido).

sexta-feira, julho 18, 2008

Fado da Procura



Mas porque é que a gente não se encontra
No largo da bica fui-te procurar
Campo de cebolas e eu sem te encontrar
Eu fui mesmo até à casa do fado
Mas tu não estavas em nenhum lado
Mas porque é que a gente não se encontra
Mas porque é que a gente não se encontra
Já estou sem saber o que hei-de fazer
Se seguir em frente ai madre de deus
Se voltar a trás ai chiados meus
E o rio diz que tarde infeliz
Mas porque é que a gente não se encontra
Mas porque é que a gente não se encontra
Já estou farta disto farta de verdade
Vou beber a bica sentar e pensar
Ver se esta saudade ai fica ou não fica
E talvez sem querer não querem lá ver
Sem te procurar te veja passar
Sem te procurar te veja passar

terça-feira, abril 29, 2008