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domingo, setembro 28, 2014

Galerias Romanas da Rua da Prata


Terminou hoje o 3º dia em que se podia visitar as galerias romanas da Rua da Prata, apesar de já lá ter ido há dois anos não consegui resistir, até porque o primeiro dia calhava na minha folga e eu podia controlar a fila através da janela da minha casa nova. Assim sendo, lá fui eu com a Letícia, que pode agora riscar um item na sua lista de coisas a fazer. 
Se há período da história que mais me entusiasma, é o romano. Sempre me fascinou, e ter vivido na Sé, mesmo ao lado do teatro romano e das ruínas da igreja da Sé fazia-me sentir epecial, parte da história. Adorava a possibilidade de estar a viver exactamente por cima de ruínas cheias de histórias para contar e agora na Rua da Prata tenho mesmo a certeza absoluta que vivo sobre um pedaço de história que esteve escondido por tantos anos debaixo dos pés de Lisboa. Aos 10 anos quando se falava destas coisas nas aulas de história na escola nunca pensaria em dizer isto uns anos depois, mas sinto uma espécie de magia misteriosa, intrigante por tudo o que é da época romana e a disciplina que eu tanto odiava na altura é hoje completamente fascinante para mim. Tenho quase a certeza que fui romano noutra vida. Aliás, na terceira fotografia estou a reencarnar Cláudio, o imperador romano da altura, numa pose de "Eu, Cláudio", mas em giro, nada de confundir com outros Cláudios.























segunda-feira, setembro 15, 2014

PES e Carol vão ao IKEA


Nada como mudar de casa para torrar uns valentes euros no IKEA. A verdade é que ir ao IKEA é sempre uma experiência inesquecível, é como ir a uma Euro Disney para adultos mas com corredores infindáveis e carrinhos, mais divertidos que os de choque, que se enchem misteriosamente de coisas. Montanhas russas, apenas as emocionais, já que vamos da estupefacção por conseguirem criar praticamente a casa dos nossos sonhos num espaço de 30m2, à depressão por nos fazerem sentir os piores decoradores à face da terra e até à esperança de que a partir desse dia a nossa vida será muito melhor, mais colorida, iluminada e cheia de alegria e vasos feitos a partir de escorredores da loiça. Faz parte da experiência experimentar camas, sofás, sentar à secretária e fingir que estamos a ler um livro na sala de estar da nossa casa. Foi "mais coisa, menos coisa" o que aconteceu.




A minha cama já sobreviveu a duas mudanças de casa e apesar de terem sobrado algumas peças nesta última montagem, ela continua de pé, por isso apenas precisámos escolher a cama e o colchão da Carolina e a julgar pela felicidade dela, a cama será a sua melhor amiga daqui para a frente. E agora, enquanto escrevo isto deu-me um sono do catano. 







Para a sala precisávamos de uma mesa e cadeiras. A mesa apesar de não ser a mais maravilhosa do mundo aos meus olhos, era a melhor que se podia arranjar, agora já podemos sentar 10 pessoas à mesa, coisa que provavelmente nunca irá acontecer, mas ao menos ficamos com essa possibilidade. Já as cadeiras, quase andámos à pancada para escolhê-las, ela queria as transparentes, eu as brancas. Pedimos a ajuda do público e as opiniões dividiam-se. Eu derramei algumas lágrimas, uma ou outra de sangue e tudo. A Carolina queixava-se de eu querer montar uma casa de praia na Comporta em plena baixa lisboeta e de estar "preso ao passado", já eu queixava-me que mais tarde ou mais cedo eu iria partir a cadeiras de design porque são óptimas para balançar. Após termos andado à porrada na secção de cozinha, acabei ganhando e trouxemos as cadeiras que eu queria, mas terei de ceder na próxima indecisão que aparecer. Espero que ela não deseje um naperon em cima da televisão.



Isto sou eu apenas a fazer de parvo.






O sofá foi uma decisão difícil, não por termos opinião diferente, mas porque não nos apaixonámos loucamente por nenhum deles. Eu queria um que satisfizesse as minhas necessidades de sestas a meio da tarde, a Carolina, um que a fizesse parecer uma imperatriz linda e maravilhosa a repousar de forma sensual nos seus aposentos enquanto um pintor do Renascimento pinta o seu retrato.


Esta foi a PIOR arrumação de caixotes alguma vez vista no IKEA, prémio atribuído pela senhora da caixa, mas eu acho que ela não é visionária nem consegue pensar fora da caixa. Porém esta estrutura obrigou-a a sair da caixa com a pistola que lê os códigos de barra, porque eles apontavam para todo o lado. Arte, percebem?




O desespero da conta que quase esgotou o rolo de papel da caixa registadora e a incerteza da Carolina em relação à minha capacidade em montar as coisas todas que comprámos. O meu olhar não está dirigido para a câmara porque:
a) eu estava a olhar para a máquina dos chocolates
b) sou estrábico
c) sou apenas parvo

Fica a questão no ar.


Hoje já só falta a cama da Carolina. A mesa, as cadeiras e o sofá já estão de pé graças à ajuda da Laura, do João, da Raquel, da Paula, do João Pedro e do Rui. E assim se estreia um sofá, com a Carolina de pernas para o ar e bolo de iogurte da Raquel. 

sexta-feira, abril 11, 2014

Galerias Romanas da Rua da Prata


ATENÇÃO, durante os dias 11, 12 e 13 de Abril pode-se visitar as galerias romanas na Rua da Prata! Ou da Rua da Conceição, na verdade a entrada é no meio dessa rua. Costumam estar abertas apenas 3 dias por ano no mês de Setembro mas abriram esta excepção para celebrar o dia internacional dos Monumentos e Sítios. Esta parte dos "sítios" parece um pouco vago, porque qualquer lugar é um sítio, mas estou apenas a transcrever o que li aqui
Em 2012 tive o privilégio de as visitar após 4h de espera na fila, e é importante referir que cheguei lá quase 1h antes do horário de abertura, portanto se alguém estiver interessado em ir lá amanhã ou no Domingo é bom que se prepare para uma madrugada. Levem um baralho de cartas para a fila e até é uma manhã bem passada sentadinhos na calçada portuguesa a jogar à bisca. A visita dura uns 10/12 minutos, mas para quem, como eu, se interessa  e se deslumbra com a história do nosso país e com a magia e mistério que estas ruínas encerram, vale bem a pena. Ao pensar de que a Baixa de Lisboa no tempo dos romanos não era mais do que um terreno pantanoso e que eles tiveram a brilhante ideia de criar estas estruturas para poder construir uma cidade por cima delas é simplesmente genial. E o facto delas sobreviverem até os dias de hoje e continuarem a servir para a função para a qual foram construidas é motivo para envergonhar muito engenheiro dos dias de hoje. 
A primeira fotografia não é minha, mas as de baixo são, a qualidade é extremamente duvidosa mas foi o que se arranjou. É possível que metam a pata na poça ou que levem com água na cabeça, mas faz parte da experiência.

Adorei e recomendo vivamente!