Como não podia deixar de ser.
Desde que ando por terras lisboetas que debato-me em duros conflitos com as balanças dos Holmes Place. Com algumas já quis aplicar golpes de boxe e luta livre, com outras simplesmente limitei-me a manter a distância higiénica, não gosto de lhes dar confiança não vão elas pensar que me são essenciais à vida. Nunca fui de ter problemas com a gordura corporal, tanto que me orgulhava de ser o 2º aluno da minha turma com menor % de massa gorda. Ainda hoje não perdoei o Nuno pela sua barriga isenta de adipócitos, posso agora assumir isso alguma inveja, já que ele não vai ler isto concerteza e eu estou longe para que ele me mande uma bola de basquetebol à cabeça (a bela da private joke que ninguém vai perceber). O problema é que nos dias que correm as únicas linhas que tenho na barriga são aquelas delimitadas pelas banhinhas quando estamos sentados que são muito fofinhas quando somos bebés rechonchudos e barulhentos, mas que aos 23 anos são a prova de uma alimentação tão equilibrada como a Torre de Pisa em dia de tremor de terra (aiiii, a piada mórbida perfeitamente desnecessária). Já descrevi em posts anteriores a evolução dos ponteiros da balança, não volto a tocar nisso, apenas posso confirmar que agora está estável, no valor do qual nunca deveria ter ousado ultrapassar, os 72 kg. Isto com algumas pequenas variações, consoante tenha a pança cheia ou não ou a balança esteja num dia mais sensível. Também há-que dar o desconto que elas passam o dia a levar com os pés das pessoas, muitos deles com odor a queijo francês ou com fungos latejantes com tonalidades verdes-acizentadas, o que não deve ser muito agradável. Digo eu, que até gosto de pizzas com muito queijo e cogumelos.
Pois bem, isto tudo para dizer que com tanta sensibilidade do aparelho (não refiro mais o seu nome), decidi cortar com todo e qualquer tipo de relação, passando a conviver de agora em diante, unicamente com os espelhos que pelo menos olham-nos de frente e não dizem coisas diferentes todos os dias.
(Jose Luis Pelaez Inc/Blend Images/Corbis)
Depois de desvendar ao mundo o meu mais recente amigo, gostaria de informar todas as pessoas leitoras deste antro que privam frequentemente com o seu ilustre autor que o Pedro não está mais disponível a receber ofertas comestíveis com mais de 50 kilocalorias e que este deverá ser PROIBIDO de se dirigir ao supermercado sem a vigilância de alguém de confiança para que não aconteçam episódios como o de Domingo em que foi ao supermercado fazer umas "compritas" e acabou por devorar 2 tostas com queijo, fiambre e tomate e uma torta de chocolate de 300 gramas (sozinho), como se de uma besta se tratasse. Chamem-lhe besta. Ou Simara na versão masculina.
Portanto Mãe, já despachei todos os chocolates da Páscoa que me enviaste para não cair em tentações daqui para a frente. Ahh, e isto começa a ter efeito apenas depois de eu comer as bolachas, as batatas fritas, o milho frito, a torta de chocolate e o chocolate de barrar que comprei hoje no Pingo Doce.
Para terminar, este post é dedicado ao David Fincher que com o seu filme "Seven", abriu-me os olhos para o pecado da Gula como sendo algo que pode causar imensa sujeira lá em casa. E eu não estou muito interessado em terminar os meus dias com um kit-kat enfiado na testa, kinder buenos a entupirem-me o nariz ou Gyulian cravejados nos olhos.
Sem comentários:
Enviar um comentário