É tarde.
Mergulho no meu mundo cheio de fotografias minuciosamente organizadas. A única organização que sempre mantive, mais do que as folhas e as papeladas da universidade, mais do que meu quarto "eternamente" de cabeça para o ar, mais do que as minhas ideias e sonhos desvanecidos e perdidos com os relógios dessincronizados.
Sorvo com especial prazer cada cor que julgava desbotada, percebendo afinal que as cores das fotografias não têm necessariamente de se apagar com o tempo. Podem transformar-se, é verdade, mas uma relva verde ou um mar azul escuro não perderão a sua cor ao longo do calendário, estão sim fatidicamente destinados a carregar em si uma impressão digital, uma alma, um pedacinho do puzzle. Isso ninguém lhes pode tirar. E não voltarão a ser repetidas.
Remeto-me para cantos escondidos e abro-lhes os cortinados até brilharem resplandescentes. São partes de mim.
Partes divertidas.
Partes de crescimento.
Partes de aprendizagens.
Partes de parvoíce.
Partes de amor e de amizade.
Partes de saudade do que se teve e não se poderá voltar a ter.
E eu não sei o que seria de mim sem as minhas fotografias. Sem as minhas histórias de encantar e sem as minhas metáforas inenarráveis. Não que não as conte, mas porque não são de fácil percepção. Nem interesse. Tenho em mim coisas que não consigo partilhar e isso aconchega-me.
É tarde para fotografar o que já passou. É tarde.
É muito tarde.
Mergulho no meu mundo cheio de fotografias minuciosamente organizadas. A única organização que sempre mantive, mais do que as folhas e as papeladas da universidade, mais do que meu quarto "eternamente" de cabeça para o ar, mais do que as minhas ideias e sonhos desvanecidos e perdidos com os relógios dessincronizados.
Sorvo com especial prazer cada cor que julgava desbotada, percebendo afinal que as cores das fotografias não têm necessariamente de se apagar com o tempo. Podem transformar-se, é verdade, mas uma relva verde ou um mar azul escuro não perderão a sua cor ao longo do calendário, estão sim fatidicamente destinados a carregar em si uma impressão digital, uma alma, um pedacinho do puzzle. Isso ninguém lhes pode tirar. E não voltarão a ser repetidas.
Remeto-me para cantos escondidos e abro-lhes os cortinados até brilharem resplandescentes. São partes de mim.
Partes divertidas.
Partes de crescimento.
Partes de aprendizagens.
Partes de parvoíce.
Partes de amor e de amizade.
Partes de saudade do que se teve e não se poderá voltar a ter.
E eu não sei o que seria de mim sem as minhas fotografias. Sem as minhas histórias de encantar e sem as minhas metáforas inenarráveis. Não que não as conte, mas porque não são de fácil percepção. Nem interesse. Tenho em mim coisas que não consigo partilhar e isso aconchega-me.
É tarde para fotografar o que já passou. É tarde.
É muito tarde.
Ou talvez cedo demais.
6 comentários:
até que enfim pensei que o computador tinha pifado de vez.Eu também gosto muito das minhas fotografias à moda antiga (papel), também não sei o que seria sem elas,fico à espera da nova reportagem de 2ª feira ...
Coincidência... e mais não digo!
afinal somos mais no mesmo barco há reportagem do jantar de ontem
Aleluia q há vida em LISBOA(e no portatil do Pedro)!!!
Já havia queixas sobre o déficit d actividade neste antro asqueroso e estapafúrdio (não da minha parte, claro)!
Quanto às fotos, protege-as das surpresas das novas e (muitas vezes maradas) tecnologias!
dnesa
O computador continua vivo, mas está com uma saúde delicada.
Reportagem do jantar de quinta-feira não há, nem haverá de segunda-feira. Ou talvez haja qualquer coisa. Não pensei bem nisso ainda.
Sof, só agora captei o teu comentário! É da gente se conhecer um ao outro, oraméssa!
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