Não te sei explicar reacções que o meu corpo desencadeia contra a minha vontade, mas deverá certamente ter ocorrido uma réplica de outros pequenos tremores de terra que me tiram o chão dos pés quando estou a dançar. Eu danço muito, já dancei mais, eu sei. Mas tento sempre dançar porque acredito que nos rodopios e piruetas vou saboreando cada nota e com isso me vou construíndo e completando. E tu sabes desta minha necessidade de me completar, de procurar todas as peças de um puzzle que incompleto, não me permitirá sossegar. Sabes bem do meu apelo em surdina, sou previsível. Não para todos, mas para quem me consegue distinguir um brilho no olhar sabendo que se trata de uma lágrima fugidia que devia escorrer, mas que permanece contida.
Vou aperfeiçoar a minha dança, pelo menos enquanto a música durar. Nem que para isso precise virar o disco algumas vezes e insistir na mesma música. Mas se a dança me cansar demasiado, descansarei. Provavelmente debaixo do tecto que me ofereceste.
Vou aperfeiçoar a minha dança, pelo menos enquanto a música durar. Nem que para isso precise virar o disco algumas vezes e insistir na mesma música. Mas se a dança me cansar demasiado, descansarei. Provavelmente debaixo do tecto que me ofereceste.
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