Anda uma pessoa a fazer declarações de amor à sua lambreta na praça pública, em paz com todas as preocupações que deu até o momento, celebrando as boas memórias e augurando muitas outras que estão para vir, para depois ela se espalhar ao comprido na Sexta-Feira Santa logo pela manhã, quando o seu dono tinha vestido a roupa da missa para ir passear com os pais. Não foi bonito, nunca é. Lambreta para um lado, Pedro para outro, desta vez com mais consequências para a rebelde motinha que ficou sem retrovisor. Sem crise, nunca precisei do retrovisor, mesmo estando lá, acabo sempre olhando para trás com a cabeça antes de qualquer manobra. Mas equivoquei-me. Uma mota sem retrovisor é o mesmo que um sorriso sem um dente da frente. Conseguimos aprender a viver com isso, mas nunca mais conseguimos impor qualquer tipo de respeito. Aposto que foi para a noite na quinta-feira e enfrascou-se a misturar gasolinas de baixa qualidade. Mas como sempre, foi incapaz de me chegar a casa de depósito cheio.
4 comentários:
é baixinha mas depois parece que é feita pra dois!
Eu juro que guio devagarinho, tu só tens de estar juntinho por questões de segurança.
as desculpas q tu arranjas pa ficares juntinho a mim...
Foi como quando fingi que estava sonhando com coisas e pimba.
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