quarta-feira, setembro 28, 2011

Um Copo De Sol On The Rocks!

Bebe um copo de sol
Com mais de mil milhões de anos
Que é da estirpe das estrelas que destilam os humanos
Deixa o calor afogar-se na veia
Há lá coisa assim mais séria que andar nesta bebedeira
Bebe um copo de sol
Um de copo sol "on the rocks"
E tem paixões siderais de Lisboa até Cascais
P'ra beber sol
O mundo inteiro é uma tasca
Onde a gente se enfrasca de manhã ao pôr do sol
Bebe um copo de sol
Que a tarde vem bem avançada
A lua está mesmo a chegar e p'ra beber nunca tem nada
P'ra se vingar,
a lua inventa um arder
Que num fermento qualquer a gente aprende a beber
Bebe um copo de sol
Por mim, por ti, por todos nós
Frutos da seiva solar que nos fez netos, nos faz avós
Vai luz adentro ao campo bom desta adega
Como um corpo que se dá
Bebe o sol que a ti se entrega



A propósito da República das Bananas...


É assim: 
Vamos parar com as piadinhas sobre a Madeira, o Tio Alberto e a buraqueira que para lá vai? Para rir já temos a Casa dos Segredos e para buraqueira já basta a que tenho, outrora preenchida por um siso cariado. Adoro ouvir aquelas pessoas que me abordam com uma palmadinha nas costas e com um sorriso de esguelha "Cuidado não caias no buraco quando lá fores".


Ahahaha. 


Ponto. Mas dos finais. 
Não quero com isto dizer que sou a favor das trafulhices do Tio Alberto ou de outro tio qualquer. É que não há paciência para frases feitas ou piadas fáceis, só isso. Somos muito bons a replicar frases de outras pessoas, eh pá, somos mesmo bons. Mas a próxima pessoa que me disser que pode viver sem fazer piadas sobre a Madeira mas que "não seria a mesma coisa", é capaz de levar um batente nas têmporas. É que a tolerância a piadolas fáceis "é uma cena que a mim não me assiste". 


E termino com a seguinte conversa que fui obrigado a ouvir no avião quando sobrevoava o Porto Santo, 10 minutos depois de descolar do Aeroporto do Funchal, entre marido e mulher, separados pela minha fila de cadeiras:


Ele: Olha ali outra ilha!
Ela: É os Açores não é?
Ele: Não, é outra ilha.
Ela: De certeza?
Ele: Sim, os Açores ficam mais longe. É outra ilha da Madeira.
Ela: Ah, e como se vai para lá?
Ele: Só dá de barco.
Ela: E como se chama?
Ele: NÃO SEI.


E o Pedro, sempre pronto a ajudar os ignorantezinhos desta vida, exclamou com um sorriso nos lábios "Chama-se Porto Santo". Mas muito mais ficou por dizer.