domingo, outubro 06, 2013

Um Sábado como outro qualquer

Felizmente o dia 5 de Outubro já não é feriado. E escrevi felizmente porque precisava tirar horas da minha vida para  poder meter-me na Loja do Cidadão, mais precisamente à segurança social. Aproveitei então o Sábado, a "única" folga do mês de Outubro para tal efeito. Para evitar filas muito grandes, fui 40 minutos antes para os Restauradores, provavelmente a pior Loja do Cidadão para se ir. Estava uma manhã gloriosa, com uma luz linda de Sábado. Sabe tão bem "respirar" Lisboa pela manhã. Até que me deparei com uma fila de quilóoooooometros, vá, muitos metros, demasiados para aquela hora da manhã. Peguei na revista "Sábado" e pus-me a ler para passar o tempo. E só agora ao escrever isto me apercebo da ironia de ler a "Sábado" num Sábado de manhã. Aproveitei para acordar 492 amigos com mensagens onde desabafava ter mais de 100 pessoas à miha frente. Mas menti-lhes. Só tinha 100. Eu era o número 101, o que me deu para ir tomar o pequeno-almoço. Voltei, ia no 14. Fui a casa fazer coisas, voltei, ia no 64. Fui ter com amigos a um café, voltei, ia no 85. Fui ao Chiado comprar café, voltei, ia no 95. Esperei. Nisto, já tinham passado cerca de 3 horas e meia. Fui atendido. Tinha duas situações para resolver, uma delas, disseram-me que não era ali, a outra, não tinham informação para me responder.  Enfim, vidas. 

Aproveitei a boa energia do dia para não me aborrecer com isso e fui aproveitar as horas que me restavam. Consegui numa só tarde conhecer duas coisas novas em Lisboa: o miradouro de Monte Agudo e o Palácio de Belém. O miradouro, mais um belíssimo spot para um final de tarde com uma vista maravilhosa para Lisboa, nunca teria dado com ele, é um "segredo" bem escondido da nossa cidade. E o Palácio de Belém, aproveitei estar aberto por ser dia 5 de Outubro e fui assistir ao concerto da Gisela João, o segundo que vejo no espaço de três semanas. Não deu para conhecer bem os jardins do Palácio, mas pareceu-me ser um sítio onde eu me conseguia habituar a viver com alguma facilidade. Estando presente, pelos motivos óbvios, o Presidente Cavaco, pensei que aquilo pudesse dar cagalhão, e na volta, fui preparado para uma batalha campal com o  capacete na cabeça. Não tendo havido manifestantes nem pedras pelo ar, o capacete acabou por não ser necessário, mas nunca fiando, continuo a achar que fiz bem em levá-lo.