Um dia ambiciono ter na minha cozinha um móvel onde terei uma imensa variedade de plantas e ervas aromáticas prontinhas a dar sabor aos cozinhados que um dia hei-de aprender a preparar. Entretanto vou treinando as minhas responsabilidades de tratador de plantas. Comprei um manjericão lindo de morrer. Olhei para as instruções e tentei segui-las à risca, mas mais uma vez o destino revelou que eu apenas consigo ser um assassino de verdura. Levou à risca o "lindo de morrer". Não lhe fiz o funeral porque, por alguma razão do além, existe um pé do manjericão que se agarrou à vida com ramos e raízes e que insiste em viver fresco e airoso. Assumi que o universo queria deixar-me uma mensagem, que mesmo no ambiente mais hostil existe sempre uma luz ao fundo do túnel, que a esperança deve ser a última a morrer e que devemos ter forças para nos reerguermos nos tempos mais sombrios. Portanto decidi elevar o estatuto de erva aromática a "Life Coach". Este manjericão será o meu Gustavo Santos com a vantagem que este não gesticula.
Obrigado, manjericão.
