sábado, novembro 28, 2009

Analepse Temporal


Vai já com 4 anos e alguns meses que eu estava a estudar arduamente para a cadeira de Desenvolvimento Motor, estava eu no meu 2º ano de curso. Era daquelas disciplinas que exigiam muito marranço apesar de todos nos falarem da importância de perceber as coisas em vez de as decorarmos. Mas eu sabia desde logo que aquela era uma disciplina que não convinha arriscar com escrita criativa, daí eu sempre ter tido as melhores notas nas disciplinas do professor que as leccionava. Escrevia tintim por tintim, quase com os pontos e vírgulas no mesmo lugar, correndo sempre aquele risco de parecer quetinha copiado quanto mais podia. Lembro-me que já tinha passado a famosa Páscoa de 2005, durante a qual descobri a música do Jack Johnson, numa tarde nublada, naquela casa à beira-mar plantada, junto à praia, aquela praia. Fixei-a, apaixonei-me por ela. Não demorei a comprar os discos do Jack, sem praticamente conhecer as músicas. Lembro-me de familiarizar-me com elasdurante o estudo para Desenvolvimento Motor. Eu e o Jack fizemos várias noitadas, eu lia e escrevia, lia e escrevia, lia e escrevia. O Jack acompanhava-me com a sua guitarra e uma voz suave que ajudava a suportar o trabalho que aqueles apontamentos me proporcionavam. Pode parecer ridículo ter guardado a memória de dias de estudo para uma disciplina que nem me fascinava propriamente, mas o que é facto é que consigo rebuscar na memória e lembrar-me de momentos de estudo em casa, na biblioteca pública e numa sala da Universidade pela noite dentro, onde eu me inspirava para reter conhecimento. Lembro-me do meu fiel amigo discman, com uma parte azul translúcido, já todo riscado de tanta utilização que lhe dei. Hoje ele jaz num antigo quarto, a apanhar pó à espera que a moda dos "compact disks" volte de novo. Volta sempre.

Hoje, com mais álbuns e músicas melodiosas editadas, o Jack toca a sua guitarra com aquele som que me é tão familiar enquanto estudo Anatomia, Cinesiologia e Biomecânica. O lugar, a matéria, o tempo são outros. Mas a sensação de borboletas na barriga é a mesma de outrora. Quase que diria que é bom ter alguma coisa para estudar. Pronto, escrevo isto porque estou a fazer uma pausa, sei bem que daqui a pouco vou voltar a praguejar e a questionar-me porque resolvi voltar a estudar. Mas o Jack vai fazer-me companhia pela noite dentro.

terça-feira, novembro 24, 2009

De volta aos exames

E qual a melhor coisa para voltar a escrever neste blogue com a frequência de antes?

Um belo de um exame e a necessidade de estudar horas a fio para conseguir passar.

É logo à partida uma bela promessa de regresso às lides bloguistas de outrora, relatando, por exemplo, o avanço do estudo, as dificuldades encontradas, as horas de sono perdidas, a falta de sentido da minha vida, a descrença na nota positiva e lamúrias afins, enfim, é sempre uma óptima desculpa para largar os livros e poder atribuir as culpas à internet no caso de fracasso.

sábado, novembro 21, 2009

Parabéns Laurinha!




"And it takes no time to fall in love
But it takes you years to know what love is
It takes some fears to make you trust
It takes those tears to make it rust
It takes the dust to have it polished"




Desculpa se as palavras não são minhas, mas é o melhor que eu e o meu olho à Benfica conseguimos escrever neste momento. Isto para quê? Para te dar os Parabéns por escrito, já que ainda não te apanhei para um abraço "daqueles" que aprendemos a dar um ao outro. Não tenho o que gostaria de te oferecer, mas se pudesse comprar um pouco (mais) do que aquilo que tens escrito no pulso, dar-te-ia durante os próximos 365 dias, um bocadinho todos os dias,o suficiente para manter a tua gargalhada a inundar os dias de quem contigo os partilha. E um dia, vamos todos morar numa casa ao pé da praia, onde o sol se pões todos os dias lá ao fundo no horizonte.




Sabias que gosto de ti, miúda?

quarta-feira, novembro 18, 2009

Need for a Change




Mayday, Mayday!

Alerta Vermelho Activado.

Urgente necessidade de revirar tudo de pernas p'ró ar!



sábado, novembro 14, 2009

Natal na Madeira...



...é outra coisa!

Ainda estamos a meio de Novembro e só consigo pensar nos 6 dias que vou passar na minha ilha, com a minha família, com os meus amigos, com tudo o que a Madeira tem para oferecer por alturas do Natal. Mal posso esperar pela noite do Mercado, encontrar todos os amigos e conhecidos com cornos de rena na cabeça, a beber álcool em chávenas oferecidas em trocas de prendas, a cantar músicas de Natal abraçados uns aos outros, a comer carne de vinha d'alhos e poncha, muita poncha! Já me vejo a percorrer aquelas ruas sem destino aparente a tirar fotografias a tudo e a todos como se não houvesse amanhã. Depois terminar a noite provavelmente no Jam a bailhar até amanhecer com as pessoas que calharem, porque nestas noites começamos a noite com umas pessoas e acabamos com outras que vamos reencontrando e vivendo a vida! Desejamos bons Natais e felizes anos novos e embriagam-se todos com o espírito de Natal quando passam o "Last Christmas" dos Wham. Há sempre quem termine a chamar o Greg, né Sofia?

E o Natal com a família, o melhor de tudo. E as prendas! E a roupita nova. E os primos ao molho. E os cozinhados, infelizmente não mais da Tia Matilde, mas de outro qualquer elemento dotado da família. As luzes, as cores,os cheiros, os abraços, as ruas, tudo, tudo, tudo.

Morro de saudades de tudo e este ano o Natal será impagável.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Anúncios de Natal


Popota. Um nome incontornável do nosso panorama musical natalício. Uma hipopótama cor-de-rosa, que é já um símbolo que todos nós associamos de imediato à festividade que se aproxima. E acho muito bem que ela seja a cara animada de uma cadeia de Hipermercados do nosso país, afinal de contas, é devido à abundância deste animal por terras lusas que se justifica o elevado número de turistas que todos os anos visitam o nosso país à procura de safaris cheios de hipopótamos cor-de-rosa, girafas esverdeadas e crocodilos amarelos fluorescentes. Nem quero imaginar o sucesso da miúda se o Quénia resolver adoptá-la para representar algum supermercado da zona. Apenas me preocupa um pouco o facto dos hipopótamos me parecerem sempre animais com uma fome insaciavél e com dores de dentes crónicas, o que pode levar o supermercado a ficar sem stock de comida ou a tê-la sempre de baixa pelas constantes visitas ao dentista. E aí provavelmente teriam prejuízo. Digo eu.

E se no ano passado aquela massa cor-de-rosinha já nos havia encantado dentro de vestidos justos a cantar com o inigualável Tony Carreira, com uma voz muito mais suave do que a que se poderia prever para um bicho daquele porte, este ano ela rebentou todas as fasquias que eram desde logo, muito elevadas. Cansada dos velhos trapitos, a Popota sai da casca, mostra mais pele e revela-se mais popozuda do que nunca! É vê-la bater aos pontos a Madonna dentro de um maillot rosa fúscia, sempre a abanar aquele rabinho fat-free pelo Porto, Lisboa, Japão, Madagáscar, Índia, eu sei lá! Uma maluca. Comove-me a escolha musical da miúda para este Natal, de facto os Buraka Som Sistema sempre me transpareceram todo aquele espírito bonito de Natal e paz no mundo e felicidade para todos. Fica uma dúvida no ar… que tipos de animais vai a Popota visitar quando está em pleno safari pelas florestas africanas? Vai visitar a família só porque é Natal? Que bonita imagem se está a passar, uma hipopótama que teve sucesso ao sair da terrinha e que só lá volta quando é Natal. No resto do ano volta à civilização que fez dela uma estrela dos palcos. É de vedeta. Agora que parece a Ana Malhoa do reino animal, só lhe faltava fazer uma dietazinha para poder fazer concorrência à Leopoldina, que agora continua pelos reinos encantados dos brinquedos onde há reis, princesas e dragões, mas agora com um belo corpito de Lara Croft, mantendo porém a cabeça desproporcional que tinha nos anos anteriores. Lá no corpito, a Leopolodina dá uma bela lição à Popota e explica a toda a gente que um ano de ginásio e de boa alimentação do Modelo e Continente permite ganharmos um aspecto de modelo que começa a a tender para o desaparecimento precoce.

Seguindo na onda da boa qualidade publicitária dos Supermercados de todos os dias, deixo aqui uma sugestão para os que ainda não foram buscar animais exóticos para as suas campanhas:

O Pingo Doce podia ir buscar um Ornitorrinco, sempre achei que era um elemento que fazia falta ao presépio;

O LIDL podia ir buscar um Puma que fizesse a dança do varão;

O Minipreço, por ser mini, podia ir buscar formigas super-sónicas que ajudassem a colocar as mercadorias pesadas nas prateleiras do supermercado e debaixo dos pinheirinhos de todos nós.


Agora com licença que vou ali a Sintra ver se encontro o senhor das afaces do anúncio do Pingo Doce.