MIKA
Foi há quase dois anos que fui ao Super Bock, Super Rock assistir ao primeiro concerto do Mika em terras lusitanas. Tive a feliz coincidência de estar em Lisboa de férias nessa altura e da Laura ter ganho um concurso, apesar de na verdade ter sido a Mãe Daniela, e dela, a Laura, não ter tido vontade de usufruir do bilhete que ganhara e ter-mo enviado pelo correio. E lá foi o Pedro, sozinho para o festival pular e berrar ao som do Mika, apesar de contas ninguém me conhecia e eu podia fazer o que quisesse sem ter de dar satisfações a quem quer que fosse. Tal como na próxima terça-feira, apesar de ser capaz de até encontrar algumas pessoas conhecidas, mas isso é um pormenor irrelevante. Como um inevitável "Boy Who Knew Too Much", pretendo pular como se não houvesse amanhã, naquele que promete ser um espectáculo "10 vezes melhor" que o de há dois anos. Foi o Mika que me disse. Ainda tenho um chupa-chupa que consegui agarrar nesse concerto, na verdade não o agarrei, limitei-me a descobrir que a pessoa à minha frente tinha ficado com um preso na mochila e encontrado não é roubado. Certo? Também queria ter trazido um dos mega balões do concerto, mas não cabia no táxi.
Depois de um "Life in Cartoon Motion" brutalíssimo, seria difícil fazer algo que igualasse ou superasse o disco de estreia. Infelizmente, repara-se que o 2º álbum é mesmo de um rapaz mais maduro que já sabe demasiadas coisas, perdeu-se um pouco a ingenuidade, porém ganhou-se alguma profundidade mais reflectida. Sobra, no entanto, uma réstia de infância que não se pretende perder, apesar da inevitável adolescência do artista.
Vai ser daqueles concertos para esquecer as regras e festejar a vida como se não houvesse amanhã, porque as músicas assim o exigem. Para já, há-que decorar as letras que ainda não foram decoradas porque faço questão de ostracizar as pessoas à minha volta no Campo Pequeno.