quinta-feira, maio 20, 2010

Boas Energias


Entre a apatia e a excitação as pontes têm sido muito curtas, portanto vamos aproveitar o sol e o calor e as boas energias para arregaçar as mangas e colocar mãos à obra. Nada como a sensação de dever cumprido ao final do dia. Vamos colocar uma música na cabeça e programá-la para o modo repeat, vamos acordar e cheirar o café! Tenho uma casa cheia de coisas para arrumar, compras para fazer, trabalhos a organizar, agendas a restruturar, nomeadamente com passeios e momentos de diversão pelo meio, porque a vida não pode ser apenas trabalho e preocupações. Vamos carregar baterias e afinar o que está desafinado. Vamos sintonizar numa boa onda e aproveitar para surfar nela enquanto fôr possível!

Hoje estou programado para isto!



Eu não sei dizer



Não sei se é bom exorcizar fantasmas ou afugentar os monstros escondidos debaixo da cama.
Não sei até que ponto é bom ter saudades dos tempos de frutas fora de época.
Não sei se é bom querer ser catalisador de reacções químicas corrosivas, porém inevitáveis.
Não sei se é bom remexer no caixote do lixo quando o cheiro já é insuportável.
Não sei se queria ter a capacidade de voltar atrás no tempo.
Não sei o que quero provar a mim mesmo e aos outros.



"E não me perguntes nada.
Eu não sei dizer"

domingo, maio 16, 2010

Quando eu era jovem...






... sonhava em morar em cima da praia. Nesse sonho eu tinha uma casa espaçosa, com muita luz e com uma janela envidraçada de uma ponta à outra da casa. A casa era inevitavelmente decorada com motivos marítimos, com muitas conchas, búzios e estrelas do mar a preencher cada recanto da casa. Almofadas, muitas almofadas espalhadas pela casa e em recantos fora dela. Teria aquele cheiro a mar e a férias durante todo o ano e não teria vizinhos muito próximos. Era só a minha casa, isolada. O meu quintal era imenso e misturava-se com a praia. Tinha umas palmeiras e uma redes penduradas nelas onde eu ia deitar-me muitas vezes ao final da tarde a ler um livro e a ouvir música. Não sei bem onde fica essa casa dos meus sonhos, mas era sobre uma praia larga com areia fina e amarela onde o mar é transparente nos dias de sol e azul escuro nos dias de maior revolta. O sol coloca-se todos os dias mesmo em frente no horizonte longuínquo. Teria todo aquele espaço suficiente para ter um ou dois cães a correrem nas redondezas. Era uma casa fresca onde todos os fins-de-semana teria os amigos e familiares a me visitarem e a partilhar fantásticos finais de tarde num ambiente chill-out a tomar uma bebida refrescante. Talvez até aprendesse a surfar!

Se calhar está na hora de começar a trabalhar para esse objectivo.

terça-feira, maio 11, 2010

Concerto do Bento



O Papamóvel está a passar aqui em baixo no Rossio e esqueci-me de descer para ir dizer adeus e abanar a bandeirinha e sabe Deus como eu gosto de abanar bandeirinhas. Deixem-me apenas ter algum cuidado com as evocações do seu nome em vão, não vá a minha Avó Juliana ler isto. Aposto que o senhor Bento conseguia encher muitos mais pavilhões Atlântico do que a Madonna, Lady Gaga e Beyoncé todas juntas e que muita gente iria acampar dias antes só para ficar na primeira fila. Até porque nenhuma das meninas tem concerteza um microfone espectacular forrado a folha de ouro como o Papa. Neste momento já chegou ao Terreiro do Paço no seu papamóvel e reparo agora no aceno de mão repetido religiosamente a cada 2 segundos, cadência capaz de fazer inveja a qualquer sócio lá do ginásio que não obtém resultados e não sabe porquê. Dizem que vai receber a chave da cidade, eu cá nunca vi nenhuma porta que impedisse de cá entrar, mas por via das dúvidas, não vá ele resolver vir tomar um café à Brasileira e encontrar ali um cerco à volta da cidade, não convém que tenha de ter a maçada de bater à porta ou tentar trepar as muralhas. Seria chato para o Senhor, com todos aqueles vestidos cheios de folhos ter de arregaçar o vestido pelos joelhos e alçar a perna, ao menos com a chave entra sem acordar ninguém.

Agora preparem-se para o melhor momento deste post, é a parte em que vou contar a piada que eu sempre quis contar sobre o Papa e que já conheço desde que comecei a falar:



"O Papa chegou a Portugal e estava a chover. Como ficou o Papa? Ficou empapado!"


Agora é a altura em que vocês que me lêem se desmancham a rir com este momento de pura comédia. Sou tão hilariante que até me faço rir, leiam-me a rir como se não houvesse amanhã " Ahahahahahahahahahahahahahahahahahaha" - isto sou eu que não me consigo conter. No entanto não estou a perceber esse esgar de indiferença nas vossas caras, mas vou assumir que vocês sejam de compreensão lenta e que ainda não captaram a anedota. "Empapado", ahahahahhaha, sou mesmo um génio da comédia, Bruno, prepara-te para perderes os Domingos na RTP 1. Agora dói-me a barriga. E com esta me despeço, até porque o MEO encravou enquanto passavam o concerto do Bento e fiquei a ver as senhoras que estão a mostrar umas às outras as pedras que apanharam em praias que visitaram e estava quase naquele momento em que uma delas, nitidamente portuguesa, diz que uma delas foi comprada no supermercado e que afinal... era um desodorizante para a sala! Aiiiii, tanto humor no mesmo post mata-me! Arf!

E esqueci-me de tecer comentários sobre o facto de eu querer ter um papamóvel, mas agora já é tarde e tenho outro concerto para ir. Provavelmente a pé porque o concerto do Papa fechou partes do metro.

sábado, maio 08, 2010

"If-you-were-really-fabulous-you'd-do-both"


O metabolismo já não é o que era. Tenho de me conformar com a dura realidade de já não poder comer tudo o que me aparece pela frente, pelo risco de começar a acumular-se no corpo, principalmente ali na zona abdominal, tão difícil de abater. Parece mal (e é) um profissional do exercício físico ter um blogue com um nome destes e viver a vida segundo o mandamento do "Come doces e chocolates e atingirás a felicidade", o que me conduz a repensar em nomes possíveis para o antro de despojos filosóficos que é este blogue. Aceitam-se sugestões, apesar de eu saber que não vou alterar nada. Talvez devesse era alterar o facto de lanchar tabletes de chocolate como se fossem saudáveis peças de fruta. A pele também agradece. É um bom objectivo para tentar atingir, pelo menos depois de terminar as tabletes que ainda tenho guardadas porque eu não sou uma pessoa de desperdiçar comida, com tanta criancinha à fome, ia lá deitar chocolates fora... Nem pensar! Tenho de me tornar a prova viva de que eu sou um óptimo personal trainer, com o pequeno problema de ser um bocado complicado o "Pedro personal trainer" comunicar com o "Pedro-preguiçoso-que-se-esquece-que-ESTAR-no-ginásio-o-dia-todo-não-é-suficiente-para-trabalhar-o-corpo-e-abater-as-calorias-indesejadas". Estou a ponderar fazer umas gravações e colocá-las no iPod com frases do género:

"Rápido, troca de máquina!"

"Controla mais o movimento!"

"Pára de falar com as pessoas todas e trabalha!"

"Rápido, para a passadeira!"

"Não diminuas a velocidade que eu estou a ver!"

"Muda essa carga seu aldrabão!"

"Estou a contar,não vale a pena fingires que fizeste as repetições todas!"

"Respira homem!"


Acho que se calhar a motivação seria outra. E sempre podia estar a revolucionar todo o mundo do fitness! Se bem que isso poderia pôr em risco a minha profissão, a máquina a substituir o homem... Ainda bem que a patente é minha, ao menos nem todos perdiam o trabalho! Ufa!


De falar em casa, também já seria algo a pensar... Ainda não me parece que esteja para breve a casa em cima da praia e a praia como quintal, mas já ficava contente se encontrasse uma que tivesse uma varanda ou um terraço, uma banheira para tomar banhos de imersão, uma garagem para a mota ou carro que não me importava de ter um dia, espaço e condições para ter um cão ou dois e algumas plantas para que eles pudessem ter alguma coisa para destruir, um quarto pelo menos 3 vezes maior que o meu actual e paredes livres de fungos. Aiiii, como eu já seria tão feliz! E já agora, também queria um pónei. Daqueles que voam como nos desenhos animados, já que estamos numa de escrever desejos.

Pronto e com esta me despeço que são 17h46 de um sábado chuvoso e ainda estou de pijama. E uma pessoa tem mais que fazer.

Maratona de Concertos 2010 - Parte 1

MIKA




Foi há quase dois anos que fui ao Super Bock, Super Rock assistir ao primeiro concerto do Mika em terras lusitanas. Tive a feliz coincidência de estar em Lisboa de férias nessa altura e da Laura ter ganho um concurso, apesar de na verdade ter sido a Mãe Daniela, e dela, a Laura, não ter tido vontade de usufruir do bilhete que ganhara e ter-mo enviado pelo correio. E lá foi o Pedro, sozinho para o festival pular e berrar ao som do Mika, apesar de contas ninguém me conhecia e eu podia fazer o que quisesse sem ter de dar satisfações a quem quer que fosse. Tal como na próxima terça-feira, apesar de ser capaz de até encontrar algumas pessoas conhecidas, mas isso é um pormenor irrelevante. Como um inevitável "Boy Who Knew Too Much", pretendo pular como se não houvesse amanhã, naquele que promete ser um espectáculo "10 vezes melhor" que o de há dois anos. Foi o Mika que me disse. Ainda tenho um chupa-chupa que consegui agarrar nesse concerto, na verdade não o agarrei, limitei-me a descobrir que a pessoa à minha frente tinha ficado com um preso na mochila e encontrado não é roubado. Certo? Também queria ter trazido um dos mega balões do concerto, mas não cabia no táxi.


Depois de um "Life in Cartoon Motion" brutalíssimo, seria difícil fazer algo que igualasse ou superasse o disco de estreia. Infelizmente, repara-se que o 2º álbum é mesmo de um rapaz mais maduro que já sabe demasiadas coisas, perdeu-se um pouco a ingenuidade, porém ganhou-se alguma profundidade mais reflectida. Sobra, no entanto, uma réstia de infância que não se pretende perder, apesar da inevitável adolescência do artista.


Vai ser daqueles concertos para esquecer as regras e festejar a vida como se não houvesse amanhã, porque as músicas assim o exigem. Para já, há-que decorar as letras que ainda não foram decoradas porque faço questão de ostracizar as pessoas à minha volta no Campo Pequeno.