segunda-feira, abril 24, 2006

Tá certo que vou bater com a cabeça.
Faz parte do crescimento não é ?
Será que devo fazer o máximo para evitar que tal aconteça ?
Ou será que o nascimento incessante de "galos" pode ter efeitos frutíferos para a minha vida ?
Frutíferos.
Como ananases, pêras, maçãs.
Sobretudo ananases.
A minha fruta preferida.
Às vezes arrepio-me com a acidez e faço aquela cara cerrada, mas sabe tão bem na mesma.
Já passaste por isso ?
Se calhar sim, se calhar não.
Não se pode generalizar.
Os tempos, as pessoas, o contexto é outro.
É diferente.
Neste momento não receio cair de grandes alturas.
Sei que me vou fartar de estar sempre a cair porque nem sempre se tem tempo para colocar uma rede de segurança por baixo.
Vou aprender.
Com erros é verdade.
Mas é preciso viver certas e determinadas coisas para sabermos se é isso que queremos ou não.
Certo?
Podia ser aprendiz vicariante.
Aprender com os erros dos outros.
Mas o que pode ser um erro para alguns pode ser o Céu para outros.
Não vou dizer que quero experimentar o Inferno.
Não quero.
E não vou dizer que não me vou arrepender de certas coisas que vá fazer.
Há quem diga que só se arrepende das coisas que não faz.
Discordo.
Arrependo-me de várias coisas.
Daquelas coisas que durante alguns tempos que tiraram o sono e anos de vida.
Não há necessidade para viver sempre no abismo do medo.
Mas ninguém o consegue evitar.
Há quem tenha medo do escuro.
De ser assaltado.
De morrer cedo.
De perder o emprego.
De amar.
Mas...
"I'd rather bleed with cuts of love than live without any scars"
E a vida será doce.
Ou amarga.
Ou azeda.
Ou salgada.
Ou ácida.
Como o ananás.
O mundo como um mar de frutas em que as oportunidades são pequenos morangos.
Com ou sem açúcar.
Os amigos como kiwis.
Exóticos.
Os amores como maracujás.
A fruta da paixão.
Quero prová-las todas.


1 comentário:

Ana Pena disse...

Soneto do Amor Eterno

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre e tanto
que mesmo em face do maior encanto
dele se encante mais meu pensamento.

Quero vive-lo em cada vão momento
e em seu louvor hei de espalhar meu canto
e rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou ao seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angustia de quem vive
quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

*Vinicius de Moraes

Adorei este teu post...deixas uma pessoa com água na boca de mais palavras tuas...