Continuo agora a minha saga europeia, mesmo que com mais de uma semana de atraso. Gostaria de ter escrito tudo no próprio dia mas não tive oportunidade, ou porque não tinha forma de o fazer, ou porque estava muito cansado e só queria jogar-me para a cama. Mas pelo menos agora posso publicar fotografias para ilustrar "La Vida Loca" do Peter pelas Amsterdões, Berlins e Paris da vida. É que eu sou daquelas pessoas que se não tiver fotografias com legendas, vai, em pouco tempo, acabar por se esquecer de tudo o que foi feito. Há quem chame memória de peixe, há quem ache que eu sou simplesmente desligado.
O meu último dia completo em Amsterdão foi o dia de partida do Alexandre, mas também o dia em que a Catarina me veio visitar. Aproveitámos o facto dela viver ali tão perto da fronteira entre a Alemanha e a Holanda e ainda não ter visitado a cidade para matar dois coelhos de uma só cajadada. Apesar de eu ser incapaz de matar coelhos, para que fique bem claro. Já sem muito para fazer nesta cidade, decidi que o melhor seria levar a Catarina a passear simplesmente pela cidade, começando pelo Vondelpark que eu também ainda não conhecia. Lá tivemos de tirar mais umas fotografias no "I AMSTERDAM" porque a menina também tinha direito. Eu olhei para a letra "I" mas de soslaio, porque no dia anterior tinha-a trepado e fugido sem um beijo de despedida. Já o Vondelpark, parece-me muito bem, porém, é Inverno. As árvores não têm folhas, não há flores e o sol é tímido. Tenho uma certa mania de fazer viagens no Inverno e depois as fotografias não têm nada a ver com as dos guias turísticos ou as do Google que eu pesquisei. E além do mais estou pálido e encapotado até o nariz. Mas é o que se arranja. Cor de lula também pode ser bonito nalgumas culturas, gosto de pensar dessa forma. Ainda assim é um passeio imensamente agradável, o parque está cheio de pessoas a passear cães que eu e a Catarina tentávamos agarrar e levar para casa, até o momento em que calhou cocó. Aproveitámos para ser turistas de um país distante para subirmos para uma instalação do género "casa na árvore", com umas pontes suspensas e fingirmos ser crianças. Aliás, metade das nossas fotografias são aí. A outra metade é a tentar tirar fotografias em pose da Catarina.
O nosso passeio foi um misto de matar saudades de falar pelos cotovelos (a Catarina morde-me os calcanhares neste parâmetro) e de pensar no que íamos comer a seguir. Levei a Catarina às lojas dos queijos onde já me deviam conhecer por todos os dias entrar lá com um ar de surpresa e curiosidade como se fosse a primeira vez, quando eles já deviam saber que eu só ia lá para comer à borla todos os queijos, como fiz nos dias anteriores. Entrámos em lojas de gomas e não saímos de mãos a abanar. Fomos a supermercados, sim, falei no plural, porque acordei na Catarina a vontade de comer Milka, mas não procurávamos um Milka qualquer, tinha de ser logo uma barra de 300 gramas. Não encontrámos, mas empaturrámo-nos de outras porcarias semelhantes. Mas as calorias fora do nosso país não contam.
Passámos por todos os lugares que um turista de um dia podia ver, à excepção dos museus, o que vai obrigar a Catarina a ter de ir lá mais uma vez, que chatice. E encontrámos até o Waterloo Market que o Tiago me tinha falado e que não sabia bem onde era, onde comprei uns bolbos de tulipa que estão destinados a morrer nas minhas mãos. E onde encontrei um cd português à venda que sou incapaz de pronunciar o nome, mas que vou publicar mais abaixo.
Em jeito de conclusão, Amsterdão parece-me uma cidade muito bonita para se visitar e mesmo para viver, tem uma pinta descomunal. Mas não é a minha cidade preferida. Voltando lá, terá de ser com alguém que conheça a cidade melhor do que eu para poder fazer um pouco da vida de quem viva ou já tenha vivido lá.
A tal Oude Kerk, a igreja mais antiga de Amsterdão, muito gira por fora, mortiça por dentro.
Rui e Alexandre, obrigado por me salvarem de ter 4 dias que sozinho, seriam uma seca desmesurada.
Posso dizer que andei de bicicleta em Amsterdão, porém, à pendura, o que também é difícil, ok? Isto porque não tinha a destreza de me sentar com ambas as pernas para o mesmo lado. Fica para uma próxima.
Porque as pessoas também são cultas, fomos ver o Van Gogh ao Hermitage.
Os 6 euros mais mal gastos da história dos muffins. Não sentimos um pintelho das maravilhas que tanto apregoam.
Pedro a apreciar e intepretar arte no Museu de Arte Moderna.
Apanhado em flagrante, porém, sem as calças na mão como o Zambujo.
Isto aconteceu porque o Alexandre permitiu, a culpa não foi minha. Mas eles tinham uma cascata de chocolate líquido...
O momento em que eu tentava sacar o cão para dentro da mochila, mas ele assustou-se, esperneou e calhou cocó, como se pode apreciar na fotografia abaixo.
Pensei deixar a Catarina para ali presa, mas depois pensei que se isso acontecesse não teria ninguém para me tirar fotografias.
Pedro apanhado de surpresa.
Catarina Velosa, não é digna de catálogo, mas foi do menos mau que se arranjou para mostrar ao mundo, portanto não te queixes.
A Catarina no seu "Breakfast at Tiffany's". Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
Isto porque ninguém nos conhecia por lá.
Mais uma vez, a culpa não foi minha, foi da Catarina. O meu saco nem é o mais cheio. Eu é que gosto de pintar as unhas, ok?
Esta nem era uma das lojas onde eu costumava entrar para comer queijo à borla, porque nessas lojas eu guardava a máquina para poder ter ambas as mãos livres e assim conseguir agarrar em mais amostras grátis ao mesmo tempo.
Eu podia viver numa daquelas casas mega espectaculares, apesar de algumas estarem de lado.
Olha, peço desculpa a fotografia estar de lado, mas já tentei e não consigo "desvirá-las", portanto Catarina, serás uma Candy Freak de lado.
E foi isto que eu encontrei no mercado de Waterloo.
Adeus Amsterdão, olá Berlim!
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