quarta-feira, maio 01, 2013

Pedro, o Agricultor

Que as minhas façanhas no mundo da agricultura e da floricultura não eram famosas, já todos sabíamos. Na verdade, sempre que resolvo aventurar-me nos seus caminhos sinuosos, parto do princípio que não vai durar muito, apesar da constante esperança de que desta vez correrá melhor. Pois. Um belo dia resolvi plantar tulipas de Amesterdão, a esperança não era a maior deste mundo, mas os bolbos pareciam cebolas e se as cebolas crescem alegremente na minha cozinha mesmo sem terra, as tulipas teriam algumas hipóteses também. E apesar da confusão da Primavera que ainda não se decidiu se chegou ou não, os bolbos germinaram. Houve alguma apreensão para descobrir as cores das flores, já que havia comprado 5 exemplares, supostamente todos de cores diferentes. No cartucho dizia que podiam nascer brancas, amarelas, pretas, vermelhas, raiadas, sei lá, toda uma palete digna de arco-íris. Duas brancas e uma amarela foi o resultado, mas pelos vistos as outras duas, que dei aos meus pais, vieram de branco também. Lindeza, tanta pureza junta, mas eu estava à espera de algo mais folclórico e senti-me enganado pelo senhor do mercado de Waterloo, que estou a pensar voltar lá para reclamar. Isso e comer um bolo daqueles que eles fazem tão bem em Amesterdão que nos deixam com a cabeça à roda de tão "bons" que são. Ainda assim eu sou uma pessoa que recebe os seus rebentos de braços abertos e consegui tirar esta fotografia onde os meus três exemplares estavam lindos e maravilhosos. Quando digo "consegui tirar", não é por haver perninhas que as façam correr pela casa o que tornaria difícil apanhá-las as três juntas. A dificuldade que falo é em ter três flores vivas ao mesmo tempo. Isto porque no dia seguinte, uma delas começou a falecer. E em menos de uma semana, o resultado era o da fotografia seguinte. Vou aproveitar para justificar este fim com as mudanças bruscas de estação, elas ficaram confusas, pensaram que já era Outono de novo e então fizeram o que tinham a fazer. Isto não tem absolutamente nada a ver com o excesso de água que lhes dei, nadinha.




Já a buganvília, apesar de não ter crescido 1 cm que seja de um ano para o outro, ao menos resolveu florescer como era suposto. Ainda só tem um raminho chei'da flores, mas em breve estará maravilhosa na janela da Sé, isto se eu não me lembrar de lhe deitar adubo ou alguma coisa que a faça falecer também. É um caso de sobrevivência com sucesso.



Sei que não devemos ter preferidos, mas por agora a minha pimpineleira é o ex-libris cá de casa. Começou a germinar junto das abóboras, das cebolas e das batatas e resolvi dar-lhe terra a ver o que acontecia. E o milagre deu-se. E agora tenho na minha cozinha uma planta com ADN de Santana que me faz sorrir sempre que a vejo, pois faz-me lembrar a Avó Cristina e o seu quintal de onde veio a pimpinela. E só ficarei contente quando começar a dar frutos. 





3 comentários:

Sof disse...

Que gargalhada dei!

Anónimo disse...

Já estiveste pior com as plantações!

Viva a pimpineleira!

dnesa

Rui Braga disse...

Eu também quero ir buscar mais tulipas ao a Amesterdão!!!