sábado, junho 20, 2015

How Big, How Blue, How Beautiful


Junho é o meu mês preferido. Está aqui bem a meio do calendário sem aborrecer ninguém e é o mês no qual a Primavera e o Verão se fundem. Os dias são longos, cheios de sol e as noites quentes passam da promessa à realidade. Deixamos de usar lençóis quentes e edredões e apetece sair à noite, sem casacos, para tomar um copo numa esplanada com os amigos, só porque sim. Festejam-se os santos e os aniversários de quase todos os outros Santos, os Espírito - avô, dois tios, três tias, um primo, alguns primos de segundo e terceiro grau, e claro, o meu. Na verdade olho para todo o mês de Junho como uma contagem decrescente para o fatídico - mas feliz - dia em que encerro uma idade e começo outra, certamente melhor do que a que termina. 
É o mês do renascimento, o mês da luz, o mês do respirar fundo de olhos fechados. O mês em que não queremos deixar de aproveitar cada segundo porque todos eles parecem ser melhores que os anteriores. Por esse motivo gosto da ideia de viajar neste mês, não que eu precise destes pretextos para marcar uma viagem especificamente neste mês, mas porque acho que ele merece a adrenalina que uma viagem para um sítio novo proporciona. É a cereja no topo do bolo e toda a gente sabe da minha relação com os bolos. 
Escrevo do banco do avião, provavelmente sobre território espanhol com destino ao sul de França. A primeira de várias paragens caso eu não perca o cartão do cidadão ou o cartão multibanco, nada de estranhar para quem já perdeu e encontrou por duas vezes o passaporte na mesma viagem à Índia. Mas vamos acreditar que a sorte vai proteger os audazes (e os distraídos) e que tudo será maravilhoso como eu tanto projeto nos meus pensamentos diários, em novas paragens deste mundo "tão grande, tão azul, tão bonito".

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