terça-feira, abril 11, 2006


(...) A experiência deu-me a capacidade de olhar para a vida de um ponto de vista realista, que é este: vão-me acontecer ao longo dos anos muitas coisas más. E a alternativa que tenho é esta: ou vivo o suficiente para ver os meus amigos morrerem ou então morro cedo. Não é que eu seja pessimista. Só digo que é assim. Eu não quero ver nenhum dos meus amigos morrer nem tenho qualquer interesse em morrer cedo. Mas tenho que fazer as pazes com as coisas tal como são. E tenho que fazer as pazes com o facto de haver coisas que não quero fazer. O tio George com os seus 68 anos, ali sentado na cama, olhou para mim e disse: "Que desperdício..." Até hoje não sei se ele estava a falar dos cigarros que lhe destruíram os pulmões e mal o deixavam respirar nos últimos tempos, ou da bebida ou se estava a falar da sua vida em geral, de não se ter tornado no homem que prometia ser. Mas cheguei à conclusão de que não estava disposto a acordar um dia aos 65 anos e dizer: "Que desperdício". No mínimo ia aproveitar o máximo que pudesse da vida.
A ideia é estar sempre a abrir-se à novidade, a fazer caminho. A minha tendência seria erguer um muro à minha volta para proteger todas as coisas que tenho, que criei, e com as quais me sinto bem. Mas tenho de continuar a deitar abaixo esse muro e dizer: " Ora bem, vamos embora para sítios que eu não conheço bem ou não me sinto completamente à vontade." A gente espera ser capaz. Não sei se se é sempre. Tenta-se. O segredo é esse"

George Clooney

1 comentário:

Rute disse...

Eu....... a pensar nesse homem... Ai JASUS!!!!