Na Vila Palmeira a preparação de qualquer refeição é sempre uma tarefa complicada. Não para mim que eu não sou um mestre de culinária e se me incluíssem na lista de cozinheiros iam ser todos corridos a pizzas do Pingo Doce. Para bem de todos, mantenho-me apenas na lista da limpeza da loiça.
Numa mesa improvisada com portas antigas para caber toda a família, a confusão é inevitável, o primeiro a servir-se de água, sumo ou vinho acaba por ter de servir todos os outros. Há pratos e copos a passar de um lado para o outro na mesa, pessoas a repetir quando outras ainda estão a começar a refeição, todos falam ao mesmo tempo mas todos se entendem. Um corta o pão, outro passa a manteiga, outro deita os talheres ao chão, outro lembra-se que não tem guardanapo, outro vai buscar mais uma cerveja.
Uma coisa é certa, todas as noites na Vila Palmeira temos os melhores jantares do mundo. A razão: estamos em família.
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