Ponho a minha vida em perspectiva quando começo a perceber a quantidade de amigos meus que estão emigrados.
Só na semana passada recebi uma encomenda da Sílvia que foi viver para Hamburgo e um postal da Ana que foi para Limerick, uma cidade irlandesa que eu desconhecia até à data. Infelizmente nenhuma delas escolheu essa cidade por ser o seu sonho de criança.
Assim de repente, e contando que me vá esquecer de alguns:
- A Sílvia em Hamburgo;
- A Ana e o Bruno em Limerick;
- A Nádia em Berlim;
- A Vanessa em Munster, Alemanha;
- O Rúben, o Marcos e o Luís em Londres;
- O David em Edimburgo;
- A Sara algures na Holanda;
- A Márcia, a Olívia e o Igor na Noruega;
- O Diogo em Barcelona;
- A Rafaela em Palermo;
- O Nuno em Angola;
- A Lucília, o Nuno e mais uma mão cheia de conhecidos no Dubai;
- A Nina na Suiça.
Alguns por opção, outros por vicissitudes da vida, a verdade é que estão longe e a maior parte deles em busca de uma vida melhor que este país empobrecido e embrutecido não oferece. Cada vez que sei de um amigo que vai para fora do país sinto uma confusão de sentimentos na barriga e na cabeça. Não sei se é suposto ficar contente por eles irem em busca de um ordenado que lhes permita viver uma vida mais aproximada daquela que desejam, se é suposto ficar triste por estarem geograficamente longe de mim. Não que fossem todos meus amigos do dia-a-dia antes de emigrar, mas a verdade é que a possibilidade de nos encontrarmos antes estava à distância de um telefonema e agora exige um avião, tempo e dinheiro.
Por vezes sinto uma certa inveja por terem tido a coragem de fazer as malas e partir para o desconhecido, para uma aventura que lhes pode mudar a vida, por outro acho que a saudade e o frio dos países que oferecem melhores condições que as nossas me poderia matar por dentro.
Quem sabe um dia, quem sabe?
2 comentários:
Emigra para Viena entre 19.05.2015 e 24.05.2015 para poderes ver o festival da eurovisao :)
Guarda já lugar na tua casa porque vou mesmo!
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