De todos os concertos, este foi provavelmente o mais bonito de todos, num espaço maravilhoso, o teatro São Luiz. Não conhecia o espaço e fiquei deslumbrado. Quase todas as minhas músicas preferidas foram percorridas, ficaram a faltar o "Oversize", o "I Would Love To" e o "You Won't Take Long" do primeiro álbum, mas já sabia à partida que este concerto seria mais centrado no segundo álbum, que tem músicas maravilhosas. Músicas como "Not There Yet", "Mom Says" e "Xico" não podiam faltar, mas na verdade acabo por gostar sempre mais das menos comerciais. O "She Walked Down the Aisle" não teve a participação do Jamie Cullum que provavelmente tinha alguma coisa combinada lá em Londres, mas foi cantada em dueto com o João Salcedo e arrisco-me a confirmar que esta versão é capaz de ser melhor do que a do Jamie. "Quando Te Vi" foi dos momentos mais intimistas e bonitos da noite, engraçado é que foi das músicas que mais demorei a gostar no álbum, e agora é das minhas preferidas, apesar do triste desfecho. Já não bastava eu adorar a Luísa, ela havia de escrever uma música sobre Paris, "I Was in Paris Today" é contagiante e faz-me imaginar nas ruelas de Montmartre a encontrar músicos de rua ao virar da esquina. Já o "Senhor Vinho" traz-nos logo de volta a Lisboa, a uma história de amor com um final feliz, que se passa no meu bairro, Alfama, e que me faz gostar ainda mais da zona onde vivo. "As The Night Comes Along" é uma música de perda, de uma senhora que ficou viúva, mas que insiste em não acreditar nessa realidade e como é dedicada aos seus avós, decidiu torná-la na música mais alegre do álbum. Por esse motivo, ela dança como se ninguém estivesse a ver, avisando antecipadamente que havia sido expulsa do ballet por alguma razão. Infelizmente não teve o António Zambujo a acompanhar o "Inês", mas teve um quarteto de cordas maravilhoso com ela que tornou este um dos meus momentos preferidos. Por outro lado, teve o Mário Laginha a acompanhar no "The Last One", música que eu ainda não a tinha ouvido cantar e que pelos vistos, foi a primeira vez que o fez em concerto. Um delicioso privilégio. Outra música que eu nunca tinha ouvido ao vivo e que é das minhas preferidas foi tocada de forma intimista a uns 4 metros de mim, sentada no chão com o João Salcedo, "Hello Stranger" provavelmente a música mais curta de todas com 1'38''. Ali pelo meio fez um medley de alguns covers habituais: "Toxic", "Não És Homem P'ra Mim", "My Heart Will Go On", "Wrecking Ball" e "Call Me Maybe", em versões muito próprias que puseram toda a gente bem disposta. Foi genial! "I Remember You" não foi por acaso a segunda música que mais ouvi no ano passado, roçando a música country, é das músicas mais alegres do seu repertório. Terminou como começou, sentada na cama que aparece na capa do álbum "There's a Flower in my Bedroom" apenas com a guitarra a cantar o "I'll Be Waiting". E ainda bem que terminou assim, saí felicíssimo do teatro.
Vou dormir que nem um anjinho!
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