Sempre compreendi a máxima do Garfield ao dizer que odeia as segundas-feiras porque tem tudo para ser um dia horrível por significar o início de mais uma semana de trabalho, mas na verdade nunca partilhei inteiramente esse sentimento. Na verdade, apesar deste dia ser o pior de todos na teoria, aquele que mais insatisfação provoca no humor das pessoas, na prática costuma ser um dos meus dias preferidos. Para mim, se fossem uma estação, seriam primaveras, porque de algum modo significam o início de algo, o renascimento de uma semana que se espera maravilhosa, uma explosão de boa energia. Por muito estranho que possa parecer, não sou fã de Domingos, costumam ser dias inférteis, de apatia generalizada em que geralmente estamos apenas à espera que o dia termine sem ter feito absolutamente nada de útil. Lembro-me de adorar as segundas-feiras quando era miúdo porque significava voltar à escola, não que eu não gostasse de estar em casa de papo para o ar, mas porque nessa altura valorizava mais o reencontro com os amigos da escola do que os dois dias seguidos sem estar com eles. Claro que isso mudou drasticamente por alturas da Universidade, quando já não brincava às escondidas ou trocava cromos de cadernetas que estivesse a completar, mas de qualquer modo sempre achei estes dias os mais enérgicos, os mais positivos e os mais rentáveis fosse para o que fosse. Tudo bem que nada supera a sensação de sexta à noite, em que até num dia de chuva me sabe ao início das férias de verão.
Incrível a quantidade de patachadas que consigo escrever apenas para exprimir que gosto de segundas-feiras. E com isto me despeço porque é o meu dia de trabalho mais preenchido da semana e eu tenho mais que fazer do que ficar a encher chouriços no blogue. Fui.
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