terça-feira, junho 24, 2014

Quem acredita põe a mão no ar!


A seleção de Portugal está de rastos e ninguém mais acredita que possa passar aos oitavos de final. Já não acreditavam aquando da convocatória, piorou após o primeiro jogo e levou uma facada no coração no jogo com os EUA. Portugal caiu com estrondo, mas não morreu definitivamente por causa de um golo nos últimos segundos. Nós portugueses somos assim. Temos o fado e um sofrimento a correr-nos nas veias e achamos que vai tudo correr pelo pior até prova em contrário. Temos todas as soluções teóricas para os problemas do mundo e conseguimos arranjar culpados para tudo. 
Pois bem, eu sou português e nunca deixei de acreditar. Nem agora, que precisamos praticamente de um milagre para conseguir sair do buraco onde estamos, já com os coveiros a lançarem pázadas de terra para cima das nossas cabeças. Lanço os meus bitaites, mas seria apenas estupidez achar que as minhas ideias são melhores que as do treinador, que se calhar entende um pouco mais do que eu daquilo. Agora é fácil chorar pela ausência do Quaresma, apontar o dedo ao Pepe ou insultar o Rui Patrício. Mas o que eu realmente desejo agora é que haja alguém naquela equipa que acredite realmente que o impossível pode acontecer. Que é possível golear o Gana e que a Alemanha vai ganhar aos EUA. Que o Cristiano Ronaldo vai justificar o título de melhor jogador do mundo. Que o Beto vai defender tudo o que houver para defender. Que o Moutinho vai fazer o jogo da sua vida. Que a defesa não vai vacilar. Precisamos de uma diferença de 5 ou mais golos. Impossível? Se tivermos os mesmo resultados dos grupos A ou B, a coisa pode acontecer. Mas nós não somos o Brasil, o México ou a Espanha? Melhor: somos Portugal. E eu estarei a aplaudir até o último suspiro.

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