quarta-feira, junho 18, 2014

Vem Dar Uma Voltinha na Minha Lambreta


A "Lambreta" do António Zambujo é de facto uma das minhas músicas preferidas, mas eu começo a levá-la demasiado à letra. Quem anda de mota compreende perfeitamente a minha paixão pela lambreta. A sensação de liberdade, o vento na cara, as 1001 possibilidades que ela nos proporciona, quando estou com ela sinto-me imparável. Por amar a liberdade e esta comunhão tão própria, estou sempre a pensar até onde podemos ir juntos e na semana passada, aproveitando os feriados, decidi ir ali ao lado, à Covilhã. Segundo o Google Maps, os 277 km por trajecto durariam 2h34 a percorrer, mas estas contas não estavam feitas para uma scooter de cilindrada 125, conduzindo entre os 90 e os 100 km/h. Contando com as 3 paragens necessárias por trajecto para gasolina e xixis, foram "somente" 4h20 sob um sol abrasador. Dito isto, até parece uma estupidez, mas quando eu meto alguma coisa na cabeça é difícil de me demover. E em vez de estar a festejar o Santo António no meu bairro, estive a ver a lua cheia às 2 da manhã a meio caminho da Serra da Estrela. Parecidíssimo. 



MAS, e depois de uma viagem de mais de 600 km, foi mesmo num passeio pequenino até à praia que fiz jus ao verso "Eu sei que tem um estilo gingão, volta e meia vai ao chão". Foi a queda número 5, tendo deixado algumas marcas, só para mostrar quem manda no pedaço. Neste momento e passadas duas horas, tenho a anca e o pé dorido. É bom que isto melhore senão vou ter de atirar tomates podres ao António Zambujo amanhã no concerto que vai dar na Praça do Município quando começar a cantar a famigerada canção. 

"Mas depois passa-lhe a dor, endireita o guiador e regressa de mansinho para o pé do seu amor".




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