Morar na Baixa de Lisboa é morar no meio da história e de certa forma fazer parte dela. Não tendo ainda a certeza se um dia virão turistas de todo o mundo visitar a casa onde moro e reviver o meu percurso, as minhas aventuras e as minhas conquistas, fica para já todo o protagonismo para as ruínas romanas da Rua da Prata. Abertas apenas 3 dias por ano, e já sabendo a data de antemão, acabei por não conseguir visitá-las o que me obriga a esperar mais 362 dias até nova oportunidade. Tudo bem que as filas até a Praça da Figueira não ajudaram muito, mas também esqueci-me de escrever na agenda (posso culpar um colega de trabalho por me ter roubado a caneta?) e o Pedro sem agenda é o mesmo que o Tom sem o Jerry, o Mickey sem a Minnie e o Calvin sem o Hobbes. Não existem. Entretanto é bom que as ruínas não caiam no próximo ano. Agora com licença que tenho um jogo de futebol para assistir no estádio de Alvalade e o Nacional precisa de mim.
Hoje temos vacas roxas da Suíça, Pirâmides perfeitas do Sr. Ambrósio e animais marinhos da Bélgica. Temos também Ovos cheios de surpresas, chocolates para depois das 20h e até discussões a propósito do último Mon Cheri. Amanhã temos diabetes.
domingo, setembro 26, 2010
sábado, setembro 25, 2010
"A Pior Amiga"
"A Pior Amiga" é o primeiro de muitos livros publicado pelo meu caro amigo Fernando Carvalho! Confesso que ainda não o li, nem o vi nas prateleiras da Fnac nem do Continente, mas também confesso que ainda não fui a nenhum desses sítios desde o nascimento do referido livro. Conhecendo o Fernando, não duvido um milímetro da qualidade da obra e agora já não terei de me desfazer em dúvidas na hora de comprar os presentes de Natal para algumas primas.
Se já plantaste uma árvore, já só te falta ter um filho!
Muitos Parabéns rapaz :)
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quinta-feira, setembro 16, 2010
Balanço do 1º dia no PXO
Adormeci ainda o barco estava parado, acordei quando já estava a atracar. Fui a pé até casa com a mala a arrastar pelo passeio esburacado. Mas por opção, o que para muitos é estupidez, para mim é apenas parvoíce. Fui comer um bolo e jogar-me do cais. Tirei 278 fotografias a dar o mesmo número de mergulhos até o Norberto ganhar a destreza de clicar no botão da máquina no momento em que eu estava no ar com cara de sôfrego. Enchi os pneus da bicicleta e comprei amêndoa amarga só para mim, não por egoísmo, mas porque mais ninguém gosta. Verifiquei se a minha árvore ainda estava de pé e estava mesmo. Fui para a praia e nadei na água mais quente que existe em Portugal. E na mais azul "cor-de-piscina". Adquiri uma leve cor avermelhada tal como planeava e comi amêijoas no meu bar de praia preferido. Assisti à chegada do Cristóvão Colombo ao Porto Santo mas a essa hora já só pensava em pregos no BOLO DO CACO (e com carne de VACA, imagine-se) e Brisas maracujá. Estou agora aqui, na sala de computadores da Câmara Municipal da cidade Vila Baleira a escrever estas coisas derivado que não conheço ninguém aqui nesta terra e que está aquele friozinho habitual das noites de Verão do Porto Santo.
Agora já só imagino a minha caminha e um começar de dia em cheio, com escaladas e passeios de bicicleta, para além dos mergulhos. Fico com água na boca ao escrever isto e nem referi o(s) mega queque(s) de chocolate da padaria que vou comer certamente.
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A propósito do meu TMN
Avisa-se que por motivos que provavelmente não me são muito alheios, o meu Samsung tornou-se rebelde e ficou com o ecrã táctil avariado da cabeça. Talvez se não o tivesse deixado ter tantos encontros imediatos com o chão a partir de alturas consideráveis, ele teria tido a dignidade de nunca me falhar e de não me deixar praticamente incontactável com o mundo. Idiota. Não eu, o bicho. Felizmente tenho ainda um Vodafone que me vai deixando ter uns breves momentos de contacto com a civilização, apesar de ser aquele telemóvel que ainda nem decorei o pin e me fez obrigar na semana passada a resolver esse mesmo esquecimento na loja do Chiado antes que escrevesse o código errado pela 3ª vez. Após alguns dias de interregno, o 96 voltou a ter vida, apesar de ser num telemóvel emprestado e já que falamos disso Duarte Nuno, só consigo falar com as pessoas se puser a tampa do telemóvel num determinado ângulo o que me obriga quase a utilizar um transferidor para que eu não perca o fio à meada com conversas do género "Estou? Quem fala? Não oiço nada. Sim? Está alguém aí?" enquanto do outro lado se ouve "Oi? Não estou entendendo. Sim? Estás aí? Deves estar sem rede. Oi? Zzzzzzzzzzzzz". Mas não estou a reclamar.
Recebi umas quinhentas e trinta e duas mensagens de tentativas de contacto que não sei a quem pertencem porque não tenho um único número de telemóvel lá escrito e eu apenas sei de cor os número verdadeiramente relevantes, nomeadamente o meu e um ou outro qualquer que teve a felicidade de ser contemplado com alguma combinação realmente fácil para a minha cabeça. Coisa pouca. No entanto, imaginem a diversão que é atender uma chamada de alguém que acreditamos à partida que nos conhece, mas que nós não fazemos ideia quem seja, a não ser que tenha um timbre de voz facilmente identificável. Acresçam ainda a dificuldade de comunicação nalguns ângulos já mencionados e imaginem isso tudo num sítio com pouca rede. Deve ser uma imagem bonita de se ver, duas conversas de mudos em que pelo menos uma das pessoas não sabe quem está do outro lado.
Agradeço portanto que identifiquem as vossas mensagens até eu recuperar os números e que não me telefonem a fingir vozes diferentes porque eu sou menino para ter pesadelos com isso.
Visita de Médico
Bastou o sorriso estampado na cara ao me verem chegar de surpresa para já ter valido a pena. Continuam iguais a sempre. Tomei um chá, não que me apetecesse realmente, mas que acabou por parecer o melhor chá de limão alguma vez tomado. Para eles bastou saber que eu estava bem e que gosto do que faço. A prima está uma mulherzinha e recebeu-me com um abraço de saudade.
Fez-me bem.
Fez-me bem.
quarta-feira, setembro 15, 2010
I'm Going Back Home
Dentro de algumas horas estarei a caminho daquele sítio que costumamos chamar "Lar, Doce Lar". O sítio onde crescemos e criámos raízes para depois arrancá-las para outros destinos. O sítio onde deixámos familiares, amigos e muitas recordações fotografadas e coladas em álbuns de fotografias com legendas das quais temos vergonha. O sítio onde ficou um pouco do nosso coração.
Tenho saudades dos meus Avós. De comer as refeições preparadas pelas Avós e ter o prato novamente cheio enquanto perdemos momentaneamente a atenção. De ir ao futebol ver o Nacional com o Avô Zeca e ouvi-lo chamar nomes ao árbitro mesmo que não esteja a cometer qualquer erro, é assim um verdadeiro adepto. De ouvir os sinos da Igreja de Santana e do pão quente amassado pelas mãos calejadas da Avó Cristina. Aquelas coisas que sabemos que só vamos valorizar quando não as tivermos.
Vou conduzir. E que saudades de pegar num carro, pôr a música aos berros e berrar ainda mais alto sem vergonha das nossas figuras. Que belo prazer que é conduzir.
Vou apanhar aquele barco para aquela ilha, para aquele areal, para aquelas montanhas, para aquela casa, para aquela paz e sossego, para as estradas onde ando de bicicleta sem destino, só eu e a minha música. "Home is where your heart is". Já tenho os planos traçados mas já sei que vou cumpri-los todos ao contrário. É a hora de alinhar os chacras e energizar-me. "The return to innocence".
Mal vejo a hora.
Tenho saudades dos meus Avós. De comer as refeições preparadas pelas Avós e ter o prato novamente cheio enquanto perdemos momentaneamente a atenção. De ir ao futebol ver o Nacional com o Avô Zeca e ouvi-lo chamar nomes ao árbitro mesmo que não esteja a cometer qualquer erro, é assim um verdadeiro adepto. De ouvir os sinos da Igreja de Santana e do pão quente amassado pelas mãos calejadas da Avó Cristina. Aquelas coisas que sabemos que só vamos valorizar quando não as tivermos.
Vou conduzir. E que saudades de pegar num carro, pôr a música aos berros e berrar ainda mais alto sem vergonha das nossas figuras. Que belo prazer que é conduzir.
Vou apanhar aquele barco para aquela ilha, para aquele areal, para aquelas montanhas, para aquela casa, para aquela paz e sossego, para as estradas onde ando de bicicleta sem destino, só eu e a minha música. "Home is where your heart is". Já tenho os planos traçados mas já sei que vou cumpri-los todos ao contrário. É a hora de alinhar os chacras e energizar-me. "The return to innocence".
Mal vejo a hora.
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sábado, setembro 04, 2010
O que acontece quando o Pedro tem tempo para limpar a casa mas não o faz porque acaba ficando a escrever coisas no blogue e no facebook
NÃO COMPREENDO! Juro que não. Mas sempre que tenho alguma coisa para fazer arranjo sempre alguma desculpa para ficar mais um minutinho agarrado ao computador. É porque resolvi postar uma música nova. É porque alguém actualizou fotografias. É porque alguém comentou alguma coisa e eu tenho de responder. É porque de repente o facebook se torna um chat tipo MSN e é rude abandonar a conversa a meio. É porque entretanto começou uma música no aleatório que se deve ouvir relaxado e não a trabalhar. É porque entretanto recebo a notícia de que a Laura vem a caminho de Lisboa e precisamos celebrar isso. É porque o Igor está em Lisboa e também precisamos celebrar isso. É porque a Helena Garden está em Lisboa para sempreeee e precisamos festejar isso. É porque eu me sinto feliz e faço questão de celebrar isso mesmo das melhores maneiras possíveis. Arf!
E os copos, os pratos e as panelas continuam por lavar. A roupa por lavar e dobrar. As coisas espalhadas pela casa. A Laura vai ter muito trabalhinho pela frente! E por trás!
E TENHO DE ME DEIXAR DE POSTS COM TÍTULOS GIGANTESCOS COMO OS DA LAURA! Mas também és a única que me lê, arf!
O Mistério das Escovas de Dentes
It's blueeeee, bright blueeeeeee, Saturday hey hey! Sim, eu podia ficar aqui o resto do dia a cantar o "A&E" dos Goldfrapp, mas tenho mais que fazer nomeadamente terminar este post e limpar a casa, que mesmo vazia consegue estar sempre desarrumada! Sábado, dia de sol, não vou trabalhar. São 16h36 e ainda não saí de casa. Por boas razões obviamente. Será a lida da casa uma boa razão? Pedro, está mas é caladinho e começa a escrever sobre o que puseste no título deste post.
Ah bom.
Desde que estou a morar sozinho, aliás, eu, o Aloé Vera e o mosquito que (ainda) está no tecto do meu quarto que não consigo compreender uma coisa. Porque razão existem 5 escovas de dentes na minha casa-de-banho? Ok, duas são minhas, sobram três. E o mistério descomplica-se.
Terei acolhido algum(a) amigo(a) cá em casa que se tenha esquecido da sua? Joana? Lénia? Lino? Magda? Kuba? Anyone? No... DUST! Anyone? No... DUST! - Pedro vais ter de deixar de ver Little Britain todos os diaaaaaaas! - Terá sido a Laura que se tenha lembrado de deixar uma para marcar território? É que ter uma escova de dentes na casa de outra pessoa é de uma complexidade imensa. Não é qualquer escova de dentes que pode chegar, ver e vencer um lugar de no lavatório de uma pessoa! E o mistério adensa-se. Colocada de parte a hipótese de ter dado autorização a alguém que, porventura, tenha pernoitado na casa da Madalena, as pistas começam a escassear. Excluo também a teoria das escovas de dentes se terem reproduzido durante a noite.
Desse modo, procura-se a resposta a mais um mistério das águas-furtadas da Madalena. Donos das escovas, pronunciem-se senão vou ter de me desfazer delas para sempre. Como a Olinda!
quinta-feira, setembro 02, 2010
E eis que o blog renasce após um Verão maluco cheio de coisas para contar, mas tinha de recomeçar logo com um texto chato, fogooooo!
E eis que toda a gente chega a essa encruzilhada. Mais cedo ou mais tarde vais-te aperceber que a tua relação já não é o que era. Já não sentes aquele friozinho na barriga como no início, já não te apetece fazer aqueles jantares elaborados quando a outra pessoa chega a casa, já dás por ti a olhar demasiado tempo para quem passa na rua. Até na intimidade já despachas as coisas porque tens mais que fazer e trabalhas no dia seguinte. E perguntas-me o que fazer quando já está instalada a traiçoeira rotina e conheces alguém que te deixa a pensar demasiado nela. Não sabes o que poderia acontecer, mas estás tentada a experimentar a ver o que dá. Estás portanto nesse limbo, de um lado uma relação monótona mas segura, de outro, a adrenalina e o pulsar desencadeado por uma pessoa nova com sangue fresco. Nunca estiveste nessa situação e não sabes o que fazer. Pedes-me conselhos? Não sei se te serei muito útil, até porque por mais que tos dê sabes o que vai acontecer? Irás sempre fazer o que te apetecer na altura. Tu és assim, eu sou assim, todos são assim e assim continuaremos. Vais colocar os pratos na balança em pelo menos algum momento. Mostro-te aquele excerto do "Closer" em que o Jude Law confessa à Natalie Portman que anda a traí-la há um ano com a Julia Roberts e lembro-te que há sempre esse "momento" em que podes decidir o que vais fazer. O que te digo? Que não ajas de ânimo leve, há tentações que não passam disso, pequenos testes que vão colocando no nosso percurso e que não valem a pena o esforço. Digo-te o que costumo dizer, na tua vida vais-te cruzar com uma imensidão de pessoas mais giras, mais inteligentes, mais divertidas do que a pessoa com quem namoras ou estás casada, mas estará sempre nas tuas mãos avaliar se o que tens vale a pena ser posto em risco. Se essa "tentação" for boa demais e te proporcionar garantidamente mais felicidade que a que tens, então aí arrisca. Vai em frente! Temos de desejar sempre o melhor para nós, ninguém o fará por ti.
A única coisa que te peço, e que tento fazer todos os dias com todas as pessoas à minha volta, é que te mantenhas uma adepta da VERDADE e da sinceridade. E em relação a isso sei que não me vais desiludir.
Foto: Corbis
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