segunda-feira, setembro 15, 2014

PES e Carol vão ao IKEA


Nada como mudar de casa para torrar uns valentes euros no IKEA. A verdade é que ir ao IKEA é sempre uma experiência inesquecível, é como ir a uma Euro Disney para adultos mas com corredores infindáveis e carrinhos, mais divertidos que os de choque, que se enchem misteriosamente de coisas. Montanhas russas, apenas as emocionais, já que vamos da estupefacção por conseguirem criar praticamente a casa dos nossos sonhos num espaço de 30m2, à depressão por nos fazerem sentir os piores decoradores à face da terra e até à esperança de que a partir desse dia a nossa vida será muito melhor, mais colorida, iluminada e cheia de alegria e vasos feitos a partir de escorredores da loiça. Faz parte da experiência experimentar camas, sofás, sentar à secretária e fingir que estamos a ler um livro na sala de estar da nossa casa. Foi "mais coisa, menos coisa" o que aconteceu.




A minha cama já sobreviveu a duas mudanças de casa e apesar de terem sobrado algumas peças nesta última montagem, ela continua de pé, por isso apenas precisámos escolher a cama e o colchão da Carolina e a julgar pela felicidade dela, a cama será a sua melhor amiga daqui para a frente. E agora, enquanto escrevo isto deu-me um sono do catano. 







Para a sala precisávamos de uma mesa e cadeiras. A mesa apesar de não ser a mais maravilhosa do mundo aos meus olhos, era a melhor que se podia arranjar, agora já podemos sentar 10 pessoas à mesa, coisa que provavelmente nunca irá acontecer, mas ao menos ficamos com essa possibilidade. Já as cadeiras, quase andámos à pancada para escolhê-las, ela queria as transparentes, eu as brancas. Pedimos a ajuda do público e as opiniões dividiam-se. Eu derramei algumas lágrimas, uma ou outra de sangue e tudo. A Carolina queixava-se de eu querer montar uma casa de praia na Comporta em plena baixa lisboeta e de estar "preso ao passado", já eu queixava-me que mais tarde ou mais cedo eu iria partir a cadeiras de design porque são óptimas para balançar. Após termos andado à porrada na secção de cozinha, acabei ganhando e trouxemos as cadeiras que eu queria, mas terei de ceder na próxima indecisão que aparecer. Espero que ela não deseje um naperon em cima da televisão.



Isto sou eu apenas a fazer de parvo.






O sofá foi uma decisão difícil, não por termos opinião diferente, mas porque não nos apaixonámos loucamente por nenhum deles. Eu queria um que satisfizesse as minhas necessidades de sestas a meio da tarde, a Carolina, um que a fizesse parecer uma imperatriz linda e maravilhosa a repousar de forma sensual nos seus aposentos enquanto um pintor do Renascimento pinta o seu retrato.


Esta foi a PIOR arrumação de caixotes alguma vez vista no IKEA, prémio atribuído pela senhora da caixa, mas eu acho que ela não é visionária nem consegue pensar fora da caixa. Porém esta estrutura obrigou-a a sair da caixa com a pistola que lê os códigos de barra, porque eles apontavam para todo o lado. Arte, percebem?




O desespero da conta que quase esgotou o rolo de papel da caixa registadora e a incerteza da Carolina em relação à minha capacidade em montar as coisas todas que comprámos. O meu olhar não está dirigido para a câmara porque:
a) eu estava a olhar para a máquina dos chocolates
b) sou estrábico
c) sou apenas parvo

Fica a questão no ar.


Hoje já só falta a cama da Carolina. A mesa, as cadeiras e o sofá já estão de pé graças à ajuda da Laura, do João, da Raquel, da Paula, do João Pedro e do Rui. E assim se estreia um sofá, com a Carolina de pernas para o ar e bolo de iogurte da Raquel. 

Sem comentários: