domingo, outubro 29, 2006

Ali serei feliz !


Aiiiiii viajar ! Conhecer o Mundo ! Sair da nossa ilha, atravessar o mar, países e aterrar em locais que só conhecemos por fotografias ou por termos visto na televisão ! Ok, não é que eu tenha experiência de viagens, porque o mais longe que fui foi a Vigo. Mas tenho aquele bichinho irrequieto cá dentro que me faz querer pegar numa mala, enche-la de roupa (de praia ou neve) e abalar para outro destino. Um dia irei às ilhas gregas, a Roma, Milão e Veneza, a Londres no Natal, a Nova York (siiiim, eu sei que há que vá lá em breve, escusam de me estar sempre a jogar isso à cara ! bah !), à Califórnia, ao Peru para ver o Machu Picchu, ao Haway fazer surf com os tubarões e dançar o Hulla, à Ilha de Páscoa fazer caretas às estátuas, a Chammonix jogar-me pá neve, às praias do Brasil, à Jamaica cantar um reggae, ao Egipto cumprimentar os faraós, às Desertas ver os Lobos marinhos, a Odivelas ver a Maria, a Pena, o Tiago, a Rute e o Nuno, a New Jersey para ver os emigrantes e aos Açores para ver e nadar nas lagoas.


Quero ir a mais sítios, mas são muitos para mencionar todinhos ! Mas com estes lugares, já ficava feliz ! Por agora que não há money money, vou sendo feliz aqui na Madeira, destino de sonho para muito boa gente ! E no ilhéu do lado, que me faz ainda mais feliz !


E você, adonde quer ir ? E adonde já foi ?

quinta-feira, outubro 26, 2006

Correcção e Confirmação



Para quem segue a saga dos Chocolates, Doces e Afins desde o início, venho por este meio corrigir e confirmar afirmações ditas em posts antigos:


Correcção:

Os deuses não moram num 4º andar com vista para o Mundo !


Confirmação:

A luz ao fundo do túnel existe e agradeço por isso !

terça-feira, outubro 24, 2006

sábado, outubro 21, 2006

The real "me"


Este é o post para gáudio de todos os meus fãs ao longo deste mundo !
Sim, eu sou muita convencido. E sou muita bom mesmo, acho-me o máximo, melhor que todas as outras pessoas. I'm the best, fuck the rest ! Povo reles, não quero por perto. Ah e sou cabrão. Gosto de mim acima de tudo, sou muito self-centered, primeiro estou eu, depois eu, e depois... eu novamente. E só faço amizades por interesse.

Resumindo, sou péssimo.


Agora, não precisam falar disto às escuras, não deviam ter medo de dizer aquilo que acham que eu não quero ouvir.
Eu já ouvi de tudo...

Uma é minha, outra é tua, outra é de quem agarrar

Deixei o Itunes aleatório exprimir o que lhe ia na alma, afirmando convictamente que "I want to be eviiiiil.... I wanna be nastyyyyy... I wanna be crueeeeeeel", berrando de seguida que eu estava "horny horny horny tonight" ! Pensando com mais calma, o Rob Thomas contou-me que isso devia ser porque "I'm not crazy... I'm just a little unwell" ainda assim pedia "stay a while and maybe then you'll see a different side of me".
A Sara e o Nuno confidenciaram-me que tratava-se de "amar-te assim perdidamente... e dizê-lo cantando a toda a gente !" para no momento seguinte perceber que tudo não passou dum efémero momento de amor frustrado no meio de lamúrias cantadas pelo Caetano "aaahhh, porque estou tão sozinho... ahhh porque tudo é tão triste...", e apesar de pensar que a tristeza ia durar muito muito tempo, apareceu alguém que me disse "Come a little nearer baby Cause you'll heal over... Heal over Heal over someday", é sempre bom ter alguém por perto para nos dizer o que sabemos que vai acontecer, sabendo no entanto que as palavras dos outros não mudam o que diz o coração. Pensava cá para mim, principalmente nestes dias de chuva que "I want to wake up with the rain falling on a tin roof while I'm safe there in your arms" ao som da doce voz da Norah. Era inevitável que tinhas ido embora como o Pedro relembrou mas "Como vou esquecer-te, Como vou eu perder-te, Como vou eu lembrar-te...Se a metade que parte é a metade que tens" ? Ainda assim sonhava e o Robbie pedia "Tell me a story where we all change and we'd live our lives together". "If you could have one day, pure and simple happiness...Until that moment comes, I'll be here where I've always been" complementaram os Scissor Sisters...




Podia ser a história de qualquer um

quarta-feira, outubro 18, 2006

Os Fundos (poema a dois mas q mais parece a 5 ou 6)


Eu queria era para sempre
para sempre é mto tempo
mas acabaria por passar num instante
sou eu ?
não, é o ovário
viveiro de vidas em miniatura
aguardam, aguardam pelo muito esperado
virei de um nevoeiro cerrado
entrarás pelos fundos
onde o sol não brilha
onde tudo o que pode ser visto é escuro
onde me perco na escuridao de um mundo
agarro.te! não te deixo esvair
agarro-te, não te quero ver cair
no poço da vida
oh triste sina de minh'alma
e vais tão fundo q consegues dar a volta!
giras, giras que até entontece
qual órbita estonteante
caindo em buracos negros de ausência...


Sof and Pete 381

segunda-feira, outubro 16, 2006

Message in a Bottle

There you go...

Uma mensagem dentro de uma garrafa há muito esperada. Mais do que o salvamento do remetente, aguardava ansiosamente o destinatário para proceder ao resgate de algo que nem sabia bem do que se tratava. Pretendia empunhar a espada e lutar contra bruxas e dragões para salvar o desejo de uma avidez utópica.

"They walked in and told me that you'd gone"

Escorregou a espada, caíram as defesas por terra. Mas nem por isso havia sinais de dragões, bruxas ou outras criaturas maquiavélicas. Na verdade, no reino das noites de estrelas as armas pouco sentido faziam, contra nuvens brancas despidas, nem espadas, nem trovões nem lágrimas pareciam fazer sentido. Os ventos em frenesim nem se decidiam para que lado soprar, baralhando todas as direcções possíveis.

"We'll join our hands again someday
And trade kisses before night "

No litoral recortado era certo que mensagens em garrafas não iam bater mais, talvez aviõezinhos de papel que conseguissem alcançar a proeza de atravessar oceanos pudessem aconchegar almas no reino das estrelas, que ainda assim brilham do alto das suas tristes utopias. Lá vem mais um ! Agarra-o rápido ! Vê lá que notícias te traz... Não reclamam salvamento, dissipam saudades do que nunca aconteceu.

"Here in my heart
You'll be on my journey
Wherever I go, whatever I do"

Despenham-se aviões de um papel pautado, envelhecido pelo tempo, um atrás do outro. Com o tempo as viagens serão menos, menos, menos... Poderiam construir um avião novo, moderno, que atravessasse destemidamente as nuvens brancas e negras, mas o orçamento seria excessivo, incomportável até. Arriscado !

"We'll be together oh someday
And watch over the stars at night"

Entre aviões, garrafas, submarinos, balões de ar quente, todos sedentos de rasgar os céus ou as marés dos oceanos, apenas ficam as nuvens onde anjos vestidos de branco e de cabelo louro aos caracóis comem cerejas olhando a terra. Mas nem o Anjo Gabriel juntaria continentes ou construiria pontes. A mensagem na garrafa demoraria mais 9 meses a alcançar a costa contrária...

Heaven, heaven was calling you
Heaven, heaven needed you

sexta-feira, outubro 13, 2006

Baú de Recordações - 14 de Janeiro, 2006


Vá lá o dia ajudou. Foi tão belo ! Bicicletas todo o terreno em acção, motivo para muita adrenalina e cenas hilariantes ! Para a Teresa, em vez de BTT era mesmo TTT -- Teresa-Todo-o-Terreno ! Era ver bicicletas a cair em buracos. O Fiscal Félix que consta que voou junto a uma palmeira. O Afonso que fez questão de mostrar ao mundo a sua unha do pé levantada pelo malho que o vitimou. Havia depois aqueles que por experiências não muito agradáveis em criança, não se aventuraram muito na arte de pedalar. Apreciei igualmente observar a minha bicicleta a fazer uma cambalhota à frente quase perfeita. Vá lá eu não acompanhei o movimento, em vez disso fui jogado pa frente. Vá lá caí de pé. O contacto com a Natureza foi, diria mesmo, tocante. Tocante mesmo no sentido de haver quase a necessidade louca de tocar na terra. Eu pelo menos fiquei meio castanho por causa dela. O ácido láctico acumulado de tantas subidas ranhosas fez-se sentir, mas nada de preocupante. Não foi ninguém parar à Prainha à força, já não foi mau. Depois seguiu-se a Orientação. Meia desorientada. Temos uma lógica extremamente apurada para encontrar as balizas: "Vamos para ali que deve tar ali po meio das árvores"... Isto quando não era "Hey, eles encontraram a baliza, vamos atrás deles". Sim, porque a partir da baliza 2 até à 12 a competição foi quase que colectiva, os pares iam todos juntos. Gostei da lama. A Arantxa também, até demais. Não havia necessidade de chafurdar, aquela lama não sei se teria minerais e elementos essenciais para uma pele perfeita. Acho que não. O Félix lá barafustava (não cheguei a perceber porquê), insistia convictamente em ganhar medalhas de merda. Não sei se era esse o seu desejo, mas se fosse eu não tava interessado em ficar no podium então! A Lénia ia interpretando o mapa e eu lá saltava montes e rochedos qual coelhinho da Páscoa a fugir de caçadores. E a Lénia era a coelhinha. E subitamente esta conversa parece pornográfica. Passemos à frente. Estimei que o professor se tivesse enganado na colocação das balizas 10 e 11 (Grrrrr). Como prémio da minha frustração do 5º lugar, tive de apanhar as ultimas 4 balizas. Como o Leandro e o André resolveram se perder pelo caminho, tirei a última baliza não permitindo que eles terminassem a prova ahahah! Mas lá acabei indo com a Teresa e Edgar recolher as balizas deles também. E foi porreiro ficar deitado na erva a apanhar o sol das 13 horas e a conversar um bocado. Porreirinho mesmo ! Lá Dinarte e Petra foram pas compras e po Euromilhões (13 pessoas a fazer euromilhões numa sexta feira 13 não deu muito resultado). Os índios não nos permitiram montar estaminé no miradouro e lá tivemos dir po Pico do Facho. Vi o meu Porto Santo à distância. Observação: O CANIÇAL NÃO TEM UMA TRETA DUMA FONTE??? Enfim. Lindo, o bando de abutres a comuereeeee ! Semes meme javardes ! Ficámos a saber que o André sabe enfiar a carne. Não sei se precisávamos saber isso. Eu posso não saber meter direito, mas pelo menos o meu espeto tinha mais carne. O espeto do Leandro. Da espetada para quem não tenha percebido ainda. De referir a importância de relacionar as variáveis em jogo que o Leandro sublinhou convictamente. Foi comuere, bebuere e arrotar o almoce ! E um cafezinhe financiado pelo Prof Nóia em M-A-C-H-I-C-O (Machique, Machique, Machique !!!). E mais uma vez a minha alegre ingorância ao perguntar o que era "blow job" suscitou o riso sonoro de muita gente. Porque raio vão dar esses nomes a shots ? Tá mal ! Mas uma coisa é certa. Foi um dia de se lhe tirar o chapéu! Mas o dia tem chapéu? Outra variável a equacionar. Pedro, acorda! Mesmo não ganhando o Euromilhões! Ganhou-se muita coisa.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Baú de Recordações - 10 de Janeiro 2006


Não era mais um dia de chuva. Chovia. Mas era diferente. Reparem. Nos dias de chuva toda a gente anda aborrecida nas ruas. Os guarda-chuvas esbarram uns nos outros. É ver-nos a queixar para nós próprios de como são incomodativas e mal-educadas as outras pessoas que não desviam o guarda-chuva. E quando passamos debaixo de uma goteira que parece que foi posta ali mesmo para chatear. Isto para não falar dos carros. Sim. Os condutores devem se divertir imenso a passar por cima daqueles lagos que se formam na berma das estradas. E os autocarros nesses dias são para se evitar vivamente. Só o cheiro que fica de tanta gente transpirada ali dentro é digno da mais sentida náusea. É saltitar sobre as poças de água, não vá a água infiltrar-se nas entranhas do calçado. Tarde demais. Já estão encharcados os sapatos. Mas naquele dia era diferente. A chuva não aborreceu. As pessoas não incomodaram. O cheiro de suor não surgiu. Fui dar por mim a calcar propositadamente as maiores poças com que deparei. Não me afastei dos carros que teimosamente insistem em querer lavar os peões. Riem-se? Eu também. É verdade. Não é conformar-me que os dias chuvosos são negros e aborrecidos. É aceita-los como são. É compreende-los. E sabem que mais? Gostei. Deu-me uma sensação de liberdade. Aquela sensação de ter mais água dentro dos sapatos do que na própria rua divertiu-me. Para as pessoas não era mais que um pateta alegre. Mas alegre. É verdade. Os dias de chuva são cinzentos. Mas não me senti minimamente escurecido pelo estigma dos dias de chuva. Está tudo na forma se olha. Como se sente. Bela tarde aquela !

7 Novas Maravilhas do Mundo !





Para os mais distraídos, está aberta a votação para eleger as novas 7 Maravilhas do Mundo, já que as outras, as velhas, já não existem, à excepção das pirâmides de Gizé.
É pena, teria sido engraçado visitar os Jardins Suspensos da Babilónia ou ver o Colosso de Rodes ou mesmo a Estátua de Zeus...

Os 21 novos candidatos são:

1 - Acrópole
2 - Alhambra
3 - Angkor
4 - Pirâmide Chichan Itzá
5 - Cristo Redentor
6 - Coliseu de Roma
7 - Estátuas da Ilha de Páscoa
8 - Torre Eiffel
9 - Muralha da China
10 - Basílica de Santa Sofia
11 - Templo de Kiyomizu
12 - Kremlin e Praça Vermelha
13 - Machu Picchu
14 - Castelo de Neuschwanstein
15 - Petra
16 - Pirâmides de Gizé
17 - Estátua da Liberdade
18 - Stonehenge
19 - Ópera de Sidney
20 - Taj Mahal
21 - Toumbouctou

Para votarem, basta ir ao site, preencher umas cenitas para lá e escolher as 7 preferidas ! Eu ainda não votei porque eles ainda não me enviaram o email a confirmar, o que acho indecente. Mas já escolhi, demorei imenso tempo, isto de nos darem poder para as mãos dá nisto ! Parecia que estava a decidir o futuro da civilização !

terça-feira, outubro 10, 2006

Nobody ever told me not to try...

Uiiiiii grande Verão ! A melhor estação do ano ! No melhor lugar para se aproveitar as férias, ou seja, Portooooo Santooooooo !
Este vídeo é apenas o 1º das férias !

Aqui ficam os protagonistas, por ordem de aparecimento no vídeo para não brigarem:
Cunhadita Andreia Santos
Pedro, "O Bonitão" (sim, eu mesmo !)
Rafa dos Açores
Irmão Duarte Nuno
Prima Raquel, a das conversas decentes
Primo Guilherme
Tia Teresinha
Mãe Julianinha
A minha bola de areia redonda e perfeitinha
Pai Norberto
Avó Juliana
Avô Zequinha
O eterno amor de Verão, Catarina Velosa
A revista Maria + Rita Pereira
Miana
Ana Festas
Vasco Festas
António Festas
Miguel Festas (esta família é de Cascais, daí as Festas)
Sara Costa
Luísa Vieira
Leninha
Professora Tânia
O dono do Keops que não sei o nome !

Vamos abolir o "LOL"


Ó minha gente ...
Eu a pensar que seria uma moda efémera, mas NÃÃÃÃÃÃOOOOO !... O "LOL" chegou há muito tempo e promete ficar !
Durante muito tempo permaneci na santa ignorância, sem saber o significado de tal vocábulo utilizado como se não houvesse amanhã pelos cibernautas deste planeta. Até que certo dia alguém, não me lembro quem e peço desculpa pela memória de peixe, me satisfez a curiosidade... Dizem que significa "laughing out loud" ! Bem... aqui ficam alguns excertos de conversas interessantes em que estas 3 letrinhas são utilizadas:
Ele: Olá, tudo bem ?
Ela: Ya, e contigo ?
Ele: Também !
Ela: lol
...
ALTO LÁ ! ! !
Porque raio escrever "lol" ali ? ? Por acaso "ele" disse alguma piada que faça a miúda rir ? Enfim...
______________________________
Ele: E que tens feito ?
Ela: Tenho ido à praia, ao cinema...
Ele: E que filmes tens visto ?
Ela: Bem, ainda há dias vi a "Casa de cera", LOL !
...
HEY, HEY ! ! !
Quem é que se ri em filmes de terror ? Digam-me ! Quem ? Hum... esqueçam esta, eu rio-me em filmes de terror... Ya, esqueçam mesmo esta, é normal uma pessoa rir com a Paris Hilton !
______________________________
Ele: Eu tenho ficado por casa, caí ontem e torci o pé :-/
Ela: lol
...
LOL ? LOL ? O gajo parte-se todo e ela ri-se ? Havia de ser ela a ficar entramelada !
______________________________
Ele: Olha, tens músicas porreiras que me possas mandar ?
Ela: Sim ! Tenho aqui umas do Eminem...
NOTA : Aqui eu deixo usar o "LOL" à vontade, mesmo detestando a palavra em questão.
Ele: Não obrigado, já tenho todas dele.
NOTA 2: Mais uma vez podemos usar o "LOL" à vontade depois duma barbaridade destas.
Ela: Bem, mas se quiseres tenho aqui umas anedotas do Fernando Rocha... LOL
...
PAREM TUDO ! ! ! O quê ?? Anedotas do Fernando Rocha ? Ela deve estar sendo irónica, certo ?
______________________________
Como pessoa cultivada que gosto de ser, recorri a uma enciclopédia online e encontrei estes significados:
1 - (Internet slang): Laughing out loud
2 - (AOL slang): Laughing on line
3 - Lots of love
4 - Lots of luck (used sarcastically to indicate much luck is needed)
5 - Loyal Orange Lodge
6 - Little Old lady
Assim sendo, quando alguém me disser "Eu tenho muito carinho por ti", respondo "LOL" para retribuir a simpatia (lots of love)
Quando vir uma senhora velhinha e baixinha vou exclamar "Vejam, aquela LOL precisa de ajuda para atravessar a estrada"
Ai, ai...
E uma facto que já tive o prazer (ou desprazer) de constatar, é que tendo a webcam ligada durante uma conversa, por muito que a outra pessoa escreva "LOL" não se consegue detectar um esboço de algo a que se possa chamar sorriso, OU SEJA, esta gente já usa o "LOL" de forma tão automática que nem se importa em pensar sequer se o que acaba de ler tem alguma piada.
Ah, e quantos mais O's tiver, maior é o divertimento supostamente. Um "lol" é diferente dum "loooooooool" !
Gostava de conhecer o fabuloso inventor de tal abreviatura para lhe apertar a mão. E de preferência com uma força tal que lhe parta os ossos das mãos e o impeça de poder escrever mais "lol's" na sua vida !
Será que ainda nos lembramos da vida antes do "LOL"?... Como manifestavam o contentamento numa carta ? Será que desenhavam uma carinha sorridente ? Uma questão filosófica !
Quem fica contente são as professoras e professores de Português ! Graças às facilidades cibernéticas podemos descrever numa linha o que antes se descrevia em 3. É realmente obra conseguir condensar em 3 letrinhas apenas um sentimento de alegria, de júbilo, de bem-estar com a vida !
Mas a ideia é esta mesmo... Telemóveis mais pequenos, discos mais pequenos, computadores e electrodomésticos mais pequenos, frases mais pequenas... CAPACIDADES COGNITIVAS MAIS PEQUENAS...
Estará a evolução humana tomando atalhos para o retorno ao primitivo ?
Mas voltando ao assunto, o tão famoso "LOL" (que giro, é uma capicua, deveras impressionante), há que confessar que mesmo sendo ridículo e duma basicidade tremenda, uma pessoa sente-se tentada a utiliza-lo... O raio das letras estão tão próximas no teclado !
Por isso, apesar de subitamente embaraçado, confesso-me "LOLólico" mas não anónimo ! Por isso peço ajuda a quem me possa ajudar a desembraçar desta dissonância cognitiva !

Raios partam o LOL !

Pouco mais


Noite quente

Lua cheia

No meio da serra

Norah Jones

Velas acesas

Um cão ao colo...



Não se pode pedir muito mais...

segunda-feira, outubro 09, 2006

Baú de Recordações - 5 de Dezembro, 2005


Nesta maré de Dezembro
Quis deixar meu pensamento
Quis evitar o sentimento
O nó na garganta
Num adormecer
Num fechar de olhos
Deixar o som invadir-me
Apenas o rebentar de uma onda
E o vento de maresia
Traz um breve sopro de um dia
Apenas mais um dia
Na imensidão do calendário
E eu espero por ti, sedento
Por mais um beijo
Um murmúrio
Pelo calor que este raio de sol fugidio
Que me aquece nesta praia
Nesta maré de Dezembro
Procurei-te
Nas dunas, no seu canavial
Na espuma das ondas
No areal
Sabendo que o teu mundo
Está num só grão de areia
Detenho o meu olhar
Duas conchas
Trazidas na calmaria do mar
Fazem-me acreditar
Que elas sendo diferentes
Se complementam
Guardo-as na palma da mão
Sinto-as
O horizonte lá ao fundo
Escreve a tinta indelével
Que o mundo não acaba ali
Por isso espero por ti
Alma pesada, agora mais leve
Sem esquecer a realidade
Traz-me aquela onda a vontade
Onde a fui buscar ?
Ninguém sabe
Não, o mar não está bravio
Tem aquele desejo sadio
De querer continuar o ciclo
Maré vai, maré vem
Tanta vez que nem me lembro
A caixa está aberta
Com o conforto da ondulação
Espero por ti
Nesta maré de Dezembro

sexta-feira, outubro 06, 2006

Em Feschta Académica !


Uélélé gente gira !
Vítor, Lénia, Petra, Sofia, Rafa, Daniel (o emplastro, já que ninguém o conhecia mas agora já sabemos quem é, simpático até) e moi même !
Aiiiiii como eu adoro o Copacabana !

Baú das Recordações - 16 de Novembro 2005


After the rain comes sun... After the sun comes rain again...
Na indecisão entre o sol e a chuva, aparece o arco-íris... Aparece, ora para anunciar a chegada da chuva, ora para anunciar a chegada do sol... É no fundo o elemento conciliador entre a tempestade e a bonança.
Típico dos contos infantis e histórias cor-de-rosa em que entram princesas e cavaleiros com finais inevitavelmente felizes, hoje em dia perdeu-se um pouco da fantasia a que estávamos acostumados... A ciência veio dizer que...
O arco-íris não existe realmente !!!
É a triste realidade ! Não passa de uma ilusão de óptica ! A luz do sol é separada no seu espectro quando o sol brilha sobre gotas de chuva...
E lá se foi por água abaixo (pela chuva que teima em cair sobre a minha cabeça) a ideia de que existe um pote de ouro no final do arco-íris, um tesouro de um duende à minha espera... Até porque tentei procurar o arco-íris, onde terminava, mas confundi-me... Não sei onde é o princípio, nem onde é o final ! O novelo na minha cabeça adensou-se, perdi o controlo das suas extremidades. Tal como as extremidades do arco-íris.
E aqui vou estando eu, somewhere over the rainbow. Gosto de estar aqui. Observando o vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.

This is "the land that I heard of once in a lullaby".

Cronicamente optimista, gosto de associar o arco-íris à bonança, ao renascimento do sol, ao renascimento da Natureza.
Um porto de abrigo.

Somewhere over the rainbow
Skies are blue
And the dreams that you dare to dream
Really do come true

Sim, é verdade !
Os sonhos ali realizam-se !
Num céu azul, numa nuvem branca e fofinha ali vou ficando. E sei que o meu arco-íris nunca me desilude !
E não me venham dizer que é só ilusão de óptica ! Para mim o arco-íris é bem real !

Sinto-o !

quarta-feira, outubro 04, 2006

Baú de Recordações - 10 Novembro 2005


Aqui ficam umas dicas para preparar uma canja de galinha fantástica, segundo Leonor Espírito Santo !

1º Vamos ao mercado pedir uma galinha viva emprestada;

2º Levamos a galinha para casa e preparamos uma panela com água quente;

3º Damos um banho à galinha;

4º Secamos e penteamos a galinha;

5º Devolvemos a galinha no mercado;

6º Deitamos arroz na panela na qual demos banho à galinha;

E tá pronta a ser servida uma deliciosa canja !


PS: se aparecer algum pedaço de carne, não se assustem, foi um beliscão que alguém deu à galinha !

O último gajo do União

segunda-feira, outubro 02, 2006

Quando a máquina não pára...



There you go !

O Copacabana tem o prazer de apresentar,

Miss Fabiana Músculos de Homem e Mr. Pedro Músculos de Mulher !

Não perca a próxima Noite Rock, porque nós também não !

Ei meinhas mousicas !

Aqui fica a lista actualizada do que mais oiço nos últimos tempos ! Tem algumas músicas diferentes da última lista que coloquei. De referir:
PINK - "Who knew" :
Absolutamente viciante, oiço vezes sem conta, como se pode
reparar.
Aquela voz liiiiiinda, a atitude ! Uiiii
ANA CAROLINA - "Garganta" e "É isso aí":
Garganta é uma música muito forte,
sobre uma mulher que vai comer um homem e abandoná-lo, a sacana ! Mas a piada tá
aí ahahah !Depois o "É isso aí", é uma versão do "The Blower's daughter" do
Damien Rice, com o Seu Jorge, mais uma que mostra a poderosa voz desta cantora
que não conhecia bem até há pouco tempo.
STEREOPHONICS - "Pick a part that's new":
Já tem alguns anos esta música mas
tem um som de Verão, quer dizer, pelo menos faz-me lembrar.
E eu até nem sou
fã do grupo, mas esta é digna de registo !
DES'REE - "Indigo Daisies":
Uma música muito envolvente, deliciosa, é uma
cantora de qualidade assegurada !
NORAH JONES - "Carnival Town":
Um autêntico bálsamo para a alma. É uma música
triste, calma, mas de uma intensidade tremenda. Para ouvir à noite. Porquê ?
Porque sim !
CHRISTINA AGUILERA - "Candyman":
Sim, eu oiço Christina e gosto.
Cruxifiquem-me por isso ! Esta música é fácil de entrar no ouvido, é daquelas
que daqui a dias não consigo ouvir, é um pop simpático de fácil consumo.
VANESSA DA MATA - "Não me deixe só":
Música de praia, brasileiradas que se
gosta de ouvir.
SARA TAVARES - "Bom Feeling":
Como diz o próprio título, é muitoooo bom feeling, muito
positiva, deliciosa, alto astral ! Como diz a Pena, apetece dançar.
LÚCIA MONIZ - "Safe"
A presença da música portuguesa (apesar de ser em inglês),
esta é linda e mais não digo.
JUSTIN TIMBERLAKE - "Sexy Back"
O regresso do ex N'Sync, em grande estilo, apesar de também
ser de fácil consumo.

Baú de Recordações - 6 de Outubro 2005


As fronteiras entre sonho e realidade sempre foram muito ténues... Ora pensamos viver um sonho e logo acordamos para a realidade, ora vivemos a entediante realidade e acabamos caindo num mundo mágico que normalmente só visitamos quando a imaginação assim o permite.
Sempre dividi a minha vida entre estes dois campos de batalha, sabendo que os meus sonhos ficarão irremediavelmente perdidos se não lutar por eles.
Mas, e quando me deparo com uma nova realidade que julgava não ser possível !?...
Viver na realidade um sonho aparentemente inatingível...
Eterno romântico, assim sou eu, tenho como objectivo de vida, ser feliz e fazer os outros felizes. Ideal oco ?
Vago ?
Talvez vago.
Para ti ser feliz é ter dinheiro, uma casa com piscina e um carro moderno à porta.
Para aquele ser feliz é obter sucesso escolar ou profissional.
Para o outro é criar família e ter amigos por perto...
Para mim ser feliz é ser capaz de ver as cores das pessoas e das coisas...
É apanhar uma flor amarela num campo verde...
É andar na praia numa noite de lua cheia...
É ouvir a chuva bater no telhado num Domingo de manhã...
É beber uma chávena de chocolate quente junto à lareira num dia frio...
É ver um sorriso na cara de uma criança...
É mergulhar no mar azul translúcido...
É andar à chuva...
É procurar uma estrela cadente...
É olhar o céu e atribuir significados às nuvens...
É ver aquele por-do-sol...
É dar e receber um abraço...
...um beijo !
São estas pequenas coisas, insignificantes para muita gente, que me fazem sentir vivo !
Mas estas minhas viagens só fazem sentido se as puder partilhar.
NÃO !
Não é possível alguém ser feliz sozinho !
Faz parte de nós, é intrínseco !
Pensas que podes fugir disso ?
Enganas-te...
A batida teoria do ' Não preciso de ti para ser feliz ' é digna de ser enterrada no mais profundo fosso.
Lixo com ela !

E tu...
Sim, TU MESMO !
Passaste do meu sonho para a minha realidade e ainda hoje me fazes beliscar, não estarei eu num estado de hipnose em que desaguam pedaços de sonho e realidade.
Abri-te portas, janelas, julgo até ter derrubado paredes para ter a certeza que entravas em mim, tal era o meu medo que perdesses o rumo e fosses bater a outros litorais.
Pé ante pé pisei terreno, um novo solo para mim, nunca no meu mais belo sonho ousara acreditar que podia viver este filme.
Mas diz-me...
Terão sido coincidências ou será que estava escrito nas estrelas que assim havia de ser ?
Gosto de acreditar no destino, que ao nascermos temos um caminho traçado...
Por outro lado, o meu lado rebelde acredita que se pode quebrar um elo da corrente do destino e alterá-lo completamente.
A imprevisibilidade é excitante.
E vens tu com um sorriso que me desarma e olhos de azul incerto...
Achas isso correcto ?
Deixares-me com borboletas na barriga sempre que me apareces pela frente ?
Terá um anjo aterrado no meu jardim ?
Sim, contigo queria partilhar todas as pequenas coisas.
Queria ver o Mundo e todas as suas cores e sorrisos.
Queria voar contigo já que tens as asas que me faltam.
Aliás...não queria...
QUERO !
Mas voar tem os seus riscos, até o parapente ou o avião podem ter os seus problemas. Será preferível correr o risco de voar e poder cair e sangrar, ou viver sem cicatrizes numa estupidificante segurança !?
Pois bem !
Prefiro correr o risco de cair !
Já dizia o outro ' But if you never try, you'll never know... '
Já senti a sensação de voar !
É uma sensação verde, vermelha, azul, rosa, amarela, branca, roxa, castanha, laranja...
Agora uma pergunta...
Deixas-me usar as tuas asas ?
Deixas o meu sonho de tornar realidade ?

Deixas ?...

domingo, outubro 01, 2006

A verdadeira história sobre o Pedro

Aqui fica a minha história, escrita pela magnífica Ana Penaaa, a minha alma gémea de Lisboa !Está espectaculaaar ! (29 de Setembro, 2005)


Era uma vez um homenzinho verde que se chamava Pedro. Acontece que esse homenzinho verde pertencia a uma aldeia onde todas as pessoas eram verdes porque descendiam das plantas e das flores. Todas as pessoas tinham comida farta e casa arrumadinha. O céu tinha sempre estrelas porque há noite não havia candeeiros que ofuscassem a Lua e as estrelas. E nessa aldeia o Sol aparecia quase todos os dias. Enfim, era uma aldeia feliz e próspera e os seus habitantes estavam gratos por descenderem das plantas pois isso trazia-lhes imensas vantagens. Por exemplo, quando havia mais falta de comida porque as colheitas não tinham sido boas, podiam sempre activar o seu sistema de emergência fotossintético e então iam para clareiras especiais na floresta apanhar sol por uns dias, até que passasse um pouco mais a crise. Esses dias na clareira até eram passados pelos habitantes com grande alegria pois aproveitavam o facto de todos os aldeões estarem juntos para fazerem uma festa – A Festa do Sistema de Emergência Fotossintético. Nesta festa era habitual aparecerem outros compinchas das aldeias próximas, especialmente no dia do baile e do leitão assado (ah, apesar da festa se dar em tempos de crise alimentar, havia sempre um leitão que era guardado para essa ocasião). Aliás, a vinda de outros compinchas das regiões vizinhas era até um dos objectivos da festa porque em geral estes camaradas traziam alimentos como forma de agradecimento pela festa.
Ora bem, numa destas festas do Sistema de Emergência Fotossintético, aconteceu uma coisa a Pedro que ele nunca mais esqueceria. A região topográfica onde se localizava esta aldeia não era plana, tinha uns quantos altos e baixos (como tudo na vida, não é assim?). De espaços a espaços apareciam uns montezitos e umas planuras a entremear estes alevantamentos de terra. Ora, havia um monte que era o mais alto de todos e que tinha uma lenda bem engraçada mas que atemorizava por demais os habitantes da aldeia. Contava-se que no cimo desse monte tinha vivido uma princesa solitária que nunca encontrou poiso, que é por assim dizer, nunca encontrou quem lhe esfregasse as costas. Ora essa princesa, diz-se, terá lançado um feitiço a quem subisse esse monte como vingança por nunca ninguém o ter subido para ir ter com ela e ver se ela precisava de alguma coisa. Ela lançou este feitiço de maneira que quem subisse alguma vez o monte nunca mais de lá poderia sair.Pois bem, aconteceu que Pedro já tinha ouvido falar dessa lenda mas nunca tinha visto o monte. Um dia, pela altura das festas na clareira, Pedro conheceu uma miúda que descendia também das plantas mais propriamente das pinhas e dos pinhões dos pinheiros e ela aliciou-o para subir com ela o monte e ele disse-lhe :
- Ouve lá tu não bates bem da pinha, pois não?
E lá foi com ela subir o monte. Quando lá chegaram acima o Pedro, como tinha estado no meio da Natureza 2 horas e meia a andar a pé com uma miúda, e ainda por cima ela cheirava a pinhões, pensou que estava apaixonado por ela. No entanto a verdadeira paixão de Pedro ainda estaria para ser revelada. É verdade, o mais espantoso ainda estaria para acontecer. Quando chegaram mesmo mesmo ao cume da montanha o Pedro tropeçou numa geringonça e caiu sem sentidos no meio do cascalho. A miúda assustou-se e entrou em pânico pensando que afinal a lenda estava certa e que Pedro já tinha batido a caçoleta, esticado o pernil! Desatou a correr aos pulos por aquelas encostas abaixo que nem um bezerro com falta de mama. Ora, como está narrado atrás, Pedro tinha apenas perdido os sentidos, e passado algum tempo acordou e disse : - Oh, Oh, Oh, mas que caranguejola foi esta que me entrevou?- E abaixou-se na posição de apanhar batatas em busca da tal de jigajoga que se tinha atravessado no caminho. Qual não foi o seu espanto quando deu de caras com uma argola de ferro de um alçapão, camuflada pelas folhas e pela terra. Não foi de modos, já que tinha chegado até ali e ainda continuava bem, achou que aquele alçapão seria uma descoberta única que encobria algo de precioso, talvez a resolução do mistério em torno do monte. Ao levantar o alçapão, Pedro viu algo que os seus olhos jamais poderiam ter imaginado ver, algo que nunca pensou poder existir. Algo de tão belo e fantástico que ele achou que devia ter batido com a cabeça quando caiu. Esfregou os olhos e viu. E então percebeu que não era mentira, aquilo estava mesmo ali e era mesmo verdade.Abaixo do alçapão ficava outro mundo, como se o monte estivesse completamente escavado por dentro e no seu interior existisse outra dimensão. Extraordinariamente e de uma maneira que nem eu consigo escrever porque nem eu consigo acreditar no que estou a escrever, existia uma Ilha dentro do monte, uma Ilha mesmo a sério. Era incrível a imensidão de espaço lá em baixo, quem visse o monte por fora nunca diria o que ele tem por dentro, Pedro pensou. Mas apesar disto ser um facto espantoso, não surpreendeu Pedro porque ele sabia bem que o Interior era o que albergava as coisas mais importantes e formidáveis, quer fosse nas plantas, nos animais, nos homenzinhos verdes, ou nas montanhas.O Mar era azul azul da cor do mar azul da Madeira e a porção de terra assemelhava-se a um pequeno seixo no meio de um lago. Do relevo da Ilha sobressaía uma elevação que se chamava Pico Castelo porque tinha um castelo um pouco em ruínas no topo. Ainda exista uma velha torre de pedra e porções de muro. O topo do Pico Castelo e as ruínas estavam praticamente na mesma direcção do orifício do alçapão, de maneira que bastou a Pedro, o homenzinho verde corajoso, pendurar-se no buraco do alçapão e dar um pequeno pulo para baixo, para rapidamente sentir o solo de Pico Castelo debaixo dos pés. E aí é que foi. Foi nesse mesmo momento que Pedro se apercebeu que qual quê, qual cheiro a pinhões e caminhada de 2h e meia com a miúda. A paixão da vida dele estava mesmo ali, debaixo dos seus pés e à sua volta. Era aquele monte, era aquele castelo, era aquele mar, era aquela Ilha. Pedro percebeu então que nada jamais poderia ser como dantes e que o seu lugar era ali, naquele mundo novo, era ali que ele pertencia de alma e coração. Sem hesitar deu apenas uma última olhadela para o céu fora do alçapão e mentalmente despediu-se do leitão assado que ficara por comer lá na festa da clareira, respirou fundo, esticou o braço e fechou o alçapão. De imediato aconteceu uma coisa lindíssima, o alçapão transformou-se em céu azul azul com o céu azul clarinho da Madeira e todo aquele espaço ficou livre e ficou um mundo mesmo como um mundo. Pedro suspirou para a sua nova casa, para o ar livre, para aquela paisagem belíssima, para o horizonte longínquo e tão belo, tão belo. Depois de um momento de reflexão a ouvir umas musiquinhas da Mafalda Veiga e da Norah Jones através do discman, o nosso herói decidiu conhecer melhor o castelo em especial a Torre. A Torre não tinha porta e aparentemente estava vazia no interior, no entanto mal Pedro a transpôs surgiu uma princesa jovem, da sua idade, que flutuava no ar e que trazia uma combinação cor-de-rosa aos folhos. Quando Pedro viu isto pensou : “Espera lá, temos aqui material do bom, é pena é flutuar e não poder ficar por baixo”mas logo aquelas ideias lhe desapareceram da cabeça quando a princesa começou a falar. A sua voz era bem grave e bem masculina que Pedro até se assustou e deu um pulo para trás. “Eh lá bicho bravo!” pensou.
- O que queres daqui? – perguntou-lhe a princesa –
Pedro não sabia o que responder e disse a tremelicar
– Eu…eu …eu tropecei num gingarelho e vim aqui parar e agora..não sei…eu….
– Não digas mais nada, vou deixar-te a sós com a princesa – proferiu a voz cavernosa.
E dito isto, Pedro e eu também que não estou a perceber nada da história, ficámos com um ponto de interrogação no pensamento. Então surgiu uma voz doce e calma que afinal é que era voz da princesa!
– Tem calma, aquele não era eu mas o meu guardião, que me vigiou todo este tempo até que surgisse alguém que me merecesse e merecesse esta Ilha. Tu foste o escolhido, disseste a palavra-passe e ele reconheceu-te.
- Palavra-passe? – perguntou sem compreender Pedro
- Sim, a palavra-passe, “gingarelho”.
Ahhh, agora Pedro percebia. Nisto a princesa explicou-lhe tudo.
- Eu sou a imagem de holograma da verdadeira princesa que viveu aqui sozinha há muitos anos. Nunca ninguém a procurou e ela nos últimos anos de vida decidiu inventar um feitiço para que apenas alguém suficientemente corajoso para subir esta montanha chegasse aqui acima. Como a princesa estava revoltada com a insensibilidade dos homens e a sua falta de amor para com os outros, arranjou a mentira do feitiço para que apenas alguém que estivesse disposto a enfrentar todas as ideias que as pessoas faziam sobre o monte, conseguisse subi-lo, e só alguém verdadeiramente merecedor, conseguisse conhecê-lo e ver a sua beleza. A ti foi-te entregue este paraíso, esta Ilha, porque tu não quiseste saber do que as pessoas pensavam e decidiste jogar-te à aventura mesmo sabendo o perigo que podias enfrentar. ( e Pedro pensou, “ eu queria era saber da miúda das pinhas, qual do perigo!”) Assim foi-te concedido o privilégio de conheceres estar Ilha e sentires esta Ilha de uma maneira que mais ninguém o faz.
E a princesa desapareceu como por magia! Pedro ficou pensativo naquelas palavras e depois chegou à conclusão que sim senhora, que era uma granda homem! Nisto caiu-lhe uma pedra das ruínas em cima da cabeça. Ouch! E o seu anjinho do Bem soou na sua cabeça :
“Pedro não caias na tentação de ser convencido, ai ai ai “
E Pedro assim fez e portou-se que nem um anjinho durante os muitos muitos anos em que viveu na Ilha. Fazia grandes caminhadas pela praia ao sabor da maresia. Num desses passeios pelos mar avistou no meio da areia algo a mover-se rapidamente – Será isto coisa do Demo ou que tataranho é aquele ali aos coices? – Sem mais demoras o corajoso rapaz de um só pulo aterrou na areia com os braços em gancho para agarrar o ser misterioso. Sentiu que tinha ficado com alguma coisa na mão e apesar do medo espreitou lá pa dentro e oh senhores! aquilo era uma trémula conchinha do mar com as lagrimitas nos olhos aos soluços, completamente aterrorizada daquele assalto tempestuoso. Não quero demorar-me nesta parte porque os mistérios de amor entre um homem e uma mulher não podem ser descritos por palavras.
Resumindo Pedro acabara de encontrar a sua alma-gémea. Depois do primeiro encontro aquilo é que foi, davam traulitadas por toda a Ilha! Assim, o homenzinho verde da nossa história procriou muito e deixou muitos filhotes. Ah, e inventou uma coisa muito importante para o mundo - uma marca de roupa especial para os Humanos do planeta Terra fazerem fotossíntese. A marca foi chamada de “Gingarelho” em homenagem à princesa e fez muito sucesso. E Pedro viveu feliz para sempre, certo de que tinha encontrado a sua cara-metade e também o amor da sua vida, a menina dos seus olhos, o seu porto seguro, o seu porto de abrigo e por isso deu o nome de “Porto Santo” à sua Ilha.

Conclusões:

A parte comovente:

- Há um monte que é o teu coração, e a Tua Ilha, Porto Santo, está lá dentro e mesmo que não estejas fisicamente na Ilha podes sempre abrir o alçapão do teu monte e visitá-la.

- As pessoas rejeitadas como a princesa criam muros à volta de si próprias mas o seu coração continua vivo e continua a ser um coração de pessoa que se comove se lhes dermos atenção e amor como todos gostamos de receber.

– Não deixes que uma simples menina com cheiro a pinhões suba ao teu monte e depois te abandone quando tu precisas. (a miúda fugiu quando Pedro perdeu os sentidos)

- Mesmo que algo não tenha porta e pareça vazio, entra. (caso da Torre)


A parte não comovente:

- Quando nos falta alguma coisa, podemos sempre accionar um plano de emergência como o Sistema de Emergência Fotossintético. É preciso é boa vontade e leitão assado.

- Quando encontras uma princesa de combinação rosa aos folhos toda jeitosa, esquece! É um holograma!

- Numa Ilha deserta, até uma concha serve para dar traulitadas!


A parte real:

(isto é o meu lado feminista, também tenho de deixar o meu marco no meio da historinha ;)

- Um Homem pode ser muito forte e muito corajoso, mas só faz a grande escalada da sua vida e usa todo o seu potencial, na presença de uma mulher, neste caso a miúda com origem lá nos pinheiros.(foi por causa dela que Pedro subiu o monte)

THE END

lolololololololololololololololololololololololololololololololololololololololololololololololol

Espero que te guste:P beijinhos***************

Só pa avisar

Antes deste blog, tive outro que acabei abandonando, mas como tem alguns textos que gosto particularmente, por representarem sentimentos, emoções e vivências que guardo com imenso carinho, estou pensando de vez em quando colocar aqui, devidamente identificados com a data do post original, alguns deles. Não quero que fiquem perdidos no vazio.

Ironia


Dizem quem o mar tudo leva, tudo limpa, mas nele ninguém tem mão. Faz o que quer, quando quer, sem pudor e sem pedir licença. As suas águas viajam para todo o lado levando bens, memórias, recordações, histórias que só ele sabe e que não revela a ninguém.
Um senhor.
Separa os continentes, coloca bareiras, impõe limites.
Intransigente.
E ainda por cima hoje resolveu ironizar.
Também ele...

Há um ano era assim...


Começava a loucura, o degredo, a diversão, os VAMOS PA ONDE !

Veinhe Maldite !


Depois de uma esfrega no Porto Santo para apanhar as uvinhas do Senhor Espírito Santo, não me safei das uvinhas do Senhor Andrade... Mesmo que todos os anos eu diga "Esta foi a última vez !". Até acordei bem, estava um dia "sim senhor, tá-se bem", comi a tosta de sempre cheia de queijo derretido e abalámos para o campo de batalha. Chegando lá, os domínios da latada pareciam maiores do que nunca… Muni-me com o Ifod para não entrar num processo de degeneração completa, peguei na tesoura, respirei fundo e meti mãos às obras. Para minha satisfação, aquilo até avançava rápido. Ainda assim uma fugidinha para ir beber água e ver a vista da Rocha do Navio sempre ajudava, se bem que a minha atracção pelo abismo estava nos píncaros e bem que apetecia dar um pulinho para libertar adrenalina. Mas depois pensei que também ia libertar rins, coração, pulmões e outras coisas, o que seria uma sujeira e eu não queria isso. Voltei então ao trabalho, cantando alegremente as músicas que ia ouvindo, até à altura em que todas as minhas esperanças de me vir a tornar um cantor de renome, caíram por terra:

“Tu não sais a este lado da família”

“Porquê?”

“Porque os Andrade têm boa voz”


A minha indignação juntou-se à perplexidade, não precisava ouvir tamanha brutalidade para a minha alma ! Ainda assim continuei cantando mostrando que tal obscenidade não ofendera o meu ego ! Bah !
Depois pus-me a pensar em coisas que as pessoas pensam quando apanham uvas, como por exemplo:

Porque é que parece que as abelhas e vespas parece que só nos perseguem a nós ?


Porque é que o vinho não sabe a insectos, já que juntamente com as uvas vão
mosquitos, aranhas, e diversos animalecos queratinizados (existirá esta palavra ?). Ahh e às vezes até lagartixas daquelas que passeiam sobre nossas cabeças e
ficam olhando para nós a 10 cm de distância, tornando-as autênticos dinossauros
à nossa vista.


Porque é que o vinho não sabe a caca, já que pisam aquilo com botas nojentas,
pelo menos não pisam descalços, porque a visão de beber um líquido pisado com
pés cheios de micoses, provavelmente verdes, e a cheirar a queijo fresco, não é
propriamente tentador.


Porque é que eu não fiquei em casa ?



Porque é que eu detesto isto, mas sei que um dia vou ter saudades ?



As dores nas costas, outro ponto contra as vindimas. As latadas com 1 metro de altura não deviam ser para pessoas com 1,78m como eu ! Uma pessoa fica toda lixada, é indecente ! E eu todo contente que pensava termos terminado aquilo tudo às 15h (you wish!), quando soube que ainda havia uvas na Soca para serem apanhadas, ia-me dando uma coisinha má. Lá fomos, com mais uma fuga estratégica mesmo no final para ver o teleférico da Rocha Do Navio e o meu saudoso Porto Santo claro como a água.
Mas foi um dia bem passado, com “bom feeling”.


Mesmo nem gostando de vinho !